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06
out
2014
(LOGÍSTICA)
Indústrias de madeira e móveis do Paraná apresentam plano de logística reversa
Apesar dos setores de madeira e móveis ainda não estarem incluídos na obrigatoriedade legal de elaborar planos de logística reversa, os industriais do Paraná decidiram se antecipar à questão e aproveitar todo o movimento liderado pela Federação das Indústrias do Paraná (Fiep) com apoio de 15 sindicatos e da Associação Brasileira da Indústria de Madeira Processada Mecanicamente (Abimci). O setor, que representa a maioria das exportações brasileiras de produtos de madeira, entregou à Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Sema) seu plano. A política nacional instituiu, entre outros pontos, a obrigatoriedade da logística reversa – o caminho contrário que o produto faz após o seu consumo, passando por toda cadeia produtiva, voltando até o fabricante, que lhe dará a destinação final ambientalmente correta.

O plano elaborado pela cadeia de madeira e mobiliário apresenta um panorama desses dois setores no Estado, composto por aproximadamente 5 mil empresas, que empregam 85 mil trabalhadores. O documento aponta quais são os principais resíduos gerados pelas atividades e traz uma série de metas a serem alcançadas para a efetivação da logística reversa. Também apresenta um cronograma de ações – a serem implantadas de imediato ou em curto, médio e longo prazos – para que as indústrias se envolvam no processo. Os próximos passos incluem, entre outras ações, uma parceria com o Senai para a formação de mão de obra. Além disso, o trabalho se baseará em três eixos: responsabilidade compartilhada, a definição de quem irá custear os centros de reciclagem e a operacionalidade e interação com outros segmentos.

Na avaliação do secretário executivo da Abimci, Paulo Roberto Pupo, que apresentou as ações do Paraná durante a 11ª reunião do Conselho Temático de Meio Ambiente e Sustentabilidade Regional Sul-Sudeste da Confederação Nacional da Indústria (CNI), realizada no final de setembro em Curitiba (PR), o Paraná pode ser um case para o restante do país. “A Abimci tem em sua base de associados 16 Estados representados. Dessa forma, estamos preparados para coordenar essa ação nacionalmente”, afirma. O executivo pondera, no entanto, que para uma ação como essa ter sucesso nacionalmente, será preciso disseminá-la de forma uniforme, envolvendo setores privado e público, já que o tema exige responsabilidade compartilhada e uma mesma interpretação de todos os envolvidos na cadeia produtiva.

De acordo com Pupo, a Associação incentiva e apoia medidas como essas, já que garantir a sustentabilidade da atividade que as indústrias desenvolvem e, consequentemente, a perpetuidade da matéria-prima e do meio ambiente, e a qualidade de vida dos trabalhadores e da comunidade na qual as indústrias estão inseridas é um caminho sem volta. “Não há mais como imaginar o sucesso de um negócio sem pensar nesses três pilares e o setor de base florestal está fazendo a sua parte”, conclui.

Fonte: Assessoria de Imprensa ABIMC

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