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No Seminário Brasileiro sobre Sistemas de Integração Lavoura, Pecuária e Floresta, um painel que chamou a atenção do público foi com Ricardo Vilela, ele que é da Fazenda Bela Vista, foi destaque no programa Globo Rural e tem uma experiência positiva com ILPF, porém, com a integração de café e cedro-australiano.
Na fazenda mineira Bela Vista, de 200 hectares, essa integração ocorre e está tendo bastante investimento, sendo que o cedro-australiano começou a ser plantado em 2004 e hoje ocupa 70 hectares.
“Tem muitos estudos sobre cedro-australiano. Temos que investir. Uns acham melhor só na pecuária, outros na floresta e outros arriscam assim como eu, trabalhando na integração de cedro-australiano e café”, afirma Vivela.
Otimista com os resultados alcançados, Ricardo diz que o cedro-australiano é uma madeira de alta qualidade para o setor moveleiro e é destinada também para fins nobres. “É algo muito promissor. Eu trabalho apenas com o mercado interno e acredito muito. Já tive tratativas com outros países, todavia, eles não querem menos que dez containers. A madeira é igual quando matamos boi. Temos que tirar a melhor parte e a pior, além de vender tudo para não termos prejuízo. Tem que ser bem planejado, uma vez que vender tora é difícil devido a questão logística. Muitas vezes não compensa. A madeira serrada não prejudica o negócio e é melhor o retorno pensando em logística”, reforça.
Sobre o processo de plantação do cedro-australiano, junto com o café, Ricardo diz que “tem alguns que fazem três linhas de café e outras de cedros. O ideal é ter 120 plantas de cedro por hectare, pois uma vez que tenho menos árvores por hectare, tenho um produto de maior valor. Cinquenta centímetros de diâmetro eu já posso tirar e mandar para a serraria”.
Cultivo
Conforme matéria publicada no site da revista Globo Rural, edição de abril, onde a fazenda de Vilela foi destaque, “o cedro-australiano não é uma árvore rústica como o eucalipto. E para produzir bem exige uma série de cuidados. O primeiro ano de vida é a etapa mais delicada do desenvolvimento da planta. Além de caprichar na adubação, os agricultores precisam evitar o crescimento de mato nas entrelinhas e devem usar produtos pra combater um inimigo bem conhecido: a saúva. Nos primeiros anos de crescimento, um cuidado importante é fazer a poda dos galhos inferiores, que podem criar nós na madeira. Pelas contas da fazenda Bela Vista, considerando todos os gastos até o corte final da árvore, aos quinze anos, o cultivo exige um investimento médio de R$ 26 mil por hectare.
Quando chega aos três anos de vida, o cedro-australiano precisa passar por um primeiro desbaste. O objetivo é cortar um quarto das árvores, para aumentar a entrada de luz, reduzir a competição e fazer uma primeira triagem. Com isso, o cultivo, que começou com 820 árvores por hectare vai ficar com cerca de 600. Nessa etapa, como as árvores são jovens, a madeira só pode ser vendida para lenha, o que gera em média, uns R$ 1 mil por hectare.
Quando chega aos oito anos de vida o cedro-australiano passa por um segundo desbaste. É uma operação de grande escala, que tem o objetivo de cortar metade das árvores de cada talhão. Os cedros retirados nessa etapa têm porte médio e rendem toras que podem ser aproveitadas em serrarias. Com isso, cada hectare que tinha 600 árvores, ficará apenas com 300. As árvores que permanecem na área vão crescer bastante até os quinze anos de vida, quando ocorre o corte final”
Fonte: Arcomunicação
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