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Notícias
27
mar
2015
(MADEIRA E PRODUTOS)
Produtores de Divinópolis e Itapecerica investem em eucalipto
Agricultores de Divinópolis e Itapecerica, no Centro-Oeste de Minas, apostam no cultivo do eucalipto consciente. A ideia é garantir a rotatividade de culturas, tendo como foco principal a preservação ambiental. Em entrevista, produtores falaram sobre a experiência deles com as plantações de eucalipto e até revelaram que o cultivo pode ser uma maneira de poupar, já que não há uma data certa para a venda. Se o mercado estiver ruim, é possível esperar.
O produtor rural Amilton Naves contou que, durante 20 anos, teve como principal atividade o gado de leite. Mas, há cinco anos, ele resolveu investir na plantação de eucaliptos. Hoje, são 25 hectares de área plantada e 300 cabeças de gado. "Foi indicação de um técnico que nos assiste na fazenda e que trabalha em outras, onde o sistema é adotado. E também a necessidade de diversificar a atividade", explicou.
A forma como o produtor plantou o eucalipto na fazenda é chamada de Silvipastoril. Ou seja, significa que a plantação do eucalipto foi feita de forma estratégica para que o gado tenha espaço para pastar entre as árvores. "Há um espaçamento apropriado para o sistema, com fileiras duplas que têm espaçamento de 15 metros no sentido leste/oeste, o que é muito importante. É fundamental que o sol transite nessa linha. Se não for assim, não temos condições de ter o gado debaixo das árvores", disse Naves.
Em Itapecerica, o empresário e produtor rural Roberto Rocha contou que tem 300 hectares de eucaliptos plantados. Ele optou pelo sistema convencional e disse já não ter interesse em desenvolver outro tipo de atividade na fazenda. Com o eucalipto, a proposta é criar uma "poupança verde". "A vantagem do eucalipto é que ele não tem uma data certa para ser vendido. Se o mercado estiver ruim, você pode esperar. Ele vai engrossar. A gente tem mais opções que a maioria das atividades de fazenda", explicou.
O cultivo do eucalipto é cercado de polêmicas. A primeira é que a espécie suga muita água do solo. Segundo o biólogo e engenheiro agrônomo Sotero Guimarães, isso é mito. "O eucalipto também precisa ser plantado em local adequado. Ele não é muito exigente em nutrientes e, ao mesmo tempo, também não exige muita água, diferente do que muita gente imagina. Tanto é que ele se desenvolve melhor em lugares mais altos e secos. Essa história de que o eucalipto acaba com a água é apenas um mito", explicou.
Sotero ainda explicou que outro mito que cerca o cultivo é o fato de a terra ficar improdutiva após o plantio. "Já faz 25 anos que atuo nesta área. Já formei várias lavouras e reformei outras onde foram plantados eucaliptos e, depois, foram plantados milho, soja e café. Não altera em nada o solo. Pelo contrário, melhora", afirmou.
O cultivo tem gerado benefícios tanto para o produtor, quanto para o meio ambiente. Mas é preciso ter atenção para evitar a proliferação de formigas e cupins. "A grande vantagem é que a árvore sequestra gás carbônico da atmosfera e produz oxigênio, além do conforto que a árvore dá ao animal que está pastando sob ela", finalizou Naves
O produtor rural Amilton Naves contou que, durante 20 anos, teve como principal atividade o gado de leite. Mas, há cinco anos, ele resolveu investir na plantação de eucaliptos. Hoje, são 25 hectares de área plantada e 300 cabeças de gado. "Foi indicação de um técnico que nos assiste na fazenda e que trabalha em outras, onde o sistema é adotado. E também a necessidade de diversificar a atividade", explicou.
A forma como o produtor plantou o eucalipto na fazenda é chamada de Silvipastoril. Ou seja, significa que a plantação do eucalipto foi feita de forma estratégica para que o gado tenha espaço para pastar entre as árvores. "Há um espaçamento apropriado para o sistema, com fileiras duplas que têm espaçamento de 15 metros no sentido leste/oeste, o que é muito importante. É fundamental que o sol transite nessa linha. Se não for assim, não temos condições de ter o gado debaixo das árvores", disse Naves.
Em Itapecerica, o empresário e produtor rural Roberto Rocha contou que tem 300 hectares de eucaliptos plantados. Ele optou pelo sistema convencional e disse já não ter interesse em desenvolver outro tipo de atividade na fazenda. Com o eucalipto, a proposta é criar uma "poupança verde". "A vantagem do eucalipto é que ele não tem uma data certa para ser vendido. Se o mercado estiver ruim, você pode esperar. Ele vai engrossar. A gente tem mais opções que a maioria das atividades de fazenda", explicou.
O cultivo do eucalipto é cercado de polêmicas. A primeira é que a espécie suga muita água do solo. Segundo o biólogo e engenheiro agrônomo Sotero Guimarães, isso é mito. "O eucalipto também precisa ser plantado em local adequado. Ele não é muito exigente em nutrientes e, ao mesmo tempo, também não exige muita água, diferente do que muita gente imagina. Tanto é que ele se desenvolve melhor em lugares mais altos e secos. Essa história de que o eucalipto acaba com a água é apenas um mito", explicou.
Sotero ainda explicou que outro mito que cerca o cultivo é o fato de a terra ficar improdutiva após o plantio. "Já faz 25 anos que atuo nesta área. Já formei várias lavouras e reformei outras onde foram plantados eucaliptos e, depois, foram plantados milho, soja e café. Não altera em nada o solo. Pelo contrário, melhora", afirmou.
O cultivo tem gerado benefícios tanto para o produtor, quanto para o meio ambiente. Mas é preciso ter atenção para evitar a proliferação de formigas e cupins. "A grande vantagem é que a árvore sequestra gás carbônico da atmosfera e produz oxigênio, além do conforto que a árvore dá ao animal que está pastando sob ela", finalizou Naves
Fonte: 4toques
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