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Notícias

16
nov
2016
(DESMATAMENTO)
ONG cria novo método de medir desmatamento

Em meio ao recente aumento na taxa de desmatamento na Amazônia, a ONG Imazon (Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia) criou um modelo para identificar áreas protegidas da região sob maior risco de desflorestação no curto prazo.

A primeira etapa do projeto, divulgada nesta semana,é um boletim, de atualização trimestral, com uma radiografia das áreas protegidas da Amazônia mais vulneráveis a partir de dados do SAD (Sistema de Alerta de Desmatamento), gerados pela própria ONG.

As áreas protegidas estão divididas em terras indígenas e unidades de conservação federal e estaduais, na forma de rankings. A avaliação é de dois tipos: ameaça (risco iminente de desmatamento) e pressão (quando há devastação em andamento no interior).

Em janeiro, o Imazon divulgará o modelo de risco para 2017 agregando as informações consolidadas do sistema Prodes, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que gera imagens de satélite mais precisas.

Para identificar as áreas mais vulneráveis no curto prazo, o Imazon leva em conta fatores como presença de estradas ilegais, condições do terreno, proximidade de obras, como hidrelétricas, e qualidade do solo.

"Nossa ideia é mostrar, primeiramente, que as ameaças e pressão podem ser documentadas e que é também possível prever as que virão no próximo ano", afirma o pesquisador Carlos Souza Jr. "Esperamos que as previsões ajudem em campanhas preventivas para evitar futuros desmatamentos."

Assim, o objetivo maior, explica o pesquisador, é errar a previsão de desmatamento - significaria que foi possível evitá-lo.

"No final, não queremos que o modelo acerte na previsão. Mas tem de errar a partir de um ajuste de esforços de prevenção", disse, durante entrevista em seu escritório, em Belém.

Fonte: Folha de S. Paulo | BR | Ciência | Página B09

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