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De acordo com dados divulgados pelo relatório do IEMI – Inteligência de Mercado, referente a janeiro deste ano, a produção de móveis em volumes no Brasil alcançou 31,4 milhões de peças, uma queda de 19,4% se comparado ao mesmo período do ano passado.
No Rio Grande do Sul o cenário também não foi positivo. O Estado alcançou 4,6 milhões de peças, cerca de -14,1%. A indústria de transformação também sofreu retração de -13,3%. O consumo aparente de móveis nacional chegou a 31,5 milhões de peças, com recuo de 19,8% em volumes.
O gaúcho somou 4,5 milhões de peças, - 27,8% A participação dos móveis importados no Brasil foi de 3,2%, mesmo número registrado no indicador anual. Já a dos móveis exportados foi inferior: 3%. No RS, os importados representaram 1,5% do consumo interno e os exportados 4,9%.
Outro segmento que apresentou números negativos nos últimos 12 meses foi o de geração de empregos. Conforme dados do Ministério do Trabalho e Emprego – CAGED, no mês de janeiro foram abertas 85 vagas de emprego no Brasil com registro em carteira, sendo 13 desses postos de trabalho no Rio Grande do Sul.
Comparando com o mesmo período do ano anterior, a retração foi de 9,9% em âmbito nacional e de 8,5% no Estado. A média salarial também caiu consideráveis - 11,1%. Na indústria de transformação esse índice é ainda pior: 18,8%, mostrando a ampla desvalorização. A produtividade da indústria moveleira retraiu - 11,5% e a da indústria de transformação registrou - 1,9%.
Os índices negativos são reflexo das vendas do comércio varejista de móveis, que sofreram uma queda de 11,2% em volume e de 6,1% em valores. “Mesmo com a segunda queda consecutiva este ano no preço do mobiliário, as pessoas não estão comprando, pois não querem se endividar”, destaca o presidente da Associação das Indústrias de Móveis do Estado do Rio Grande do Sul – MOVERGS, Volnei Benini.
De acordo com o executivo, a crise que se instalou no setor está diretamente ligada a crise política, econômica e institucional que atingiu o País. “Para mudar este cenário negativo será necessário entendimento entre os três poderes: Executivo, Legislativo e Judiciário. Além de um esforço conjunto entre aqueles que fazem parte da “engrenagem” dessa máquina chamada Brasil: as empresas, os empresários e os trabalhadores! Estes são os responsáveis pela produção e pela geração de riquezas”.
Mais informações sobre a MOVERGS: Com mais de 28 anos de atuação, a MOVERGS representa mais de 2.750 indústrias moveleiras no Estado, e tem como lema “unir para fortalecer, renovar para crescer”.Em 2015, somente em Bento Gonçalves, o setor moveleiro faturou R$ 2,2 bilhões entre 300 empresas do segmento. A indústria totaliza no município mais de mil empresas e 20 mil empregos gerados. Dentro da indústria de transformação, a área moveleira é a que mais emprega.
É, portanto, de significativa contribuição para o desenvolvimento econômico e social da cidade que é um dos principais polos do segmento no Brasil. O Rio Grande do Sul tem, atualmente, 2.750 empresas moveleiras, que respondem por 18,4% do total de móveis fabricados no Brasil. Essa participação confere ao Estado posição de liderança como maior produtor do país. No ano passado, as indústrias de móveis faturaram R$ 6,73 bilhões e exportaram mais de U$ 183 milhões.
Também foram responsáveis pela geração de mais de 39 mil empregos. Tais indicadores demonstram o quão representativo é o segmento no contexto da economia gaúcha, tanto pela geração de renda e tributos, quanto de postos de trabalho.
Fonte: Insider 2
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