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Notícias

12
jan
2016
(GERAL)
Chuva intensa derruba pontes e causa transtorno

“Cenário de guerra. É assim que os jornais descrevem nossa cidade. Muros caídos, casas arrasadas, pontes em ruínas. À minha direita, uma árvore na posição horizontal exibe suas raízes recém-arrancadas da terra pela chuva violenta. O córrego corre furioso. Suas águas, muito mais altas do que de costume, exibem coloração marrom e retratam os desastres da noite anterior. Pedaços de lixo flutuante são arrastados ao bel-prazer da correnteza, e logo somem de vista”, é dessa forma que uma moradora de Campo Grande desabafou em um blog pessoal.

11/01/2016 – Nos 10 primeiros dias do ano a água não deu trégua em Campo Grande, capital de Mato Grosso do Sul. A previsão, para o mês todo, era de 210 milímetros de água e essa quantidade já foi preenchida em 72%, alcançando 152,1 milímetros. O Rio Aquidauana, por exemplo, já está 5 metros acima do seu nível normal, que é de 2,99 metros.  “O rio subiu 12 centímetros somente durante esta noite”, completa Mário Raváglia, coordenador da Defesa Civil na cidade.

As notícias não são nada agradáveis também para os produtores rurais. Além das enchentes, a chuva intensa derrubou pontes e deixou as estradas em péssimas condições. Entre as pontes, uma – que passa sobre o córrego João Dias, em Aquidauana – foi interditada depois de ficar submersa pela água. “Ninguém planta. Não tem como entrar com os tratores no campo e em algumas fazendas nem como chegar com as mudas e fertilizantes”, analisa Paulo Cardoso, do Mais Floresta e residente de Campo Grande.

Para ele, não há solução imediata a ser tomada. “Não há solução imediata, só quando a chuva parar. E o governo já anunciou que tem dinheiro para arrumar as pontes”, afirma Paulo Cardoso. É válido lembrar também que, caso a chuva continue com intensidade, pode ocasionar a proliferação de fungos e pragas nos eucaliptos e outras plantações.

Plantio de eucalipto afetado também pela falta de dinheiro

Os produtores de eucalipto também estão com dor de cabeça devido a falta dinheiro. Isso porque o FCO (Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste) ficou fechado durante 8 meses de 2015 e foi liberado apenas no final do ano. Alguns produtores e empresários chegaram a cogitar o encerramento de suas atividades.

Fonte: CeluloseOnline com informações de CampoGrandeNews

ITTO Sindimadeira_rs