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Notícias
20
mai
2014
(REFLORESTAMENTO)
Plano Safra deve contemplar florestas plantadas pela 1ª vez
O setor de florestas plantadas deverá ser incluído pela primeira vez no Plano Safra 2014/2015, que será lançado nesta manhã, de acordo com uma fonte ligada ao governo federal. Com a inclusão das florestas na agenda do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), o governo espera ampliar a presença brasileira no mercado internacional de madeira, que movimenta cerca de US$ 260 bilhões por ano, promovendo o planejamento de longo prazo no segmento e atraindo novos investimentos.
A inclusão antecipa a implementação da Política Nacional de Florestas Plantadas, em estudo pelo governo desde 2010, e cujo projeto de lei está na Casa Civil. "Não tínhamos a expectativa de ver a política implantada antes de dois anos, mas as discussões com o Ministério da Agricultura se aceleraram nos últimos 15 dias, por iniciativa do novo ministro [Neri Geller], e tudo indica que ocorrerá a inclusão das florestas plantadas já neste Plano Safra", disse o representante ao DCI.
Com a introdução do setor no Plano Safra, instrumento que organiza as políticas do governo federal para a agricultura, pode ser dispensada a edição de lei específica, avalia o porta-voz. O planejamento para o segmento de florestas, porém, deve diferir do tratamento anual das culturas tradicionais, uma vez que o ciclo das florestas é mais longo. "O planejamento deverá ser plurianual", diz.
Atualmente, o Brasil participa com cerca de 3% do comércio mundial de produtos com origem em florestas plantadas, majoritariamente com a exportação de celulose de fibra curta. O objetivo de uma política de longo prazo é ampliar esta participação, diversificando a base e reduzindo a pressão sobre as florestas nativas.
Outra prioridade é a atração de investimentos para o segmento, através de fundos de pensão, células de crédito florestal, seguro rural e isenção de impostos para uso de resíduos florestais. Como grande desafio ao desenvolvimento do setor, o especialista aponta sua imaturidade e dependência, e na estrutura fundiária brasileira, o principal entrave ao avanço de projetos florestais.
"O Brasil deveria ter uma política para suas florestas como um todo, incluindo também as nativas. Mas há uma resistência menor ao planejamento econômico para as florestas plantadas, então esperamos que isto sirva de ponta pé inicial para uma política mais ampla", disse o representante. "Está tudo bem encaminhado para termos uma boa notícia nesta segunda-feira", concluiu.
Indústria
No final do mês de abril foi criada uma nova associação da indústria de produtos de base florestal plantada, a Indústria Brasileira de Árvores (Ibá). Reunindo 70 empresas dos setores de painéis e pisos de madeira, celulose, papel, florestas energéticas e produtores independentes de árvores plantadas, a entidade representa receita bruta de R$ 60 bilhões em 2013, equivalente 6% do produto interno bruto (PIB) industrial
As exportações somaramUS$ 8 bilhões, equivalente a 3% das vendas externas brasileiras. Dos 7,2 milhões de hectares de árvores, entre eucalipto, pinus e espécies como acácia, araucária, paricá e teca, 37% são destinadas à produção de celulose e papel, 16% à siderurgia a carvão vegetal, 6% para painéis de madeira, 4% em produtos sólidos de madeira e os 37% restantes entre investidores institucionais e produtores independentes. Do total, 50% dos plantios são certificados.
"É no potencial das árvores plantadas que se baseiam os investimentos de R$ 53 bilhões de nossas empresas, em andamento e previstos, e que visam ao aumento dos plantios, ampliação de fábricas e novas unidades até 2020", afirmou a presidente executiva da Ibá, Elizabeth de Carvalhaes, por ocasião do lançamento da nova associação setorial.
Na pauta de reivindicações da entidade, estão a manutenção da desoneração da folha de pagamentos após dezembro de 2014 e a redução da carga fiscal dos investimentos. Também estão entre as prioridades a ampliação do debate sobre a aquisição de terras por empresas de capital estrangeiro e das negociações de crédito de carbono florestal, no Brasil e internacionalmente, além do debate sobre plantio de árvores geneticamente modificadas.
A inclusão antecipa a implementação da Política Nacional de Florestas Plantadas, em estudo pelo governo desde 2010, e cujo projeto de lei está na Casa Civil. "Não tínhamos a expectativa de ver a política implantada antes de dois anos, mas as discussões com o Ministério da Agricultura se aceleraram nos últimos 15 dias, por iniciativa do novo ministro [Neri Geller], e tudo indica que ocorrerá a inclusão das florestas plantadas já neste Plano Safra", disse o representante ao DCI.
Com a introdução do setor no Plano Safra, instrumento que organiza as políticas do governo federal para a agricultura, pode ser dispensada a edição de lei específica, avalia o porta-voz. O planejamento para o segmento de florestas, porém, deve diferir do tratamento anual das culturas tradicionais, uma vez que o ciclo das florestas é mais longo. "O planejamento deverá ser plurianual", diz.
Atualmente, o Brasil participa com cerca de 3% do comércio mundial de produtos com origem em florestas plantadas, majoritariamente com a exportação de celulose de fibra curta. O objetivo de uma política de longo prazo é ampliar esta participação, diversificando a base e reduzindo a pressão sobre as florestas nativas.
Outra prioridade é a atração de investimentos para o segmento, através de fundos de pensão, células de crédito florestal, seguro rural e isenção de impostos para uso de resíduos florestais. Como grande desafio ao desenvolvimento do setor, o especialista aponta sua imaturidade e dependência, e na estrutura fundiária brasileira, o principal entrave ao avanço de projetos florestais.
"O Brasil deveria ter uma política para suas florestas como um todo, incluindo também as nativas. Mas há uma resistência menor ao planejamento econômico para as florestas plantadas, então esperamos que isto sirva de ponta pé inicial para uma política mais ampla", disse o representante. "Está tudo bem encaminhado para termos uma boa notícia nesta segunda-feira", concluiu.
Indústria
No final do mês de abril foi criada uma nova associação da indústria de produtos de base florestal plantada, a Indústria Brasileira de Árvores (Ibá). Reunindo 70 empresas dos setores de painéis e pisos de madeira, celulose, papel, florestas energéticas e produtores independentes de árvores plantadas, a entidade representa receita bruta de R$ 60 bilhões em 2013, equivalente 6% do produto interno bruto (PIB) industrial
As exportações somaramUS$ 8 bilhões, equivalente a 3% das vendas externas brasileiras. Dos 7,2 milhões de hectares de árvores, entre eucalipto, pinus e espécies como acácia, araucária, paricá e teca, 37% são destinadas à produção de celulose e papel, 16% à siderurgia a carvão vegetal, 6% para painéis de madeira, 4% em produtos sólidos de madeira e os 37% restantes entre investidores institucionais e produtores independentes. Do total, 50% dos plantios são certificados.
"É no potencial das árvores plantadas que se baseiam os investimentos de R$ 53 bilhões de nossas empresas, em andamento e previstos, e que visam ao aumento dos plantios, ampliação de fábricas e novas unidades até 2020", afirmou a presidente executiva da Ibá, Elizabeth de Carvalhaes, por ocasião do lançamento da nova associação setorial.
Na pauta de reivindicações da entidade, estão a manutenção da desoneração da folha de pagamentos após dezembro de 2014 e a redução da carga fiscal dos investimentos. Também estão entre as prioridades a ampliação do debate sobre a aquisição de terras por empresas de capital estrangeiro e das negociações de crédito de carbono florestal, no Brasil e internacionalmente, além do debate sobre plantio de árvores geneticamente modificadas.
Fonte: DCI
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