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Um crime vem crescendo silenciosamente nas florestas do Espírito Santo. Repórteres do JN flagraram a ação de quadrilhas carregando caminhões lotados de madeira roubada. O repórter Mário Bonella mostra a rota e os alvos desse comércio ilegal.
No meio das florestas de eucalipto, o clima é de tensão. Troncos de árvores impedem a passagem dos carros e assim as pessoas que furtam madeira ganham tempo para fugir da fiscalização.
É possível ver as pessoas colocando a madeira em trator, mas elas se escondem e somem no meio da plantação. É muito difícil flagrar esse crime.
A equipe de reportagem do JN andou quase três horas de carro no meio da plantação de eucalipto para conseguir se aproximar de um grupo que está cortando a madeira. Eles trazem um pequeno trator e é possível ouvir o barulho da motosserra. A equipe gravou de dentro do carro para não despertar muito atenção. Eles também usam um facão. E mais à frente o flagrante do momento em que a árvore é derrubada.
JN: Tem muita gente que rouba madeira? Isso é comum acontecer?
Homem: Isso é comum, em todo canto
Além desse grupo, só outro homem aceitou dar entrevista. Ele estava com mais duas pessoas que cortavam as árvores com machado.
JN: Essa madeira é sua?
Artesão Oziel de Lima: Não senhor.
Ele diz que furtou a madeira para fazer uma cama. E tem gente roubando muito mais.
“Na verdade tem muito fruto de madeira aqui, você vê caminhão e trator o pessoal passando. A motosserra come forte mesmo”, diz o artesão.
Aconteceu em outra área. As árvores foram cortadas, a madeira foi levada e é comum encontrar clarões no meio da plantação de eucalipto.
A maior área atingida é das empresas que usam o eucalipto para produzir celulose, mas agricultores que vendem a madeira também são vítimas.
“Nós perdemos 1.300 metros cúbicos de madeira, no valor aproximado de 100 mil reais. Assusta porque esses atos têm aumentado”, diz um agricultor.
Ano passado a área com madeira furtada chegou a 20 mil hectares, quase 20 mil campos de futebol.
Imagens gravadas com uma câmera de monitoramento da empresa dona da plantação mostram, à luz do dia, o vai e vem do trator até encher o caminhão. Por dia, mais de 10 caminhões saem carregados das plantações. Para saber para onde vai tanta madeira furtada, a equipe de reportagem pegou a estrada.
Seguranças de uma empresa dizem que toda a madeira foi furtada de uma área particular. O caminhão saiu do município de Conceição da Barra, passou por uma praça de pedágio e atravessou a divisa do Espírito Santo com a Bahia. Passou bem em frente um posto da Receita estadual e não foi parado. Mais de 100km depois ele estacionou em frente a uma serraria, que faz tratamento de madeira, na cidade de Posto da Mata, no sul da Bahia.
“Como é que você passa com nove, dez caminhões de madeira ou carvão por dia e não é pego pela fiscalização?”, reclama o agricultor.
Nos últimos anos, a polícia já fez operações no Espírito Santo, na Bahia e até em Minas. Ao todo, a polícia capixaba já indiciou mais de 300 pessoas.
“Não é um trabalho fácil, nós temos uma extensão grande de estrada para vigiar, mas é preciso fazer um trabalho de inteligência, porque sem inteligência nós vamos fazer abordagens aleatórias e com pouca efetividade”, diz o secretário de Segurança. André Garcia.
A investigação aponta que a madeira furtada vira matéria-prima para fazer cerca, estacas usadas na construção civil e também vai fornos que fazem carvão. É um prejuízo de mais de R$ 20 milhões por ano no Espírito Santo.
Cerca de 25 metros cúbicos de madeira são apreendidos em rodovia do Amazonas
Cerca de 23 metros cúbicos de madeira madeira serrada (lenha) sem o Documento de Origem Florestal (DOF) foram apreendidos na rodovia AM-070, no Km 51 do município de Manacapuru, no Amazonas. A apreensão ocorreu na tarde desta sexta-feira (20), no momento em que era realizado o transporte da madeira, pela Polícia Militar do Amazonas, por meio do CPAmb/BPAmb.
Segundo o infrator, a madeira era proveniente de Novo Airão, e ele foi conduzido ao 1° DIP de Manacapuru, para realizar os procedimentos da polícia judiciária. O condutor não era habilitado, bem como não possuía o documento de circulação obrigatório do veículo.
O BPAmb enfatiza que o Documento de Origem Florestal (DOF) é obrigatório para o transporte e comercialização de produtos e subprodutos de origem florestal e deve ser condizente com a carga transportada. Denúncias podem ser feitas na unidade localizada na Vila Olímpica, acesso à Rua Vivaldo Lima, Alvorada I, ou ainda pelo telefone ‘Linha Direta’ (92) 98842-1547.
Fonte: G1 e Portal Amazônia
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