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Notícias

05
dez
2014
(GERAL)
Empresas ligadas à Abimci vão exportar mais com crescimento econômico europeu
Uma série de encontros internacionais liderados pela Associação Brasileira da Indústria de Madeira Processada Mecanicamente (Abimci) comprovou a credibilidade dos produtos de madeira brasileiros no mercado europeu e sinalizou novas oportunidades de negócios.

Na avaliação do presidente da Abimci, José Carlos Januário, que participou de eventos em Londres, na Inglaterra, promovidos pela TTF (Timber Trade Federation), como o tradicional encontro anual da NPPD (National Panel Products Division), os produtos brasileiros conquistaram espaço a confiança dos europeus devido ao avanço na qualidade. “Esse mercado é especialmente exigente em relação às certificações e às documentações. É preciso comprovar padrões técnicos, mas também a origem sustentável da matéria-prima e o cumprimento da legislação na contratação de mão de obra, por exemplo”, explica.

As indústrias que conseguirem atender esses requisitos podem encontrar nesses países boas oportunidades a partir do ano que vem. “A expectativa é de que em 2015 o Reino Unido aumente a demanda e os resultados sejam tão bons quanto os deste ano, quando já registramos uma boa comercialização de compensados para esse país”, revela. De janeiro a outubro deste ano, do total do volume de compensado de pinus exportado pelo Brasil, 20% teve como destino o Reino Unido.

Outro país que promete ser atraente para os brasileiros é a Alemanha. Para fomentar a relação comercial e incremento das importações, recentemente o governo alemão promoveu o Global Connect, fórum de exportação e internacionalização de empresas, que tem como objetivo intensificar as relações comerciais com outros países, incluindo o Brasil. O bom momento econômico vivido pela Alemanha, que estima crescer 2% em 2015, pode estimular ainda mais as vendas de compensado e madeira serrada para esse destino, considerado um dos mais constantes e fieis mercados na Europa para os produtos de madeira brasileiros.

Com um cenário otimista para os exportadores, os empresários acreditam que o principal desafio a partir do ano que vem será manter a produção com qualidade e rentabilidade. “Com problemas como fornecimento de matéria-prima, escassez de mão de obra e dificuldades na logística e infraestrutura, o desafio é produzir garantindo lucro”, afirma Januário.

Segundo o diretor Comercial da Sudati, do segmento de compensados, o interesse dos europeus pelos produtos brasileiros é uma realidade, que, inclusive, garantiu a sustentabilidade de muitas indústrias nos últimos dez anos por conta da queda dos negócios com os Estados Unidos. No entanto, ele confirma: “é preciso estar preparado para atendê-los”. E o recado se baseia na experiência de quem comanda as vendas de uma empresa que tem como principais destinos de seus produtos justamente o Reino Unido e a Alemanha. “São compradores que priorizam a qualidade, as certificações de origem e de processo”, explica Sangali. Além disso, ele relata que são constantes as auditorias de compradores ingleses, por exemplo, que verificam in loco todo o processo produtivo. “Hoje as indústrias de madeira que cumprem essas exigências, melhoraram tecnicamente o produto e passaram a conhecer melhor esse mercado começaram a criar uma reputação positiva da marca”, afirma.

Fonte: Assessoria

ITTO Sindimadeira_rs