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Notícias

21
fev
2016
(GERAL)
As plantações de dendezeiros ameaçam Amazônia peruana

Mais de 150.000 hectares de florestas primárias estão ameaçadas pela aumento nas plantações de palmeiras de óleo, de acordo com a Oxfam.

As florestas primárias da Amazônia peruana correm o risco com a crescente plantação de dendezeiros. Há cerca de 60.000 hectares de projetos agrícolas e agro-industriais em trâmite de 113.000 ha, superfície que vai triplicar no curto prazo, especialmente em Loreto, San Martin e Ucayali.

A Agência Ambiental de Investigação (EIA), Oxfam no Peru e da Associação de Desenvolvimento interétnico da Amazônia Peruana (AIDESEP) apresentaram novos relatórios que advertem sobre a expansão das plantações agroindustriais nessas áreas do país, em detrimento da economia local, da região e do Amazon.

Julia Urrunaga, diretor do programa de EIA, apresentou umo estudo de impacto econômico do desmatamento, que  governo peruano nunca considerou a cobertura efetiva de áreas florestais, uma vez que só leva em conta as características do solo e uso agrícola é priorizada .

AIDESEP E GRUPO ROMERO
Desmatar Novos projetos vão desmatar mais de 25.000 hectares de floresta, revela AIDESEP. Especialistas dizem que enquanto a demanda global por óleo de palma aumenta, as terras disponíveis no Sudeste Asiático -zona tradicional para esse cultivo, escasseiam.

O Grupo Romero já tem 22.500 hectares de óleo de palma em produção e mais de 34.000 hectares adicionais em terras públicas para a palma de óleo.

Se aprovados os quatro novos projetos previstos pelo Grupo Romero, irá gerar o desmatamento de 25.055 hectares de floresta amazônica (23.000 dos quais são florestas primárias) em violação da lesgislação peruana diz Oxfam.

Um fenômeno global
A expansão do óleo de palma é um fenômeno mundial. O esquema geral é o mesmo: por um lado  denúncias de desmatamento e desapropriação; por outro, criação de empregos e governos interessados nos benefícios gerados pelo investimento e desenvolvimento agro-industrial.

Urrunaga adverte que as autoridades peruanas vem aplicando uma errônea interpretação na definição de “bosques” nas Leis Florestais. O principal impacto ambiental é a substituição das florestas naturais em vários estados de conservação, florestas artificiais para a palma de óleo, causando destruição ambiental.

CONCLUSÕES CIENTÍFICAS
Vladimir Pinto, coordenador de programa de territórios e dos recursos naturais no Peru Oxfam está demonstrado que projetos em grande escala, como a palma aceitera, afeta as florestas primárias, apesar do anúncio oficial para promover esta cultura apenas em áreas desmatadas.

Além disso, Peru, Equador e Colômbia aparecem como países produtores de óleo de palma. Peru ocupa o número  1. É necessário uma política de critérios ambientais, sociais e geográficas, diz Pinto

O estudo Oxfam "Para uma ecologia política de óleo de palma no Peru", diz que o país não está preparado para enfrentar o crescimento das plantações de palmeiras de óleo, por isso é necessário trabalhar em uma política multi-setorial que incorpora critérios económicos compatíveliscom aspecto ambiental, social e geográfica ", reitera a instituição com sede em Londres.

visitar a Noruega
Uma delegação norueguesa vai visitar o Peru para ver quanto se tem avançado no plano de reflorestamento no país. A Noruega doou no ano passado, antes do o início das COP20- 300 milhões de dólares para ajudar o reflorestamento no país.

Não estamos preparados para enfrentar esta situação, por isso é necessário trabalhar em uma política multi-setorial que incorpore aspectos ambientalis, sociais e geográficos, adverte Verde Mula.

Argumentos mais fortes contra a expansão das áreas de dendezeiros são expressos por Ely Tangoa, presidente da Regional Federação shawi indiana San Martin (Ferisham) e Zedequias Ancon, líder nacional da AIDESEP.

Ambos exigem a certificação do Estado de 20 milhões de hectares de florestas e apontam que quando os povos indígenas têm títulos de terra há uma maior segurança para proteção da Amazônia.

ALÉM DISSO
O principal impacto económico é a substituição das florestas naturais em vários estados de conservação, florestas artificiais para a palma de óleo, causando destruição ambiental e efeitos catastróficos sobre a economia local, regional e nacional.

Fonte: diariouno.pe

ITTO Sindimadeira_rs