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Notícias
22
nov
2005
(GERAL)
Índice de queimadas é superior a 10 mil focos no mês de junho.
Mato Grosso segue liderando as estatísticas e representa 73% do total brasileiro. Focos aumentam no Tocantins e Maranhão.
O balanço de queimadas de junho confirma as primeiras previsões, de altos índices, feitas no início do mês. No total, foram 10.585 focos detectados no Brasil, de acordo com os dados do satélite noturno NOAA-12, processados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e Embrapa Monitoramento por Satélite (CNPM). É um número ligeiramente menor do que os 10.903 focos de junho de 2002, e maior do que os dois anos precedentes: 8.438 focos em junho de 2001 e 6.311 focos em junho de 2000.
“Vamos redobrar a atenção, no monitoramento às queimadas desta temporada, com um acompanhamento mês a mês, tendo em vista que estes índices são indicativos de desmatamentos. Os números do ano passado já davam sinais do brutal aumento do desmatamento na Amazônia, agora anunciado pelo Inpe”, observa Evaristo Eduardo de Miranda, coordenador de pesquisa da Embrapa Moniotramento por Satélite. Segundo ele, os índices de queimadas na Amazônia Legal aumentaram mais de 63% entre 2001 e 2002, passando dos 89.765 focos registrados entre junho e novembro, em 2001, para 146.215 focos em igual período de 2002. O aumento dos desmatamentos, verificado com o uso de outro satélite –o Landsat 7 - no mesmo período, chegou a 40%.
“Embora queimadas e desmatamentos sejam problemas distintos, o aumento no uso do fogo é um sinal de corte de floresta, pois a mata intacta não queima: é preciso primeiro derrubar e deixar secar, para depois usar o fogo”, acrescenta o pesquisador, lembrando que boa parte da madeira de novas derrubadas nem é aproveitada, seja porque os desmatamentos são ilegais ou por falta de transporte ou por falta de conhecimento sobre as potencialidades da maioria das espécies. “A queima da madeira, em lugar do aproveitamento, amplia ainda mais os impactos ambientais dos desmatamentos”.
Triste recorde
As maiores concentrações de focos estão em Mato Grosso, que neste junho respondeu por mais de 73% do total brasileiro ou 7.775 focos. A rodovia BR-163, conhecida como Cuiabá-Santarém, está no centro da área crítica, com queimadas intensas em ambas as margens, sobretudo entre as cidades de Mutum e Itaúba, passando por Sinop. O uso do fogo também é generalizado ao longo das estradas estaduais e ramais secundários, que cortam a Cuiabá-Santarém no sentido Leste-Oeste, com destaque para a rodovia entre Sinop e Juína e a que liga Sorriso a Jatobá. Altas concentrações de focos ainda surgem ao longo da BR-158, na região leste do estado, no trecho situado entre Serra Boa e Alô Brasil.
O Tocantins somou 364 pontos de fogo, em junho, com as principais concentrações entre Pedro Afonso, Rio Sono e Tocantíria, no centro norte do estado; na Serra da Cangaíba, ao sul de Craolândia; nas margens do rio Araguaia, junto à Ilha do Bananal, e no pé da Chapada das Mangabeiras. O Maranhão foi outro estado com mais de 300 queimadas, 327 mais precisamente. As concentrações mais importantes foram registradas entre as serras do Penitente e do Gado Bravo, no sul do estado, perto de Novo Recreio, e nas proximidades de São Félix de Balsas.
Fora da Amazônia, o estado que mais queimou em junho foi São Paulo, com um total de 510 focos, concentrados na região nordeste do estado, entre Catanduva, Ribeirão Preto, Batatais e Jaboticabal. Zonas menores, mas com grande número de pontos de fogo também se destacaram em torno de Bauru e no eixo São Paulo-Jundiaí-Campinas.
O serviço especial de detecção de incêndios em unidades de conservação e terras indígenas, do Inpe, contabilizou 297 frentes de fogo durante o mês, das quais 286 foram identificados em terras indígenas. Dentre as frentes em unidades de conservação, duas ocorreram na Reserva Biológica do Guaporé, em Rondônia; quatro no Parque Nacional da Serra da Canastra, em Minas Gerais; uma no Parque Nacional das Emas, em Goiás; uma no Parque Nacional da Serra das Confusões e outras três na Estação Ecológica de Uruçuí-Una, ambas localizadas no Piauí, ambas queimando cedo demais.
Liana John
Fonte: Estadão
02/jul/2003
O balanço de queimadas de junho confirma as primeiras previsões, de altos índices, feitas no início do mês. No total, foram 10.585 focos detectados no Brasil, de acordo com os dados do satélite noturno NOAA-12, processados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e Embrapa Monitoramento por Satélite (CNPM). É um número ligeiramente menor do que os 10.903 focos de junho de 2002, e maior do que os dois anos precedentes: 8.438 focos em junho de 2001 e 6.311 focos em junho de 2000.
“Vamos redobrar a atenção, no monitoramento às queimadas desta temporada, com um acompanhamento mês a mês, tendo em vista que estes índices são indicativos de desmatamentos. Os números do ano passado já davam sinais do brutal aumento do desmatamento na Amazônia, agora anunciado pelo Inpe”, observa Evaristo Eduardo de Miranda, coordenador de pesquisa da Embrapa Moniotramento por Satélite. Segundo ele, os índices de queimadas na Amazônia Legal aumentaram mais de 63% entre 2001 e 2002, passando dos 89.765 focos registrados entre junho e novembro, em 2001, para 146.215 focos em igual período de 2002. O aumento dos desmatamentos, verificado com o uso de outro satélite –o Landsat 7 - no mesmo período, chegou a 40%.
“Embora queimadas e desmatamentos sejam problemas distintos, o aumento no uso do fogo é um sinal de corte de floresta, pois a mata intacta não queima: é preciso primeiro derrubar e deixar secar, para depois usar o fogo”, acrescenta o pesquisador, lembrando que boa parte da madeira de novas derrubadas nem é aproveitada, seja porque os desmatamentos são ilegais ou por falta de transporte ou por falta de conhecimento sobre as potencialidades da maioria das espécies. “A queima da madeira, em lugar do aproveitamento, amplia ainda mais os impactos ambientais dos desmatamentos”.
Triste recorde
As maiores concentrações de focos estão em Mato Grosso, que neste junho respondeu por mais de 73% do total brasileiro ou 7.775 focos. A rodovia BR-163, conhecida como Cuiabá-Santarém, está no centro da área crítica, com queimadas intensas em ambas as margens, sobretudo entre as cidades de Mutum e Itaúba, passando por Sinop. O uso do fogo também é generalizado ao longo das estradas estaduais e ramais secundários, que cortam a Cuiabá-Santarém no sentido Leste-Oeste, com destaque para a rodovia entre Sinop e Juína e a que liga Sorriso a Jatobá. Altas concentrações de focos ainda surgem ao longo da BR-158, na região leste do estado, no trecho situado entre Serra Boa e Alô Brasil.
O Tocantins somou 364 pontos de fogo, em junho, com as principais concentrações entre Pedro Afonso, Rio Sono e Tocantíria, no centro norte do estado; na Serra da Cangaíba, ao sul de Craolândia; nas margens do rio Araguaia, junto à Ilha do Bananal, e no pé da Chapada das Mangabeiras. O Maranhão foi outro estado com mais de 300 queimadas, 327 mais precisamente. As concentrações mais importantes foram registradas entre as serras do Penitente e do Gado Bravo, no sul do estado, perto de Novo Recreio, e nas proximidades de São Félix de Balsas.
Fora da Amazônia, o estado que mais queimou em junho foi São Paulo, com um total de 510 focos, concentrados na região nordeste do estado, entre Catanduva, Ribeirão Preto, Batatais e Jaboticabal. Zonas menores, mas com grande número de pontos de fogo também se destacaram em torno de Bauru e no eixo São Paulo-Jundiaí-Campinas.
O serviço especial de detecção de incêndios em unidades de conservação e terras indígenas, do Inpe, contabilizou 297 frentes de fogo durante o mês, das quais 286 foram identificados em terras indígenas. Dentre as frentes em unidades de conservação, duas ocorreram na Reserva Biológica do Guaporé, em Rondônia; quatro no Parque Nacional da Serra da Canastra, em Minas Gerais; uma no Parque Nacional das Emas, em Goiás; uma no Parque Nacional da Serra das Confusões e outras três na Estação Ecológica de Uruçuí-Una, ambas localizadas no Piauí, ambas queimando cedo demais.
Liana John
Fonte: Estadão
02/jul/2003
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