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Notícias
13
mai
2014
(MADEIRA E PRODUTOS)
Seca pode afetar a produtividade das florestas de eucalipto
A seca que atinge grande parte do Brasil pode afetar a produtividade das florestas de eucaliptos e obrigar as grandes produtoras de celulose a adquirir madeira de terceiros a preços mais altos, afetando a rentabilidade do setor e tornando a falta de chuvas uma preocupação também para as empresas que estariam seguras de um possível racionamento de energia.
Especialistas e agentes do setor acreditam que a seca dos últimos meses pode afetar o desenvolvimento das árvores em todo o ciclo de crescimento do eucalipto, que no Brasil é de em média sete anos, comprometendo a produtividade das florestas em 2014 e nos próximos anos.
"A planta quando não encontra água, seca e perde as folhas, levando a interrupção da fotossíntese e, consequentemente, do crescimento", explicou o autor do informativo Eucaliptus Online Book, o engenheiro agrônomo e especialista em culturas de celulose Celso Foelkel. "Tanto as mudas que serão plantadas quanto as árvores mais velhas e mais próximas do período de colheita são impactadas pela seca."
"Teremos impacto não apenas em um ano, mas nos próximos anos de colheita", acrescentou o especialista.
O Brasil tinha 5,10 milhões de hectares de florestas plantadas de eucaliptos em 2012, segundo dados mais recentes da Associação Brasileira de Produtores de Florestas Plantadas (Abraf), com uma produtividade média de 40,7 metros cúbicos por hectare ao ano.
É difícil estimar as perdas de produtividade das florestas de eucaliptos pela falta de chuvas, pois os efeitos serão sentidos com maior intensidade nos próximos anos. Mas o presidente da Suzano Papel e Celulose, em um exercício hipotético, disse que as perdas poderiam chegar a 12,5 por cento.
"Suponha que você não tenha (produtividade de) 40, mas 35 (metros cúbicos). Se começar a repetir isso em muitos hectares, começa a faltar madeira", disse Walter Schalka em entrevista recente à Reuters, ressaltando que a perda pode ser menor se as chuvas retornarem.
Embora tenha ressaltado que a Suzano possui excesso de florestas em regiões afetadas pela escassez de chuvas no país, como o Estado de São Paulo, Schalka não descarta uma queda na produtividade do setor.
"Uma estiagem afeta sim o crescimento anual das nossas áreas. Na Bahia e no Maranhão, não houve nenhuma alteração (na pluviosidade). Em São Paulo, pode afetar se continuar essa situação."
A capacidade de aproveitar a energia gerada no processo de produção da celulose e as outorgas para captar água diretamente, e não por meio do sistema de abastecimento, deixam o setor de papel e celulose mais protegido de possíveis racionamentos de energia e água.
Mas o risco de perda de produtividade por causa da seca está levando o setor a realizar estudos para desenvolver mudas mais adaptadas ao clima seco, disse o engenheiro agrônomo e especialista Foelkel.
Especialistas e agentes do setor acreditam que a seca dos últimos meses pode afetar o desenvolvimento das árvores em todo o ciclo de crescimento do eucalipto, que no Brasil é de em média sete anos, comprometendo a produtividade das florestas em 2014 e nos próximos anos.
"A planta quando não encontra água, seca e perde as folhas, levando a interrupção da fotossíntese e, consequentemente, do crescimento", explicou o autor do informativo Eucaliptus Online Book, o engenheiro agrônomo e especialista em culturas de celulose Celso Foelkel. "Tanto as mudas que serão plantadas quanto as árvores mais velhas e mais próximas do período de colheita são impactadas pela seca."
"Teremos impacto não apenas em um ano, mas nos próximos anos de colheita", acrescentou o especialista.
O Brasil tinha 5,10 milhões de hectares de florestas plantadas de eucaliptos em 2012, segundo dados mais recentes da Associação Brasileira de Produtores de Florestas Plantadas (Abraf), com uma produtividade média de 40,7 metros cúbicos por hectare ao ano.
É difícil estimar as perdas de produtividade das florestas de eucaliptos pela falta de chuvas, pois os efeitos serão sentidos com maior intensidade nos próximos anos. Mas o presidente da Suzano Papel e Celulose, em um exercício hipotético, disse que as perdas poderiam chegar a 12,5 por cento.
"Suponha que você não tenha (produtividade de) 40, mas 35 (metros cúbicos). Se começar a repetir isso em muitos hectares, começa a faltar madeira", disse Walter Schalka em entrevista recente à Reuters, ressaltando que a perda pode ser menor se as chuvas retornarem.
Embora tenha ressaltado que a Suzano possui excesso de florestas em regiões afetadas pela escassez de chuvas no país, como o Estado de São Paulo, Schalka não descarta uma queda na produtividade do setor.
"Uma estiagem afeta sim o crescimento anual das nossas áreas. Na Bahia e no Maranhão, não houve nenhuma alteração (na pluviosidade). Em São Paulo, pode afetar se continuar essa situação."
A capacidade de aproveitar a energia gerada no processo de produção da celulose e as outorgas para captar água diretamente, e não por meio do sistema de abastecimento, deixam o setor de papel e celulose mais protegido de possíveis racionamentos de energia e água.
Mas o risco de perda de produtividade por causa da seca está levando o setor a realizar estudos para desenvolver mudas mais adaptadas ao clima seco, disse o engenheiro agrônomo e especialista Foelkel.
Fonte: Reuters
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