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24
abr
2014
(PAPEL E CELULOSE)
Setor de celulose e papel cresce e BNDES deve investir R$ 733 bi
O presidente do Bndes (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Luciano Coutinho, apresentou ao Senado a revisão parcial de investimentos nas indústrias. A previsão é que seja injetado R$ 697 bilhões e é motivado pelo crescimento do setor de papel e celulose. Segundo o superintendente da APE (Área de Pesquisa e Acompanhamento Econômico) do Bndes, Fernando Puga, a revisão definitiva será publicada em cerca de 30 dias e deve ainda acrescentar mais R$ 36 bilhões, totalizando R$ 733 bilhões. Os investimentos devem ocorrer até 2017.

Na revisão de março, a projeção saltou de R$ 18,6 bilhões para R$ 26 bilhões. Vários projetos de investimento foram confirmados. A indústria de celulose é competitiva internacionalmente, por ter uma combinação terras disponíveis para plantar eucalipto e tecnologia agrícola avançada.

Segundo Carlos Farinha, vice-presidente para o Brasil da consultoria Poyry, especializada no setor, os projetos de investimento entre recém inaugurados – em implementação e já anunciados no país – deverão adicionar 9 milhões de toneladas em capacidade de produção de celulose de fibra curta. É um terço do mercado global. "É difícil concorrer com o Brasil", disse.

A Suzano inaugurou oficialmente ano passado a fábrica de Imperatriz no Maranhão, projeto avaliado em R$ 6 bilhões. Já a Klabin lançou em março a pedra fundamental da fábrica em Ortigueira, no Paraná, com aporte de R$ 5,8 bilhões.

Investimentos também são puxados por outros setores

Na indústria aeronáutica, a projeção do Bndes passou de R$ 9,4 bilhões, na primeira versão do levantamento nos próximos três anos, para R$ 14 bilhões. O plano de investimentos da Embraer é o destaque nessa área. Em fevereiro, o Bndes aprovou empréstimo de R$ 1,411 bilhão para o desenvolvimento da nova geração dos jatos comerciais E-Jets (E2) e do jato executivo Legacy 500, projeto de US$ 1,7 bilhão, em oito anos.

Já a projeção para a indústria química passou para R$ 26 bilhões, em comparação aos R$ 24,8 bilhões previstos anteriormente. Alguns projetos no setor de fertilizantes foram confirmados.

A revisão definitiva dos números que serão divulgados em outubro também incluirá parte dos investimentos na exploração do prospecto de Libra, leiloado em 2013. Estudo da consultoria IHS, uma das maiores do setor de petróleo e gás, preparado antes do leilão, estimou os investimentos em Libra em US$ 400 bilhões, ao longo dos 35 anos de licença. A Petrobrás, líder do consórcio, teria que arcar com 40% do total ou US$ 160 bilhões.

Fonte: R7 Economia / Adaptado por CeluloseOnline

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