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Notícias
22
nov
2005
(GERAL)
RS poderá ser pólo produtor de madeira
O Rio Grande do Sul poderá se transformar em um pólo de produção de madeira. A expectativa foi manifestada na semana passada pelo presidente da Caixa RS, Dagoberto Lima Godoy e pelo secretário de Desenvolvimento e Assuntos Internacionais, Luis Roberto Ponte, durante a abertura do workshop promovido pelas empresas públicas e privadas do Arranjo Produtivo Florestal do Rio Grande do Sul (APL Florestal).
O atual cenário mundial do setor florestal, sua importância estratégica para o desenvolvimento econômico do Estado e legislação ambiental também foram debatidos. “A Região Sul tem significativas vantagens entre os demais estados brasileiros, como condições de clima e solo favoráveis, com tempo de rotação até 10 vezes menor do que em países nórdicos; facilidade de acesso marítimo; domínio tecnológico para o manejo de florestas, além de área geográfica disponível”, lembrou Godoy. Ele citou que, “enquanto na Finlândia o primeiro corte ocorre somente após 70 anos, no Brasil este número não ultrapassa sete anos”.
A justificativa para a criação de um APL Florestal no Estado deve-se à necessidade de organização da cadeia produtiva de base florestal, que apresenta desequilíbrio entre oferta e demanda de matéria-prima. Estima-se que o consumo no Brasil seja de 800 mil hectares/ano, enquanto o plantio não ultrapassa 500 mil hectares/ano, o que custa ao país cerca de US$ 80 milhões/ano com a importação de madeira da Argentina e Uruguai.
No Rio Grande do Sul, com um consumo aparente de 30 mil hectares/ano, o plantio anual não chega à metade desta demanda, sendo necessária a aquisição de madeiras em Santa Catarina. Dados do Sindicato da Madeira mostram que a indústria de base florestal no Estado é composta por cerca de cinco mil empresas. O faturamento anual é de, aproximadamente, US$ 3,5 bilhões, distribuídos entre o setor moveleiro (US$ 2,5 milhões), celulose e papel (US$ 550 milhões) e serrarias/outros (US$ 500 milhões).
Exportações gaúchas crescem 61,3%
As exportações moveleiras gaúchas cresceram 61,3% de janeiro a setembro de 2004 na comparação com o mesmo período do ano passado. Esse valor corresponde a um faturamento de US$ 205,3 bilhões. Segundo dados da Associação da Indústria de Móveis do Rio Grande do Sul(Movergs) e Secex, o Rio Grande do Sul é o segundo maior estado exportador do Brasil em faturamento, perdendo apenas para Santa Catarina. Neste período o faturamento gaúcho foi 28,4% superior.
Embora tenha apresentado uma pequena queda em relação à pesquisa anterior, que apontou crescimento de 62,9%, o presidente da Movergs, Ivanor Scotton, considera que a performance das exportações gaúchas está muito satisfatória e acredita que o resultado é positivo “Temos um preço competitivo, mão-de-obra qualificada e empresas que investem em tecnologia e nossa matéria-prima não perde em nada para o que é oferecido na Europa.”, explica Scotton. A variação das exportações gaúchas até o final do ano deve ficar em 55%, somando em média US$ 300 milhões.
Entre os países que mais compraram do Estado estão os Estados Unidos, Reino Unido, Argentina, França, Espanha, México e Uruguai. O presidente da Movergs destaca a conscientização do empresário quanto à necessidade de seguir investindo no mercado externo. “Os empresários sabem que têm que seguir persistindo, mesmo com a oscilação do mercado. Embora o momento atual não seja o melhor, temos um bom preço e exportamos para os cinco continentes”, salienta.
Os países que apresentaram um aumento significativo entre janeiro e setembro deste ano foram Espanha, que cresceu 164,6%, a Argentina, com 120,6%, e o Chile que aumentou 85,5%. A boa aceitação dos produtos brasileiros, segundo Scotton, é reflexo da adequação de seu design e padrões de qualidade à cultura dos países compradores.
Indústria canadense quer adquirir fábricas no Estado
O Rio Grande do Sul receberá, em alguns meses, investimentos de uma grande empresa de móveis do Canadá. Toda a base dos recursos, o que inclui a compra de empresas de móveis e terrenos para reflorestamento, estará na faixa de US$ 200 milhões. As negociações para a aquisição de fábricas do Estado ainda não estão definidas, porém, a previsão é de quatro unidades, três em Caxias do Sul e uma em Santa Catarina. A área para o reflorestamento está sendo negociada diretamente com donos de terras do Rio Grande do Sul, afastando outros tipos de intermédios para a compra.
A vinda da companhia é negociada pelo sócio-diretor da State Capital, Luca Longobardi, instituição que atua como mediadora na aquisição e fusão de empresas nacionais e internacionais. Ele afirma que a vinda desta indústria moveleira é um reflexo do bom momento que vive o Estado. Para ele, o interesse de investidores no Brasil vem em uma demanda crescente devido a uma nova ordem sócio-político-econômica mundial, que busca uma maior interação entre os países e suas economias. “Esta situação traz consigo força para o desenvolvimento de negócios no País. O caso do Rio Grande do Sul é ainda mais favorável, pois o Estado possui uma ótima plataforma de negócios”, avalia.
Longobardi não deu outras informações a respeito do investimento, nem adiantou o nome do companhia envolvida, mas garante que o negócios deverá ocorrer entre o final deste ano e o início de 2005. “Nossa média de tempo nas operações é de cinco a nove meses. Fazemos um trabalho confidencial para não prejudicarmos o mercado”, revela.
A chegada de novas empresas no Rio Grande do Sul anima o setor. Para o presidente da Movergs, Ivanor Scotton, os investimentos externos são bem vindos. “Além de gerar empregos as empresas estrangeiras agregam valor ao nosso produto”, avalia. A State Capital já atuou na mediação da compra de outras empresas no Brasil. Em 1999, realizou a venda da maior indústria de guindastes da América Latina, a caxiense Madal para o grupo austríaco Palginfer, que é a maior fabricante de guindastes do mundo. Outra atuação foi em relação à venda das Lojas Arno para empresa varejista Magazine Luiza, entre outros.
O diretor da State Capital fez algumas constatações do rumo dos negócios no País. “Há um desenvolvimento muito interessante em varejo, metalmecânica e telecomunicações. Esta última está recebendo um grande fluxo de novos investimentos”, avalia. Como exemplo, ele cita a compra da Net pela Telmex. Sobre o mercado varejista, Longobardi entende que apenas as grandes empresas do setor conseguirão sobreviver ao mercado. “A criação destes conglomerados no varejo trará dificuldades para algumas redes que não têm acesso à Capital”, analisa. Ele acredita que esta é uma tendência sem volta, em que os pequenos enfrentarão dificuldades para sobreviver.
Fonte: Celulose Online – 27/10/2004
O atual cenário mundial do setor florestal, sua importância estratégica para o desenvolvimento econômico do Estado e legislação ambiental também foram debatidos. “A Região Sul tem significativas vantagens entre os demais estados brasileiros, como condições de clima e solo favoráveis, com tempo de rotação até 10 vezes menor do que em países nórdicos; facilidade de acesso marítimo; domínio tecnológico para o manejo de florestas, além de área geográfica disponível”, lembrou Godoy. Ele citou que, “enquanto na Finlândia o primeiro corte ocorre somente após 70 anos, no Brasil este número não ultrapassa sete anos”.
A justificativa para a criação de um APL Florestal no Estado deve-se à necessidade de organização da cadeia produtiva de base florestal, que apresenta desequilíbrio entre oferta e demanda de matéria-prima. Estima-se que o consumo no Brasil seja de 800 mil hectares/ano, enquanto o plantio não ultrapassa 500 mil hectares/ano, o que custa ao país cerca de US$ 80 milhões/ano com a importação de madeira da Argentina e Uruguai.
No Rio Grande do Sul, com um consumo aparente de 30 mil hectares/ano, o plantio anual não chega à metade desta demanda, sendo necessária a aquisição de madeiras em Santa Catarina. Dados do Sindicato da Madeira mostram que a indústria de base florestal no Estado é composta por cerca de cinco mil empresas. O faturamento anual é de, aproximadamente, US$ 3,5 bilhões, distribuídos entre o setor moveleiro (US$ 2,5 milhões), celulose e papel (US$ 550 milhões) e serrarias/outros (US$ 500 milhões).
Exportações gaúchas crescem 61,3%
As exportações moveleiras gaúchas cresceram 61,3% de janeiro a setembro de 2004 na comparação com o mesmo período do ano passado. Esse valor corresponde a um faturamento de US$ 205,3 bilhões. Segundo dados da Associação da Indústria de Móveis do Rio Grande do Sul(Movergs) e Secex, o Rio Grande do Sul é o segundo maior estado exportador do Brasil em faturamento, perdendo apenas para Santa Catarina. Neste período o faturamento gaúcho foi 28,4% superior.
Embora tenha apresentado uma pequena queda em relação à pesquisa anterior, que apontou crescimento de 62,9%, o presidente da Movergs, Ivanor Scotton, considera que a performance das exportações gaúchas está muito satisfatória e acredita que o resultado é positivo “Temos um preço competitivo, mão-de-obra qualificada e empresas que investem em tecnologia e nossa matéria-prima não perde em nada para o que é oferecido na Europa.”, explica Scotton. A variação das exportações gaúchas até o final do ano deve ficar em 55%, somando em média US$ 300 milhões.
Entre os países que mais compraram do Estado estão os Estados Unidos, Reino Unido, Argentina, França, Espanha, México e Uruguai. O presidente da Movergs destaca a conscientização do empresário quanto à necessidade de seguir investindo no mercado externo. “Os empresários sabem que têm que seguir persistindo, mesmo com a oscilação do mercado. Embora o momento atual não seja o melhor, temos um bom preço e exportamos para os cinco continentes”, salienta.
Os países que apresentaram um aumento significativo entre janeiro e setembro deste ano foram Espanha, que cresceu 164,6%, a Argentina, com 120,6%, e o Chile que aumentou 85,5%. A boa aceitação dos produtos brasileiros, segundo Scotton, é reflexo da adequação de seu design e padrões de qualidade à cultura dos países compradores.
Indústria canadense quer adquirir fábricas no Estado
O Rio Grande do Sul receberá, em alguns meses, investimentos de uma grande empresa de móveis do Canadá. Toda a base dos recursos, o que inclui a compra de empresas de móveis e terrenos para reflorestamento, estará na faixa de US$ 200 milhões. As negociações para a aquisição de fábricas do Estado ainda não estão definidas, porém, a previsão é de quatro unidades, três em Caxias do Sul e uma em Santa Catarina. A área para o reflorestamento está sendo negociada diretamente com donos de terras do Rio Grande do Sul, afastando outros tipos de intermédios para a compra.
A vinda da companhia é negociada pelo sócio-diretor da State Capital, Luca Longobardi, instituição que atua como mediadora na aquisição e fusão de empresas nacionais e internacionais. Ele afirma que a vinda desta indústria moveleira é um reflexo do bom momento que vive o Estado. Para ele, o interesse de investidores no Brasil vem em uma demanda crescente devido a uma nova ordem sócio-político-econômica mundial, que busca uma maior interação entre os países e suas economias. “Esta situação traz consigo força para o desenvolvimento de negócios no País. O caso do Rio Grande do Sul é ainda mais favorável, pois o Estado possui uma ótima plataforma de negócios”, avalia.
Longobardi não deu outras informações a respeito do investimento, nem adiantou o nome do companhia envolvida, mas garante que o negócios deverá ocorrer entre o final deste ano e o início de 2005. “Nossa média de tempo nas operações é de cinco a nove meses. Fazemos um trabalho confidencial para não prejudicarmos o mercado”, revela.
A chegada de novas empresas no Rio Grande do Sul anima o setor. Para o presidente da Movergs, Ivanor Scotton, os investimentos externos são bem vindos. “Além de gerar empregos as empresas estrangeiras agregam valor ao nosso produto”, avalia. A State Capital já atuou na mediação da compra de outras empresas no Brasil. Em 1999, realizou a venda da maior indústria de guindastes da América Latina, a caxiense Madal para o grupo austríaco Palginfer, que é a maior fabricante de guindastes do mundo. Outra atuação foi em relação à venda das Lojas Arno para empresa varejista Magazine Luiza, entre outros.
O diretor da State Capital fez algumas constatações do rumo dos negócios no País. “Há um desenvolvimento muito interessante em varejo, metalmecânica e telecomunicações. Esta última está recebendo um grande fluxo de novos investimentos”, avalia. Como exemplo, ele cita a compra da Net pela Telmex. Sobre o mercado varejista, Longobardi entende que apenas as grandes empresas do setor conseguirão sobreviver ao mercado. “A criação destes conglomerados no varejo trará dificuldades para algumas redes que não têm acesso à Capital”, analisa. Ele acredita que esta é uma tendência sem volta, em que os pequenos enfrentarão dificuldades para sobreviver.
Fonte: Celulose Online – 27/10/2004
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