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Notícias

06
out
2014
(MADEIRA E PRODUTOS)
Com maior expansão florestal do país, Mato Grosso do Sul pode ter déficit de madeira até 2024
A disponibilidade de terras a preços competitivos, aliada a boas condições edafoclimáticas, política estadual voltada à silvicultura e condições logísticas atraíram investimentos para o Estado do Mato Grosso do Sul. Não por acaso a área de florestas plantadas quintuplicou nos últimos oito anos, atingindo a casa de 600 mil hectares compostos, principalmente, por eucalipto.

A expansão acelerada do setor florestal do Estado - nesse período - tem como principal driver os grandes projetos de celulose, com destaque à Fibria e mais recentemente à Eldorado. Porém, o estabelecimento de grandes projetos para produção de celulose na região fomentou a formação de um cluster de investidores composto por produtores de floresta (TIMO’s e produtores individuais) e empreendimentos em novas áreas como serrados, painéis e energia.

A Forest2Market do Brasil, empresa parceira da Index Florestal (pertencente ao Grupo Index), conduziu recentemente um estudo detalhado da cadeia de suprimento florestal no Estado de Mato Grosso do Sul, avaliando a oferta e demanda de madeira atual e projetada até 2026 em diferentes cenários, considerando a possibilidade de entrada de novos players.

O resultado do estudo apontou que, embora o Estado já possua uma base florestal considerável, a produção plena dessas áreas irá demorar a chegar às indústrias. Segundo o gerente da Forest2Market do Brasil, Marcelo Leoni Schmid, mesmo em um cenário pessimista, sem considerar o desenvolvimento de novos projetos industriais no Estado, a oferta de madeira somente será positiva a partir de 2017. “Esse fator tem levado grandes empreendimentos a buscar madeira em locais bastante distantes, até mesmo fora do Estado”, destaca Schmid.

Em um segundo cenário, ao se considerar novos projetos com elevada chance de concretização, o déficit de madeira no mercado se prolongará por mais cinco anos, até 2022. Finalmente, em um terceiro cenário, que considera o start-up futuro de projetos, cujo arranjo financeiro ainda é incerto, o equilíbrio entre oferta e demanda ocorreria somente após o ano de 2024, mesmo com a ampliação prevista da área de plantio.

Os resultados do estudo realizado pela Forest2Market do Brasil demonstram que a disputa pela matéria-prima florestal no Mato Grosso do Sul será acirrada nos próximos anos. Esse resultado justifica o interesse das empresas do Estado por informações mais detalhadas de preço de madeira. Com base nesse interesse, a Forest2Market do Brasil está expandindo para a região o seu trabalho de monitoramento de preços de madeira entregue - o único relatório de preços de matéria-prima florestal integralmente baseado em transações reais, disponível para o mercado brasileiro.

Na avaliação do CEO da Forest2Market do Brasil, Pete Stewart, o interesse das empresas do Estado de Mato Grosso do Sul pelo monitoramente detalhado de preços de mercado é facilmente justificável e familiar para o negócio da Forest2Market: “O conhecimento detalhado da dinâmica de variação de preços é uma demanda fundamental em todo novo mercado em desenvolvimento, repetindo um padrão de comportamento bastante similar que já observamos em outros países. As empresas querem ser competitivas e, para isso, precisam estar bem informadas sobre as práticas comerciais de seus principais competidores”, explica Stewart.

A Forest2Market do Brasil possui uma série de clientes no Estado de Mato Grosso do Sul e nos próximos 30 dias dará início à coleta dos dados necessários à preparação de seus relatórios de benchmark mensais, o mesmo produto que a empresa está entregando mensalmente para o mercado da região sul.

Fonte: Painel Florestal

ITTO Sindimadeira_rs