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Notícias

01
ago
2014
(MÓVEIS)
Redução da oferta de matéria-prima atinge movelarias no PA
Segundo eles, decreto estadual dificulta abastecimento das empresas. Em Alenquer, donos de pequenas fábricas buscam apoio do poder público.

A redução da oferta de matéria-prima no setor madeireiro atingiu os donos de movelarias de Alenquer, oeste do Pará. Os empresários do ramo buscam apoio do poder público para evitar o fechamento das pequenas fábricas de móveis da cidade. Segundo eles, decreto estadual tem dificultado o abastecimento das pequenas empresas, que ficam sem poder funcionar.

Os donos de movelarias garantem que cada uma das pequenas fábricas de móveis que estão em funcionamento na cidade empregam em média cinco funcionários, mas nas quase 100 movelarias cadastradas na Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma), a movimentação está fraca, com máquinas paradas e funcionários sem poder trabalhar por falta de matéria-prima. “Nós não podemos trabalhar por falta de matéria-prima. Tem móvel para fazer, para entregar, e também outros serviços que tem aí e a falta da matéria-prima que está causando esse problema todinho dentro das movelarias de Alenquer”, reclama o marceneiro José Maria Brito.

O secretário da associação de marceneiros, José Maria Feliz, reforça que a falta de matéria-prima que atinge as movelarias precisa ser resolvido com urgência, caso contrário, as empresas precisarão fechar as portas. “O nosso principal problema hoje é conseguir material para trabalhar porque tem projeto de manejo aí, mas quando eles são liberados a madeira sai toda para exportação e nós não temos como comprar esse material aqui. É questão de emergência ou a gente manda os funcionários para casa e vai para casa também e fecha as portas ou tem que ter alguma atitude da competência mais alta”, afirma.

Os negócios das movelarias entravam na burocracia na hora de adquirir a madeira para a fabricação dos móveis, por isso os empresários já criaram uma associação para unir forças para lutar por melhorias no setor e também contrataram um engenheiro florestal para dar orientações sobre o fazer para conseguir retomar a produção de móveis, que é uma das maiores fontes empregadoras de Alenquer.

Decreto Estadual
Para o engenheiro florestal Willian Ferreira, a criação de um decreto estadual que exige o Cadastro de Exploradores e Consumidores de Produtos Florestais causou um impacto econômico no município. “Nós temos dentro do município, quase 100 movelarias cadastradas na Secretaria Municipal de Meio Ambiente e com a criação do decreto estadual pelo governo do Estado do Pará, estão exigindo o Ceprof, que é o Cadastro de Exploradores e Consumidores de Produtos Florestais dentro do Estado do Pará, está havendo um impacto econômico diretamente no município de Alenquer”, explica.

Há alguns dias os moveleiros tentam conseguir uma reunião com os vereadores de Alenquer para pedir apoio, no intuito de resolver a situação de falta de matéria-prima, para poder manter as empresas funcionando. “Uma força por parte das autoridades, a gente gostaria que eles olhassem esse lado nosso, o nosso setor está pedindo socorro, o nosso setor está falido por falta de apoio”, conta o moveleiro Rinaldo Lemos.

O Ceprof foi instituído através do Decreto Estadual n° 2.592, de 27 de novembro de 2006, o qual sofreu alterações em janeiro de 2008. O cadastro é direcionado a pessoas físicas e jurídicas responsáveis por empreendimentos que extraiam, coletem, beneficiem, transformem, industrializem, comercializem, armazenem ou consumam produtos, subprodutos ou matéria-prima de qualquer formação florestal do Estado do Pará, inclusive de plantios e reflorestamentos.

Fonte: G1

ITTO Sindimadeira_rs