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Um hectare de floresta de eucalipto tem capacidade de produzir 23 toneladas de biomassa durante um ano. O cultivo desta árvore apresenta inúmeras vantagens ambientais e energéticas
24/07/2016 – É fonte de energia que os coalas preferem — se bem que para um animal que passa pelo menos 18 horas diárias a dormir não é necessária muita energia —, mas os eucaliptos, bem presentes nas florestas portuguesas, têm mais biomassa que capacidade de produzir sombra.
É de biomassa que se trata, e de uma muito doce. Os açúcares fermentáveis — glicose, frutose e galactose — presentes na casca do eucalipto tornam esta planta uma boa aposta no que a energias renováveis diz respeito. Tanta que, durante um ano, um hectare desta plantação tem hipótese de produzir entre 23 a 25 toneladas de biomassa.
A juntar-se às vantagens energéticas do eucalipto, acresce o facto de esta árvore ser extremamente fácil de plantar, mesmo em terrenos mais áridos e menos férteis. Além de tudo isto, e como se já não houvesse um superavit de benefícios, as florestas de eucalipto são extremamente rentáveis e um ótimo filtro de renovação de oxigénio.
O Brasil, onde pelas condições climatéricas e de solo a árvore se dá especialmente bem, tem investido muito no seu potencial energético. No país do samba é comum encontrar-se hectares até perder de vista desta plantação, que já representam 15,8% da energia da rede.
Em Portugal este tipo de floresta é normalmente apresentado como tendo mais desvantagens que vantagens, com os especialistas a dizerem que provocam uma elevada erosão dos solos, tomam o lugar das espécies autóctones e, em caso de incêndio, as chamas ficam mais difíceis de controlar. Por cá a floresta ainda é, na sua maioria, utilizada para a produção de pasta de papel e ainda não há conhecimento de qualquer projeto enérgico… doce.
Fonte: Jornal Expresso (de Portugal)
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