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Notícias

05
abr
2016
(BIOENERGIA)
Em cenário de recessão, Duratex aposta na exportação de cavaco

O tempo de carregamento precisa ser controlado para evitar prejuízos, além do volume que pode ser carregado

A atual recessão por qual passa o Brasil tem despertado algumas possibilidades de mercado. Com a alta do dólar a exportação passa a ser interessante para todos os setores que têm preços baseados na moeda americana.

Com segmento de biomassa não é diferente. Em recente evento realizado pela Vermeer, fornecedores de máquinas e equipamentos, em Valinhos (SP), foram reunidos diversos especialistas nas diversas áreas que a empresa atua. Para tratar sobre o mercado de biomassa estava entre os debatedores o gerente de Planejamento e Gestão Florestal da Duratex, Anderson Lins.

De acordo com Lins, o Japão é um mercado atrativo. O especialista explica que a faixa de preço da biomassa de cavaco de madeira, em função dos custos logísticos que se tem no Brasil, precisa ser acima de US$ 140 por tonelada. "Mesmo assim, a partir de São Paulo e Minas Gerais, fica bem difícil se for biomassa de floresta. Já de resíduo de madeira é diferente, o valor é outro. Mas para floresta de eucalipto precisa ser nessa faixa", afirma ele.

A tonelada de biomassa de cavaco a US$ 140 é o valor mínimo para um material com aproximadamente 30% de umidade, explica ele. "Isso já carregado no navio." Para o mercado interno, o valor varia de acordo com a distância. "Em uma média de 100 quilômetros, varia de R$ 120 a R$ 140, a tonelada. Isso se for um cavaco com umidade aproximada de 35%."

A viabilidade em exportar biomassa em forma de cavaco de madeira esbarra em vários fatores, lembra o representante da Duratex. "Alguns procedimentos burocráticos têm que ser cumpridos, mas a grande questão é quanto ao volume que pode ser carregado. Isso passa pela compactação do cavaco e por quantas toneladas é possível carregar em um navio. Além de que a logística de carregamento precisa ser eficiente".

Para Anderson Lins, o tempo para carregamento não pode ser maior que sete dias. "Acima disso o valor fica muito alto. Então é preciso ser estudada uma forma para armazenar e estocar o material no porto, para que quando o navio aportar seja possível fazer o carregamento em até sete dias", conclui ele.

Fonte: Assessoria

ITTO Sindimadeira_rs