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21
mai
2014
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Para capacitar mão de obra no setor florestal, ação conjunta disponibiliza cursos para formação de operadores
Uma pesquisa realizada pela Fundação Dom Cabral aponta que 91% das empresas entrevistas enfrentam dificuldades na hora de contratar. No setor florestal, a grande preocupação é quanto à operação de máquinas para colheita e transporte de madeira e muitas empresas estão preferindo formar profissionais para atender à demanda.

Por isso, uma iniciativa conjunta entre a Associação Paranaense de Empresas de Base Florestal (APRE), o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) e quatro empresas da base florestal - Berneck, Arauco, Dissenha e Remasa Reflorestadora S/A (controlada pela Família Gugelmin e a Tree Florestal S/A) -, está proporcionando, desde fevereiro deste ano, cursos para formar e atualizar operadores de máquinas de colheita florestal. As capacitações acontecem no Centro de Formação de Operadores Florestais (Cenflor Unicentro), em Irati (PR).

“À medida que as tarefas exigem mais qualificação, a dificuldade em encontrar profissionais é ainda maior. Apesar da mecanização de atividades de colheita em muitas empresas, nunca treinamos tantos operadores de motosserra, por exemplo, como em 2013. Com operadores bem treinados tecnicamente e alinhados com a política da empresa, é fácil imaginar que os processos serão mais eficientes, com redução de custos”, revela Néder Maciel Corso, engenheiro florestal do Senar/PR.

Segundo o engenheiro, a mecanização das atividades é um dos fatores para essa falta de mão de obra qualificada. Ele ressalta, ainda, que ao fazer investimentos significativos na aquisição de máquinas modernas, as empresas precisam pensar estrategicamente, preocupando-se também com a capacitação de profissionais para operar os novos equipamentos. “Temos que pensar sobre qual a preparação adequada para desenvolvimento de determinada atividade. Por exemplo: o que o mercado espera de um operador de trator florestal? Para termos esta resposta é preciso dialogar com os diversos atores do setor”, reforça Corso.

Nesse projeto, Neder destaca a participação da APRE, que levantou as necessidades junto aos associados, e o Cenflor, que agregou seu know-how à proposta de capacitar profissionais. Para 2014, a meta é formar 24 novos operadores florestais e reciclar outros 100 ao longo de 13 treinamentos: três eventos de formação de operadores (oito profissionais por curso) e 10 eventos de atualização de operadores (10 profissionais por curso). A carga horária para os cursos de formação é de 80 horas. Já para os cursos de atualização, a carga horária é de 16 horas.

A visão das empresas

Para Gilson Geronasso, diretor técnico da Remasa Reflorestadora S/A, a questão da mão de obra no setor florestal hoje é vista com muita preocupação, porque a carência é grande para todas as funções, especializadas ou não. “No nosso segmento, a falta de operadores de máquinas, por exemplo, vem da forte demanda em função da reestruturação pela qual o setor está passando, principalmente pela mecanização da colheita florestal. O trabalho realizado por máquinas especiais (harvester e forwarders), que possuem alta tecnologia, necessita de operadores devidamente treinados. A capacitação é igualmente importante sob a ótica do funcionário para garantir segurança do trabalho”, explica Geronasso.

De acordo com o diretor, a Remasa buscou apoio do Senar e, com a ótima receptividade, a ação conjunta entre algumas empresas, o Senar, a Apre e o Cenflor tornou-se realidade. “O Senar entra com sua expertise em treinamentos, o Cenflor traz os simuladores de realidade virtual e as empresas sedem espaço e disponibilizam suas máquinas para formação dos operadores. Além de cursos e treinamentos, temos ainda um programa de educação para melhorar a formação dos colaboradores. O trabalho de treinamento e capacitação de pessoas é um processo contínuo que desenvolvemos. Com estes esforços conjuntos, as empresas poderão atuar no desenvolvimento de novos talentos para operação de suas máquinas, gerando economia no processo”, completa Geronasso.

Fonte: INTERACT Comunicação

ITTO Sindimadeira_rs