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Notícias

10
nov
2014
(MÓVEIS)
IEMI apresenta estudo completo sobre canais de varejo de móveis
A análise traz o crescimento em volumes do consumo interno (aparente) de mobiliário (incluindo residenciais e de escritório e colchões) nos últimos cinco anos, entre outras informações relevantes sobre o setor.

Segundo o estudo, o consumo interno (aparente) de móveis chegou a 508,6 milhões de peças em 2013, sendo que no período de 2009 a 2013, este volume vem crescendo a um ritmo próximo a 7% ao ano. Medido em valores nominais, o crescimento foi de 67,7% neste mesmo período. Para 2014, estima-se queda de 2,8% em peças e alta de 1,6% em valores.

Ao contrário de outros setores analisados pelo IEMI, a participação de importados ainda é muito pequena neste segmento, em torno de 2,4% em volumes, embora superior a 2009, quando representava 1,0%. Ao varejo foram destinados, 425,5 milhões de peças, em 2013, 83% do volume total ofertado ao mercado interno, comercializados em 51 mil pontos de venda espalhados por todo o Brasil, sendo 43 mil deles especializados em móveis.

Marcelo Prado, diretor do IEMI, informa que a região Sudeste concentra o maior consumo de móveis (46%) e colchões (49%). Municípios com 50 mil habitantes ou mais respondem por 78% da demanda potencial e por 69% das lojas especializadas em móveis. A classe média (B2/C) responde por 58% do valor gasto pelos consumidores em móveis e colchões.

“Nos últimos anos, a melhor distribuição da renda gerou movimento de “up-size” na população e no consumo, aquecendo o mercado interno”, analisa Prado.
Importações recuam

Para 2014, estima-se um recuo de 14,7% nas importações de móveis em peças, frente a 2013. Com isso, a participação dos importados sobre o consumo interno aponta para 2,1% até o final de 2014.

Nos últimos anos os brasileiros estão consumindo mais móveis devido ao aumento de emprego e da renda, da maior facilidade de acesso ao crédito e incentivos ao consumo, como o oferecido pelo programa “Minha Casa Melhor”. Em 2013 o consumo de móveis chegou a 8,7 peças por domicílio, alta de 3,3% em relação a 2012. No período de 2009 a 2013, houve um crescimento de 22,5%, ou seja, 5,2 por domicílio, em média, ao ano. Para 2014, porém, o mercado vem sentido o forte desaquecimento da economia e já preocupa os empresários no curto e médio prazo.

O mapa dos pontos de venda abaixo ilustra que 63% dos PDVs concentram-se no Sul e Sudeste do País, enquanto que 65% do consumo ocorre nestas regiões. Mais abaixo, o mapa apresenta o consumo de móveis e colchões por Estado.

Mais de 50 mil pontos de venda

O detalhamento do IEMI sobre canais de varejo de móveis destaca que o Brasil possui 50,9 mil pontos de venda de móveis, dos quais 22,5% encontram-se em São Paulo. Destes, 42,7 mil (83,8%) são lojas especializadas em móveis e colchões, responsáveis por 68% dos volumes escoados destes produtos no varejo nacional. As outras 8,2 mil lojas não especializadas (16,7% dos PDV), são responsáveis por 32% das vendas de móveis e colchões no Brasil.

No estudo o IEMI analisa a participação, o perfil e a evolução dos principais canais de varejo de móveis no país, detalhando o seu mix de produtos, preços médios práticos, entre outros indicadores de grande relevância para o planejamento das empresas deste segmento, no país.

Interessante notar que 89,8% dos PDVs especializados em móveis do país operam no comércio de rua (aproximadamente 38,3 mil pontos). Os 4,3 mil pontos de venda restantes se localizam em shopping centers, muitos deles, shoppings especializados em móveis e decoração. “Nos últimos 5 anos aumentou a participação do canal especializado, passando de 62,2% para 68%, enquanto que as lojas de departamento perderam representação, passando de 35,6% para 29,9%”, conclui Prado.

“O varejo de móveis vem crescendo de forma expressiva. Ao todo foram comercializados 425 milhões de peças de móveis e colchões no varejo brasileiro, que geraram uma receita de R$ 59,1 bilhões em 2013”, afirma Prado. Entre 2009 e 2013, o varejo de móveis e colchões avançou 32% em volumes e 66% em valores nominais, sendo que descontada a inflação, as vendas destes produtos registram crescimento de 33,3% neste mesmo período.

Fonte: Segs

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