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Certificação LEED, uma das principais para construções sustentáveis, adotou novos critérios de avaliação baseada no conceito de ciclo de vida e em Declaração Ambiental de Produto (DAP)
O selo internacional na LEED (Leadership in Energy and Environmental Design), uma das principais certificações para construções sustentáveis, passa a exigir informações sobre a cadeia produtiva de toda a edificação, passando a ser necessária a realização de uma Declaração Ambiental dos Produtos (DAP) que integram a construção. A DAP possibilita uma análise e comparação entre produtos de funções similares, baseada em seu desempenho ambiental durante todo o ciclo de vida. Para obter uma DAP, os fornecedores da construção civil terão que desenvolver uma Avaliação de Ciclo de Vida (ACV) de acordo com a regra de sua categoria. Este tipo de ferramenta beneficia a tomada de decisão de clientes, a comunicação com o mercado e a busca pela melhoria contínua do produto.
As mudanças foram discutidas por representantes da Fundação Espaço ECO® (FEE®) e do Green Building Council Brasil (GBC) em conjunto com especialistas da construção civil durante um workshop sobre construção sustentável e ciclo de vida.
LEED
De acordo com informações do site do GBC Brasil, a certificação funciona para todos os edifícios e pode ser aplicada a qualquer momento no empreendimento. Os projetos que buscam a certificação LEED são analisados em oito dimensões: inovação no projeto, localização e transporte, lotes sustentáveis, eficiência da água, energia e atmosfera, recursos e materiais, qualidade interna do ambiente e consciência e educação. Todas possuem pré-requisitos (práticas obrigatórias) e créditos (recomendações) que conforme são atendidos, garantem pontos à edificação. O nível da certificação é definido de acordo com a quantidade de pontos adquiridos, podendo variar de 40 pontos a 110 pontos. Os níveis são: Certificado, Silver, Gold e Platinum.
Entre os benefícios da certificação estão aspectos econômicos como diminuição dos custos operacionais e dos riscos regulatórios, valorização do imóvel para revenda ou arrendamento, aumento na velocidade de ocupação, aumento da retenção, modernização e menor obsolescência da edificação.
Já no campo da sustentabilidade aparecem vantagens como o uso racional e redução da extração dos recursos naturais, redução do consumo de água e energia, implantação consciente e ordenada, mitigação dos efeitos das mudanças climáticas, uso de materiais e tecnologias de baixo impacto ambiental, redução, tratamento e reuso dos resíduos da construção e operação.
Benefícios sociais também são comuns aos empreendimentos certificados já que, segundo o GBC Brasil, há uma melhora na segurança e priorização da saúde dos trabalhadores e ocupantes, inclusão social e aumento do senso de comunidade, capacitação profissional, conscientização de trabalhadores e usuários, aumento da produtividade do funcionário, melhora na recuperação de pacientes (em hospitais), melhora no desempenho de alunos (em escolas), aumento no ímpeto de compra de consumidores (em comércios), incentivo a fornecedores com maiores responsabilidades socioambientais, aumento da satisfação e bem estar dos usuários, estímulo a políticas públicas de fomento a construção sustentável.
Fonte: Por Juliane Ferreira para o Portal Madeira e Construção
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