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Com foco na geração de energia a partir da madeira, as cooperativas agropecuárias, que há alguns anos se concentravam na produção e no processamento de grãos e carne, agora investem também em ativos florestais. O objetivo é aproveitar a madeira para ganhos de eficiência energética na secagem de grãos e nas caldeiras.
Área plantada - Segundo a Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar), as cooperativas paranaenses já têm 16 mil hectares de florestas plantadas no Estado e precisam ampliar para pelo menos 35 mil hectares nos próximos anos para atingir a autossuficiência energética.
Estratégica - “As cooperativas sempre compraram madeira no mercado, mas investir em florestas passou a ser importante para evitar a falta do produto e a grande oscilação de preços. A questão da geração de energia é estratégica atualmente e a produção florestal deve ganhar espaço”, disse Silvio Krinski, engenheiro agrônomo da Gerência Técnica e Econômica da Ocepar.
Agrária - A cooperativa Agrária, de Guarapuava, no Centro-Sul do Estado, já tem 4,5 mil hectares próprios plantados com eucalipto, que atende 70% da demanda por biomassa da cooperativa.
Estimativa - A estimativa é ampliar para algo próximo de 7 mil hectares até 2022, de acordo com o engenheiro florestal Claudinei Lopes, coordenador da unidade florestal. “Esse aumento contempla os projetos de expansão da cooperativa nos próximos anos e também os investimentos em produtividade”, disse. A Agrária vem testando 25 clones de eucalipto, com foco na ampliação do rendimento, que já é acima da média do Estado, com 50 metros cúbicos por hectare/ano.
Fomento – A Castrolanda, de Castro, nos Campos Gerais, quer expandir sua área florestal por meio de fomento. A cooperativa tem 1,5 mil hectares de reflorestamento de eucalipto, dos quais 200 hectares por meio de fomento.
Transformação - Atualmente, 25 produtores atuam no ramo, com assistência técnica e garantia de compra por parte da cooperativa, de acordo com Gilvan Plodowski, engenheiro florestal da cooperativa. “A área de florestas se transformou em uma unidade de negócios própria, que hoje tem metas, balanço financeiro e tem que apresentar resultados”. O objetivo é chegar a uma área próxima de 2 mil hectares. “A expectativa é que a floresta ocupe áreas degradadas, como forma de diversificação do pequeno produtor, fazendo integração com a lavoura e a pecuária”, acrescenta Krinski, da Ocepar.
Copergera - O início da operação, no próximo ano, da fábrica de celulose da Klabin em Ortigueira, nos Campos Gerais, gera expectativa entre produtores da Cooperativa dos Silvicultores dos Campos Gerais (Copergera), criada em 2014. Com 26 cooperados – a maioria fomentados da Klabin – a Copergera pretende vender no mercado subprodutos que não interessam à fabricante papel e celulose.
Abastecimento - Do total de florestas plantadas da Klabin, 107 mil hectares garantirão o abastecimento de madeira da nova fábrica, sem imediata necessidade de ampliação, de acordo com a empresa. O pinus ocupa cerca de 60% da área e o eucalipto os 40% restantes.
Absorção - A fábrica de celulose da Klabin, que vai produzir 1,5 milhão de toneladas por ano, vai absorver entre 4,5 milhões e 5 milhões de toneladas de madeira, principalmente fina, de acordo com Marcos Geraldo Speltz, presidente da cooperativa.
Planos - A ideia da Copergera é vender outros tipos de madeira também para as indústrias de painéis e as próprias cooperativas, de acordo com Speltz. Atualmente a Copergera tem 5 mil hectares plantados – 58% de eucalipto e 42% de pinus.
Fonte: Agência de Notícias do Paraná
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