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Além de ser uma grande emissora de carbono para a atmosfera (o que favorece o efeito estufa e as mudanças climáticas), as termelétricas a carvão também consomem uma grande quantidade de água, afirma Thiago Almeida, também coordenador de clima e energia do Greenpeace.
Ele cita o exemplo de usinas no Rio Grande de Sul que consomem cerca 70% da água da região. A maior parte é utilizada para resfriar caldeiras. "É a fonte de energia mais atrasada e suja da nossa matriz", diz.
As afirmações surgem no turbilhão causado pelo possível surgimento de um novo incentivo econômico à utilização de carvão para produção de energia elétrica no Brasil.
No país, porém, ainda reinam as fontes de energia renováveis, principalmente de hidrelétricas. Outras opções, atualmente menos importantes são aquelas à base de, vento, sol e biomassa.
A energia elétrica proveniente da água é a principal responsável pelo parque energético relativamente limpo no país. Quase 65% da energia produzida vem de usinas hidrelétricas, segundo dados do Ministério de Minas e Energia (MME). A fatia já foi maior. Em 1990, cerca de 93% da energia brasileira vinha de hidrelétricas.
Enquanto isso, as outras fontes limpas têm uma participação reduzida no todo. A eólica, por exemplo, responde por 6,4% da energia brasileira. Já a solar, pela baixa capacidade instalada, tem um percentual desprezível, segundo relatório do MME.
Na mesma esteira, o carvão também tem uma participação mínima, cerca de 2,4%, na produção brasileira de energia elétrica. Contudo, a presença de termelétricas vem crescendo no cenário.
Em 1990, termelétricas que utilizam combustíveis fósseis (como carvão e derivados de petróleo) eram responsáveis por 4% da energia produzida. Em 2014 o valor era de 24%, segundo dados do SEEG (Sistema de Estimativa de Emissões de Gases de Efeito Estufa, do Observatório do Clima).
Outros setores, como o da indústria carvoeira e outros entusiastas, enxergam a questão de maneira diferente. Manter a participação do carvão nas possíveis fontes de energia seria importante por uma questão de segurança energética, para não depender tanto das hidrelétricas, que, ao longo do ano, podem produzir mais ou menos energia.
Fonte: Folha de S. Paulo
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