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Notícias
22
nov
2005
(GERAL)
Ibama leva manejo florestal a 119 cidades
Apesar de ser um dos países com maior porção do território coberto por área verde, o Brasil ainda carece de mão-de-obra especializada em manejo florestal, que inclui, por exemplo, técnicas de exploração sustentável de madeira ou produtos e serviços florestais. Partindo desse diagnóstico, o Ibama - Instituto Brasileiro dos Recursos Naturais Não-Renováveis vai investir R$ 9,62 milhões em projetos de capacitação que vão abranger 119 municípios da Amazônia Legal — uma região que envolve todos os Estados da região Norte, além de parte do Mato Grosso e do Maranhão.
O trabalho está sendo coordenado pelo ProManejo (Projeto de Apoio ao Manejo Florestal na Amazônia), um programa do Ibama apoiado pelo PNUD. No ano passado, ele lançou editais para seleção de propostas; agora, foram escolhidas 48, em quatro ramos de atuação: sensibilização e capacitação em manejo florestal (19 projetos); fortalecimento de cursos no ensino superior, no ensino técnico e em casas familiares rurais (11 projetos); apoio a organização comunitária em manejo florestal (13 projetos) e fortalecimento de centros de referência e treinamento em manejo florestal (5 projetos).
Os projetos serão desenvolvidos num prazo de seis a 18 meses. O objetivo primordial é disseminar informações sobre o assunto e formar técnicos qualificados. “Na primeira fase do ProManejo, quando o apoio era dado a planos de manejo específicos, observamos alguns gargalos no setor. Um deles era a falta de qualificação tanto no ensino formal, nas escolas, quanto entre quem já está no mercado”, afirma Ricardo Luiz Ludke, assessor técnico do ProManejo.
Ludke explica que as técnicas pioneiras de manejo florestal foram desenvolvidas há mais de um século, mas em países desenvolvidos, onde as florestas apresentam uma diversidade bem menor que nos países tropicais em desenvolvimento. No Brasil, “o modelo de crescimento e expansão deixou o manejo de lado”, afirma, o que retardou a difusão dessas técnicas no país — apesar de 64,3% do território nacional ser coberto por florestas, de acordo com dados da FAO - Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura. Os primeiros projetos do ProManejo, por exemplo, são de seis anos atrás.
“O manejo florestal de certa forma ainda é visto como um bicho-de-sete-cabeças”, comenta Ludke. Os 48 projetos selecionados pelo Ibama têm, como pano de fundo, a tentativa de “desmistificar a dificuldade técnica do manejo”, afirma o assessor técnico do ProManejo. “A maior dificuldade para a aplicação do manejo florestal não é a técnica, são fatores externos, como os conflitos pela posse da terra, a pressão para que a terra seja utilizada de outra maneira e o avanço da fronteira agrícola”.
Fonte: Ambiente Brasil – 11/01/2005
O trabalho está sendo coordenado pelo ProManejo (Projeto de Apoio ao Manejo Florestal na Amazônia), um programa do Ibama apoiado pelo PNUD. No ano passado, ele lançou editais para seleção de propostas; agora, foram escolhidas 48, em quatro ramos de atuação: sensibilização e capacitação em manejo florestal (19 projetos); fortalecimento de cursos no ensino superior, no ensino técnico e em casas familiares rurais (11 projetos); apoio a organização comunitária em manejo florestal (13 projetos) e fortalecimento de centros de referência e treinamento em manejo florestal (5 projetos).
Os projetos serão desenvolvidos num prazo de seis a 18 meses. O objetivo primordial é disseminar informações sobre o assunto e formar técnicos qualificados. “Na primeira fase do ProManejo, quando o apoio era dado a planos de manejo específicos, observamos alguns gargalos no setor. Um deles era a falta de qualificação tanto no ensino formal, nas escolas, quanto entre quem já está no mercado”, afirma Ricardo Luiz Ludke, assessor técnico do ProManejo.
Ludke explica que as técnicas pioneiras de manejo florestal foram desenvolvidas há mais de um século, mas em países desenvolvidos, onde as florestas apresentam uma diversidade bem menor que nos países tropicais em desenvolvimento. No Brasil, “o modelo de crescimento e expansão deixou o manejo de lado”, afirma, o que retardou a difusão dessas técnicas no país — apesar de 64,3% do território nacional ser coberto por florestas, de acordo com dados da FAO - Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura. Os primeiros projetos do ProManejo, por exemplo, são de seis anos atrás.
“O manejo florestal de certa forma ainda é visto como um bicho-de-sete-cabeças”, comenta Ludke. Os 48 projetos selecionados pelo Ibama têm, como pano de fundo, a tentativa de “desmistificar a dificuldade técnica do manejo”, afirma o assessor técnico do ProManejo. “A maior dificuldade para a aplicação do manejo florestal não é a técnica, são fatores externos, como os conflitos pela posse da terra, a pressão para que a terra seja utilizada de outra maneira e o avanço da fronteira agrícola”.
Fonte: Ambiente Brasil – 11/01/2005
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