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Sem dinheiro para cumprir sua missão básica de fiscalizar e proteger a Amazônia, o Ibama precisou recorrer a recursos internacionais para bancar as operações de rotina realizadas na floresta.
Depois de ficar sem verba neste ano para alugar helicópteros e carros ou até mesmo pagar o combustível usado nas ações de fiscalização, o órgão vinculado ao Ministério do Meio Ambiente (MMA) conseguiu aprovar contrato para receber R$ 56,3 milhões do chamado "Fundo Amazônia". Esse fundo, administrado pelo BNDES, é majoritariamente bancado com recursos doados pelos governos da Noruega e da Alemanha.
O dinheiro não reembolsável será usado justamente para apoiar o custeio do Ibama em ações logísticas de fiscalização e controle do desmatamento na Amazônia, ou seja, recursos internacionais pagarão a conta do monitoramento federal da floresta. Trata-se de algo inédito na história do Ibama, que desde a criação, em 1989, tem financiado as próprias ações de fiscalização em campo, ainda que com limitações. Hoje, o órgão aluga 175 picapes e sete helicópteros para fazer a vigilância da floresta.
O Fundo Amazônia já captou doações de R$ 2,518 bilhões dos governos da Noruega e Alemanha. Desse total, R$ 2,444 bilhões saíram do governo norueguês. Outros R$ 60,6 milhões vieram da Alemanha. A Petrobrás chegou a contribuir com o fundo em 2011, com R$ 13 milhões. Recentemente, doadores estrangeiros sinalizaram a intenção de novos aportes no fundo, os quais somarão mais R$ 2,2 bilhões. O prazo de aplicação, que vence em 2020, deve ser estendido até 2030.
Fonte: O Estado de S. Paulo
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