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Planejamento é essencial para empresas que pretendem investir neste tipo de tecnologia
A Fibria utiliza a silvicultura de precisão em suas florestas
Investir em novas tecnologias para ter uma floresta mais uniforme, minimizando os custos e maximizando os resultados obtidos. Esses foram os principais pontos abordados pelo engenheiro florestal e gerente de Desenvolvimento Florestal da Fibria, Marcos Wichert, durante o 5º Congresso Florestal Paranaense, realizado em Curitiba (PR).
O especialista apresentou exemplos de como a silvicultura de precisão pode ajudar a conquistar melhores ganhos através da geração de dados, que vão desde a seleção no viveiro até o volume de produtividade por árvore. Entre os principais sistemas – semelhante ao que ocorre na agricultura de precisão – as máquinas são equipadas com sensores que emitem dados georreferenciados que ajudam na melhoria dos desempenhos. “Na agricultura, por exemplo, é possível obter 5% de redução dos custos na otimização de combustível e manutenção das máquinas”, comenta.
Segundo Wichert, antes dos investimentos é preciso ter em mente o que se pretende atingir e quais as necessidades de informação. Também saber da temporalidade, pois o sistema pode gerar informações em tempo real ou com intervalo. “Ter um centro de controle operacional que funcione 24 horas pode ser importante quando se quer uma resposta rápida. Mas o investimento não se aplica para quem precisa de níveis de visualizações diferentes”, relata.
Em outros países, a silvicultura de precisão já é largamente utilizada, mas no Brasil os altos investimentos e as dificuldades de comunicação ainda são entraves. “No Brasil, ainda temos dificuldades com sistemas de GPRS (tecnologia de transferência de dados entre celulares) e a própria linguagem, que não é padrão nos equipamentos”, diz.
Fibria
Operando com quatro fábricas nos Estados da Bahia, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Minas Gerais com capacidade de 5,3 milhões de toneladas de celulose de mercado ano, a Fibria adota a silvicultura de precisão em diversos processos com adaptações e pacotes tecnológicos diferenciados para cada realidade. O gerente de Desenvolvimento Florestal da empresa citou alguns exemplos do emprego dessas tecnologias, entre elas, programas de fertilização – que já resultaram em 17% de redução na adubação por talhão -, piloto automático para a construção de estradas e utilização de RPA para o monitoramento florestal. Mas, apesar dos avanços, Marcos Wichert diz que o ideal para o país é “acabar com as adaptações, e ter uma padronização nas atividades, porque elas ainda mascaram muitos resultados”.
Congresso
O 5º Congresso Florestal é uma promoção da Associação Paranaense de Empresas de Base Florestal (Apre), Embrapa Florestas, Associação Paranaense de Engenheiros Florestais (Apef), Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), Universidade Federal do Paraná (UFPR), Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro) e Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR). O evento conta, ainda, com o patrocínio ouro da Itaipu Binacional e do Instituto de Florestas do Paraná; patrocínio prata da Arborgen e Klabin; patrocínio do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA-PR), Remasa e Tree Trading; apoio de Florestal Alvorada e Dinagro; além do apoio institucional da Curitiba Convention & Visitors Bureau e Sistema Fiep.
Para mais informações sobre o evento: www.congressoflorestalpr.com.br/
Fonte: Assessoria
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