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Notícias
22
nov
2005
(GERAL)
Protocolo de Kyoto pode impulsionar desenvolvimento sustentável no Brasil
Ambientalistas de todo o mundo comemoraram, neste mês, a notícia de que o Protocolo de Kyoto, acordo que prevê uma série de medidas para coibir as mudanças climáticas, entrará em vigor dentro de menos de 90 dias. O anúncio tem um valor especial para o Brasil. Segundo especialistas, a implementação do tratado pode impulsionar o desenvolvimento sustentável no país.
De acordo com os termos firmados em Kyoto, as nações industrializadas que ratificaram o protocolo, como a Alemanha e a Rússia, devem reduzir em 5% o nível de emissão de gases associados ao efeito estufa em relação aos índices de 1990. O prazo para alcançar essa meta é 2012. O mesmo, no entanto, não é exigido dos países em desenvolvimento como o Brasil.
Muitos países acreditam que não conseguirão sozinhos atingir a cota estabelecida. No entanto, de acordo com o tratado, aqueles que diminuírem os níveis de emissão mais do que necessário poderão negociar com os outros essas cotas excedentes. É através desse mercado de créditos que o Brasil deve se beneficiar.
"O custo na unidade de redução de emissão na Alemanha, por exemplo, é três ou quatro vezes maior do que aqui. Os países industrializados têm a opção de investir em projetos de eficiência energética ou de seqüestro de carbono nos países em desenvolvimento", explicou Flavio Alves Almeida, coordenador da Câmara Técnica de Energia e Mudanças Climáticas do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDs).
Como todo projeto associado a Kyoto obrigatoriamente tem de proporcionar não só benefícios econômicos, como também sociais, o Brasil pode se beneficiar com os investimentos estrangeiros.
"Qualquer investimento nessa área tem que ser sustentável não só em termos ambientais, como também sociais. Ele tem de trazer benefícios para a comunidade. Desta forma, acho que será possível também combater problemas como a pobreza", aposta Fernando Almeida, presidente executivo do CEBDs.
No comércio mundial de cotas de emissão, o Brasil conta com mais uma carta na manga: suas matas e florestas.
"O Brasil tem muitas condições de seqüestrar carbono através de sua biomassa verde. Contamos com a vantagem de, no país, as árvores crescerem de sete a dez vezes mais rápido do que na Europa", explica Flavio Alves Almeida.
Em termos econômicos, o Brasil ainda poderá ganhar com a exportação de carros que podem ser abastecidos com gasolina ou álcool, como explica o secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Cláudio Langone. A queima de combustíveis fósseis - como os derivados do petróleo - é apontada como uma das principais razões do aquecimento global.
"Somente neste ano, o Brasil já vendeu R$ 700 mil carros desse tipo. É uma novidade que dá a oportunidade ao país de vender álcool para fora", afirma o secretário-executivo.
Mas Kyoto não apresenta apenas oportunidades para o Brasil. O país também tem grandes desafios a enfrentar. O maior deles, segundo Langone, é o desflorestamento da Amazônia.
"O governo brasileiro investiu desde o ano passado R$ 64 milhões para evitar o desmatamento. Houve mudanças na fiscalização da Amazônia e foi implementada até uma ação do governo em parceria com as forças armadas. Também obtivemos avanços tecnológicos devido à parceria com o Sivam (Sistema de Vigilância da Amazônia) e o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais)", contou Langone.
O secretário-executivo do MMA acredita que, com Kyoto em vigor, a chance de implementar projetos contra o desmatamento e outros para evitar as mudanças climáticas vai aumentar.
"Antes da certeza de que Kyoto entraria em vigor, havia uma hesitação com relação ao investimento em projetos. O número de projetos de MDLs (mecanismos de desenvolvimento limpos) vai aumentar muito", aposta Langone.
Fonte: Ambiente Brasil – 10/12/2004
De acordo com os termos firmados em Kyoto, as nações industrializadas que ratificaram o protocolo, como a Alemanha e a Rússia, devem reduzir em 5% o nível de emissão de gases associados ao efeito estufa em relação aos índices de 1990. O prazo para alcançar essa meta é 2012. O mesmo, no entanto, não é exigido dos países em desenvolvimento como o Brasil.
Muitos países acreditam que não conseguirão sozinhos atingir a cota estabelecida. No entanto, de acordo com o tratado, aqueles que diminuírem os níveis de emissão mais do que necessário poderão negociar com os outros essas cotas excedentes. É através desse mercado de créditos que o Brasil deve se beneficiar.
"O custo na unidade de redução de emissão na Alemanha, por exemplo, é três ou quatro vezes maior do que aqui. Os países industrializados têm a opção de investir em projetos de eficiência energética ou de seqüestro de carbono nos países em desenvolvimento", explicou Flavio Alves Almeida, coordenador da Câmara Técnica de Energia e Mudanças Climáticas do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDs).
Como todo projeto associado a Kyoto obrigatoriamente tem de proporcionar não só benefícios econômicos, como também sociais, o Brasil pode se beneficiar com os investimentos estrangeiros.
"Qualquer investimento nessa área tem que ser sustentável não só em termos ambientais, como também sociais. Ele tem de trazer benefícios para a comunidade. Desta forma, acho que será possível também combater problemas como a pobreza", aposta Fernando Almeida, presidente executivo do CEBDs.
No comércio mundial de cotas de emissão, o Brasil conta com mais uma carta na manga: suas matas e florestas.
"O Brasil tem muitas condições de seqüestrar carbono através de sua biomassa verde. Contamos com a vantagem de, no país, as árvores crescerem de sete a dez vezes mais rápido do que na Europa", explica Flavio Alves Almeida.
Em termos econômicos, o Brasil ainda poderá ganhar com a exportação de carros que podem ser abastecidos com gasolina ou álcool, como explica o secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Cláudio Langone. A queima de combustíveis fósseis - como os derivados do petróleo - é apontada como uma das principais razões do aquecimento global.
"Somente neste ano, o Brasil já vendeu R$ 700 mil carros desse tipo. É uma novidade que dá a oportunidade ao país de vender álcool para fora", afirma o secretário-executivo.
Mas Kyoto não apresenta apenas oportunidades para o Brasil. O país também tem grandes desafios a enfrentar. O maior deles, segundo Langone, é o desflorestamento da Amazônia.
"O governo brasileiro investiu desde o ano passado R$ 64 milhões para evitar o desmatamento. Houve mudanças na fiscalização da Amazônia e foi implementada até uma ação do governo em parceria com as forças armadas. Também obtivemos avanços tecnológicos devido à parceria com o Sivam (Sistema de Vigilância da Amazônia) e o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais)", contou Langone.
O secretário-executivo do MMA acredita que, com Kyoto em vigor, a chance de implementar projetos contra o desmatamento e outros para evitar as mudanças climáticas vai aumentar.
"Antes da certeza de que Kyoto entraria em vigor, havia uma hesitação com relação ao investimento em projetos. O número de projetos de MDLs (mecanismos de desenvolvimento limpos) vai aumentar muito", aposta Langone.
Fonte: Ambiente Brasil – 10/12/2004
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