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Notícias
26
mar
2015
(SETOR FLORESTAL)
Fragmentação deixa 70% das florestas sob ameaça
Se alguém for jogado num ponto aleatório em qualquer floresta do mundo, ela terá 70% de chance de conseguir sair da vegetação fechada andando menos de um quilômetro. O número corresponde à área florestal fragmentada, calculada em estudo que compilou mapas dos principais biomas do planeta e os experimentos sobre o que acontece nas bordas das florestas, onde a influência humana é ameaça à biodiversidade.
O problema dos pedaços isolados de floresta é que, quando muito pequenos, não acomodam população mínima de certas espécies de animais ou plantas. Apesar de não serem contados como desmatamento, bordas de biomas podem perder de 13% a 75% da biodiversidade.
“Um fragmento pequeno pode não conter número suficiente de indivíduos de uma espécie para que haja reprodução e manutenção da população”, afirma Clinton Jenkins, do Instituto de Pesquisas Ecológicas (IPÊ), coautor do estudo publicado na revista “Science Advances”. O trabalho foi liderado por Nick Haddad, da Universidade do Estado da Carolina do Norte.
Florestas tropicais intocadas tinham tipicamente 90% da área dentro da zona de risco, situadas perto dos limites do ecossistema. Na Amazônia, esse número se reduziu para 75%, o que significa que ela ainda está em áreas relativamente contínuas, comparada à média mundial. Na mata atlântica, que foi quase toda destruída, só 9% das áreas remanescentes estão a mais de 1 km de distância da influência humana. Na África subsaariana, praticamente metade da floresta que resta está em fragmentos, e no Sudeste Asiático, onde uma parte significativa das florestas fica em ilhas.
O limite de 1 km não foi escolhido arbitrariamente. Experimentos longos como o Projeto Dinâmica Biológica de Fragmentos Florestais, operando desde 1979 no Amazonas, mostram que é nas bordas que ocorrem coisas como invasão de espécies, colapso do microclima e mudanças na composição de plantas. Nesse cenário, “a tendência geral é que o número de espécies presentes se reduza”, diz Jenkins. Essa redução porém, não é linear.
“Se você reduz pela metade o tamanho do de um fragmento de floresta, você reduz em cerca de 10% o número de espécies”, explica o ecólogo. “Se você corta 90% de uma floresta você perde metade das espécies, e para os 10% restantes, cada pedacinho que você corta tem um impacto maior”.
Experimentos indicam, porém, que populações de alguns animais e plantas demoram a sumir, e muitos fragmentos florestais ainda tem uma “dívida de extinções”. “Se restaram dois papagaios dentro de um pedaço de floresta, eles podem viver por muito tempo, mas isso não significa que eles poderão ampliar sua população”, diz o biólogo americano.
O problema dos pedaços isolados de floresta é que, quando muito pequenos, não acomodam população mínima de certas espécies de animais ou plantas. Apesar de não serem contados como desmatamento, bordas de biomas podem perder de 13% a 75% da biodiversidade.
“Um fragmento pequeno pode não conter número suficiente de indivíduos de uma espécie para que haja reprodução e manutenção da população”, afirma Clinton Jenkins, do Instituto de Pesquisas Ecológicas (IPÊ), coautor do estudo publicado na revista “Science Advances”. O trabalho foi liderado por Nick Haddad, da Universidade do Estado da Carolina do Norte.
Florestas tropicais intocadas tinham tipicamente 90% da área dentro da zona de risco, situadas perto dos limites do ecossistema. Na Amazônia, esse número se reduziu para 75%, o que significa que ela ainda está em áreas relativamente contínuas, comparada à média mundial. Na mata atlântica, que foi quase toda destruída, só 9% das áreas remanescentes estão a mais de 1 km de distância da influência humana. Na África subsaariana, praticamente metade da floresta que resta está em fragmentos, e no Sudeste Asiático, onde uma parte significativa das florestas fica em ilhas.
O limite de 1 km não foi escolhido arbitrariamente. Experimentos longos como o Projeto Dinâmica Biológica de Fragmentos Florestais, operando desde 1979 no Amazonas, mostram que é nas bordas que ocorrem coisas como invasão de espécies, colapso do microclima e mudanças na composição de plantas. Nesse cenário, “a tendência geral é que o número de espécies presentes se reduza”, diz Jenkins. Essa redução porém, não é linear.
“Se você reduz pela metade o tamanho do de um fragmento de floresta, você reduz em cerca de 10% o número de espécies”, explica o ecólogo. “Se você corta 90% de uma floresta você perde metade das espécies, e para os 10% restantes, cada pedacinho que você corta tem um impacto maior”.
Experimentos indicam, porém, que populações de alguns animais e plantas demoram a sumir, e muitos fragmentos florestais ainda tem uma “dívida de extinções”. “Se restaram dois papagaios dentro de um pedaço de floresta, eles podem viver por muito tempo, mas isso não significa que eles poderão ampliar sua população”, diz o biólogo americano.
Fonte: O Povo Online / FolhaPress
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