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O 2º Simpósio Gaúcho da Madeira trouxe na manhã de quarta-feira, 5 de abril, durante a 6ª Feira da Floresta, em Gramado/RS, informações e reflexões necessárias sobre o uso do material em construções. A arquiteta Karin Lauer, responsável pela montagem da programação do Simpósio, questionou ao auditório quem apreciava a estética de residências feitas de madeira e a resposta foi unânime positivamente. Entretanto, quando a questão foi quem residia em casa de madeira o número foi bastante baixo.
Karin mostrou alguns projetos construídos na Serra Gaúcha e, falando sobre o simpósio como um todo, enfatizou que o evento busca responder como agregar valor à madeira. "Com madeira dá para fazer qualquer coisa, do simples ao luxuoso, acolhedor", diz a arquiteta. Ela completou afirmando que o valor do ponto de vista arquitetônico envolve sensações visuais na estética e mesmo tátil e olfativa do ambiente. Além de residências, a diversidade de aplicações da madeira da construção foi objeto de apresentações como da empresa francesa Simonin e da Cometa Madeiras, de Caxias do Sul, que utilizam vigas e estruturas coladas como elementos construtivos. De acordo com o consultor Humberto Tufolo Netto, com o uso racional, planejado e tecnologia, a madeira tem desempenho melhor nas construções e pode desfazer muitos mitos.
Tufolo Netto entende que existe ainda no Brasil uma cultura de que madeira é material para casa de campo ou praia. Ou mesmo que seu uso é menos nobre ou duradouro em condições de alta exposição climática. Entretanto demonstrou que uma madeira corretamente tratada tem alta durabilidade e pode, por exemplo, resistir melhor a incêndio do que estruturas de aço. Em termos de sustentabilidade ambiental, a madeira emite índices bem abaixos de carbono em relação a outros materiais. Também no seu crescimento na floresta foi fonte de sequestro de carbono perpetuado enquanto permanecer no seu estado sólido. Contudo, a mensagem deixada pelos palestrantes não é a de competição de elementos construtivos e sim de buscar a integração dos materiais.
O primeiro dia do simpósio também debateu as inovações em movimentação para serrarias e para gerar valor na secagem da madeira. A empresa Serf Drytech, empresa pioneira na otimização energética da secagem, sediada no Pólo Tecnológico da Unisino, em São Leopoldo/RS, lançou na Feira da Floresta um kit de secagem para montagem de um secador de madeiras de alta eficiência que será comercializado no conceito "Do it yourself", ou faça você mesmo. Com o kit, o comprador receberá todas as informações, componentes e treinamentos para montar e operar um equipamento moderno e em curto espaço de tempo. Assim, o custo do equipamento será mais acessível, o que pode viabilizar o negócio de pequenos produtores que não possuem secagem de madeiras.
A Serf Drytech desenvolve ainda sistemas de secagem e recuperação de energia térmica industrial com projetos dedicados a secadores de alta eficiência energética, térmica e elétrica, pré-secadores para a indústria da madeira de eucalipto, entre outras ferramentas para aumento de produtividade da indústria de madeira de pinus e eucalipto. Entre seus projetos inovadores estão túneis de secagem contínua fabricados atualmente no Brasil e África do Sul, com cinco unidades em operação, e o SIRE - Sistema Integrado de Recuperação de Energia é um equipamento que possibilita a recuperação de até 25% das energias utilizadas na secagem de madeira, possibilitando o aumento da capacidade produtiva, recuperando energia térmica e economizando tempo nos processos de produção.
Na área de exposição da feira, algumas curiosidades sobre o uso da madeira podem ser conferidas no estande da Associação Gaúcha de Empresas Florestais, que traz uma amostra de diversas aplicações da cadeia florestal, como móveis e painéis. A CMPC Celulose Riograndense expõe um gaita ponto feita com madeira certificada de eucalipto, proveniente de plantios renováveis. A peça é uma das fabricadas para o projeto social Fábrica de Gaiteiros, voltado à educação musical de crianças e jovens de sete a quinze anos. Através do ensino do acordeão diatônico, conhecido popularmente como gaita de oito baixos, são ministradas aulas práticas e teóricas, para a formação musical dos pequenos gaiteiros nas cidades de Bagé, Barra do Ribeiro, Guaíba, Porto Alegre, São Gabriel e Tapes.
No estande da Contrua Eco, de Canela, cidade vizinha de Gramado, o sucesso de vendas são as peças da linha de decoração para jardins. A empresa utiliza moderno sistema de tratamento de madeiras totalmente automatizado e que oferece qualidade em termos de durabilidade. A Construaeco também tem uma linha de vigas lameladas coladas em madeiras tratadas em autoclave e madeiras com acabamento especial. São madeiras roliças para construções rústicas, cercas, porteiras, guarda corpo, corrimão, barrotes, revestimentos, decks, paredes, assoalhos e forros.
A programação do 2º Simpósio Gaúcho da Madeira prossegue nesta quinta-feira, dia 6, na 6ª Feira da Floresta, em Gramado.
ASSESSORIA DE IMPRENSA 6ª FEIRA DA FLORESTA
Álvaro Bueno
aobueno@gmail.com
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Fonte: Feira Floresta
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