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Notícias

15
jul
2016
(SILVICULTURA)
Florestas energéticas são a nova esperança da silvicultura no nordeste

O tema foi abordado por Marcos Drumond, pesquisador da Embrapa Semiárido, durante o Coneflor realizado no município de Bom Jesus, no Piauí

O semiárido brasileiro está em 8 Estados do nordeste e no norte de Minas Gerais, em 1.133 municípios brasileiros, em um território total de 982.563 quilômetros quadrados. Nesta área, a população total chega 20,8 milhões. Este é o tamanho do desafio da silvicultura no bioma da caatinga, que absorve a maior parte do semiárido.

Estes dados servem para os profissionais do setor florestal perceberem qual o tamanho do desafio em fazer florestas energéticas, manejo e sustentabilidade de espécies no semiárido brasileiro e foi o tema da palestra do pesquisador da Embrapa Semiárido, Marcos Drumond, durante a 5ª edição do Congresso Nordestino de Engenharia Florestal – Coneflor – realizado no município de Bom Jesus, no interior do Paiuí.

Segundo Drumond, é necessário recuperar as áreas degradadas devido aos plantios de mandioca e outras culturas agrícolas, que se deslocam conforme o enfraquecimento do solo. "Há áreas para a produção de energia e outras que precisam ter um manejo adequado, além das locais que precisam ser recuperados. Há lugares em que se pode plantar o eucalipto para produção de energia e em outras plantar espécies nativas que foram destruídas pela agricultura e, nas áreas preservadas, fazer o manejo adequado", detalhou Drumond.

Segundo o pesquisador, há estudos que determinam quais as melhores espécies nativas da caatinga para e lenha, carvão e madeira para estacas e cercas, como também já existem variedades de eucalipto que suportam temperaturas mais elevadas e déficit hídrico maior. "As chuvas determinam até as melhores espécies da caatinga para serem aproveitadas. As pesquisas estão avançando, a iniciativa privada está chegando com o investimento. Além disso, há uma necessidade cada vez maior para produzir energia limpa, por meio de biomassa florestal", explicou Drumond. Outra alternativa que fervilha no nordeste é possibilidade real de fazer a integração Lavoura, Pecuária e Floresta (iLPF).

Fonte: Painel Florestal - Elias Luz

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