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Notícias
29
mai
2014
(SILVICULTURA)
Silvicultura: Cooperativa recém-criada vai negociar toras
Uma mudança de estratégia da Klabin – maior indústria de papel do Brasil instalada em Telêmaco Borba, nos Campos Gerais – motivou a criação de uma cooperativa para comercialização do excedente de madeira “grossa” – proveniente de árvores adultas e mais usadas em construções e na fabricação de móveis
A Cooperativa dos Silvicultores dos Campos Gerais (Copergera) acaba de ser formada para remeter para outras indústrias o produto que não interessa mais à gigante do papel.
Poder de negociação- “Durante 20 anos a Klabin incentivou a produção de madeira na região. São mais de 6 mil produtores que só terão garantia de comprar da madeira fina para celulose. A nova cooperativa irá dar maior poder de negociação para a madeira grossa”, afirma Gilson Martins, engenheiro florestal Ocepar que acompanhou o desenvolvimento do projeto.
Expectativa - A Copergera nasce com 25 associados e mais de 5 mil hectares plantados. A expectativa é que outros silvicultores que plantam pinus e eucalipto nos Campos Gerais e na região do Médio Tibaji entrem para o quadro de associados. “Queremos nos unir para comercializar essa produção”, afirma Marcos Geraldo Speltz, primeiro presidente da nova empresa.
Uso múltiplo- Além da parte comercial, a diretoria da Copergera planeja incentivar o manejo das florestas para uso múltiplo, como energia, processamento e construção. As certificações florestais FSC (Forest Stewadship Council) e Cerflor também estão entre as metas da cooperativa.
Florestas intercalam lavouras nos Campos Gerais - O mercado de madeira está em expansão. A Klabin está construindo nova fábrica em Ortigueira, com recursos na ordem de R$ 7,5 bilhões, para produção de até 1,5 milhão de toneladas de celulose por ano a partir de 2016.
Redutos - Redutos de produção de grãos são também área próspera para o cultivo de árvores. É o que ocorre na região da cooperativa Castrolanda, que vem colhendo 500 mil toneladas de grãos ao ano. Um dos fornecedores de madeira para a cooperativa é Albert Reinder Barkema, silvicultor que descobriu a atividade antes mesmo da estruturação do programa de fomento ao plantio de florestas mantido pela empresa.
Produção - A chácara dele, que é vizinha ao escritório da Castrolanda, em Castro, tem um pátio com 10 mil toneladas de tora. Barkema também produz cavaco para a produção de biomassa. A produção média mensal é de 5 mil toneladas.
Agricultura - O silvicultor também é agricultor. “Planto soja, milho, feijão e, no inverno, trigo”, diz. Ele só não lida com pecuária leiteira, como a maioria dos colegas cooperados da Castrolanda. “Sou uma ovelha negra por aqui”, brinca. Se depender da cooperativa, no entanto, a paisagem dos Campos Gerais, onde predominam pastagens e lavouras, terá cada vez mais lotes de eucalipto.
Mercado promissor- Para Barkema, o reflorestamento tem um mercado promissor, principalmente devido ao cavaco, que tem maior poder de queima que a madeira. Sem revelar a área destinada à silvicultura, ele vende 95% da produção e usa menos de 5% para as fornalhas dos secadores próprios.
Investimento inicial- R$ 7 mil de investimento inicial são necessários para o cultivo de cada hectare de eucalipto. O valor fica bem acima do necessário para plantio de grãos, mas a rentabilidade equivale à oferecida pela soja nas regiões mais produtivas.
A Cooperativa dos Silvicultores dos Campos Gerais (Copergera) acaba de ser formada para remeter para outras indústrias o produto que não interessa mais à gigante do papel.
Poder de negociação- “Durante 20 anos a Klabin incentivou a produção de madeira na região. São mais de 6 mil produtores que só terão garantia de comprar da madeira fina para celulose. A nova cooperativa irá dar maior poder de negociação para a madeira grossa”, afirma Gilson Martins, engenheiro florestal Ocepar que acompanhou o desenvolvimento do projeto.
Expectativa - A Copergera nasce com 25 associados e mais de 5 mil hectares plantados. A expectativa é que outros silvicultores que plantam pinus e eucalipto nos Campos Gerais e na região do Médio Tibaji entrem para o quadro de associados. “Queremos nos unir para comercializar essa produção”, afirma Marcos Geraldo Speltz, primeiro presidente da nova empresa.
Uso múltiplo- Além da parte comercial, a diretoria da Copergera planeja incentivar o manejo das florestas para uso múltiplo, como energia, processamento e construção. As certificações florestais FSC (Forest Stewadship Council) e Cerflor também estão entre as metas da cooperativa.
Florestas intercalam lavouras nos Campos Gerais - O mercado de madeira está em expansão. A Klabin está construindo nova fábrica em Ortigueira, com recursos na ordem de R$ 7,5 bilhões, para produção de até 1,5 milhão de toneladas de celulose por ano a partir de 2016.
Redutos - Redutos de produção de grãos são também área próspera para o cultivo de árvores. É o que ocorre na região da cooperativa Castrolanda, que vem colhendo 500 mil toneladas de grãos ao ano. Um dos fornecedores de madeira para a cooperativa é Albert Reinder Barkema, silvicultor que descobriu a atividade antes mesmo da estruturação do programa de fomento ao plantio de florestas mantido pela empresa.
Produção - A chácara dele, que é vizinha ao escritório da Castrolanda, em Castro, tem um pátio com 10 mil toneladas de tora. Barkema também produz cavaco para a produção de biomassa. A produção média mensal é de 5 mil toneladas.
Agricultura - O silvicultor também é agricultor. “Planto soja, milho, feijão e, no inverno, trigo”, diz. Ele só não lida com pecuária leiteira, como a maioria dos colegas cooperados da Castrolanda. “Sou uma ovelha negra por aqui”, brinca. Se depender da cooperativa, no entanto, a paisagem dos Campos Gerais, onde predominam pastagens e lavouras, terá cada vez mais lotes de eucalipto.
Mercado promissor- Para Barkema, o reflorestamento tem um mercado promissor, principalmente devido ao cavaco, que tem maior poder de queima que a madeira. Sem revelar a área destinada à silvicultura, ele vende 95% da produção e usa menos de 5% para as fornalhas dos secadores próprios.
Investimento inicial- R$ 7 mil de investimento inicial são necessários para o cultivo de cada hectare de eucalipto. O valor fica bem acima do necessário para plantio de grãos, mas a rentabilidade equivale à oferecida pela soja nas regiões mais produtivas.
Fonte: Gazeta do Povo
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