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Notícias
22
nov
2005
(GERAL)
Ensinando a vida sustentável
Eles vivem exclusivamente dela e nela, e hoje são defensores ativos da floresta, atuando em suas comunidades e nos arredores. Entre as diferentes opiniões e experiências, um só objetivo move os agentes agroflorestais indígenas. E é a busca pela vida sustentável, respeitando e cuidando do meio ambiente, que eles estão reunidos no I Fórum de Agentes Agroflorestais Indígenas do Acre, que iniciou ontem e vai até o dia 28.
A atividade de agente agroflorestal indígena foi criada em 1996, quando então começou a luta das 104 pessoas envolvidas. Delas, 81 participam do fórum e têm como uma das pautas principais de discussão, a valorização de suas profissões.
Por motivo de nem todos terem chegado à Rio Branco, onde está acontecendo o evento, ontem a discussão ficou baseada na “Educação e Saúde Ambiental”. Segundo os organizadores, outros temas importantes serão discutidos a partir de hoje, quando todos estarão presentes. Junto aos agentes, participam também os professores indígenas e três lideranças tradicionais. Uma cultura a ser repassada Com uma tradição impetrada por dezenas de anos e o contato com o homem branco, os índios que atuam como agentes agroflorestais, se mostraram maleáveis ao adotar alguns hábitos que contribuem para o melhoramento em sua qualidade de vida, como o melhor armazenamento do lixo. Diante da missão que eles carregam, hoje são os que tentam colocar na cultura dos brancos, costumes importantes para se preservar o meio ambiente. Esse, segundo eles, é um dos grandes obstáculos na tarefa. O fórum do qual estão participando se apresenta exatamente com a proposta de verificarem como estão os trabalhos, e quais ações a adotar que podem melhorar suas atuações.
A frente da Associação do Movimento dos Agentes Agroflorestais do Acre (Amaiac), José de Lima Kaxinawá, que atua como agente na praia do Carapanã, em Tarauacá, fala que a grande expectativa de seus colegas nesse primeiro fórum, é o reconhecimento da categoria no Estado. Antes de assumirem suas funções, todos eles fizeram e continuam participando de oficinas intinerantes, que lhes dão mais capacitação. Hoje, participam, inclusive, de intercâmbio com outros estados. Trabalhar a gestão ambiental da terra indígena e entorno e fiscalizar a floresta, buscando seu melhor uso, não é tarefa fácil, porém aceita com muita ousadia pelos agentes.
Com uma política que deixa o imediatismo de lado, adotado o para sempre, os agentes agroflorestias indígenas querem que as pessoas preservem o que usam. “Temos que fazer com que a comunidade entenda como usar a natureza para que ela dure a nossos filhos e netos. Hoje estamos até com criação de quelônios, para tentarmos recuperar espécies quase em extinção”, diz José.
Liderança tradicional, Vicente Saboia Xaxinawá conta que o homem branco começa a entender, “Hoje temos cacimba com água mais limpa, não estamos deixando jogar lixo no rio, respeitamos a criação dos quelônios. O agente é um mensageiro dessa vida de respeito a mata e os outros recebem isso e colocam na vida deles também”, diz.
Fonte: Página 20 – 26/10/2004
A atividade de agente agroflorestal indígena foi criada em 1996, quando então começou a luta das 104 pessoas envolvidas. Delas, 81 participam do fórum e têm como uma das pautas principais de discussão, a valorização de suas profissões.
Por motivo de nem todos terem chegado à Rio Branco, onde está acontecendo o evento, ontem a discussão ficou baseada na “Educação e Saúde Ambiental”. Segundo os organizadores, outros temas importantes serão discutidos a partir de hoje, quando todos estarão presentes. Junto aos agentes, participam também os professores indígenas e três lideranças tradicionais. Uma cultura a ser repassada Com uma tradição impetrada por dezenas de anos e o contato com o homem branco, os índios que atuam como agentes agroflorestais, se mostraram maleáveis ao adotar alguns hábitos que contribuem para o melhoramento em sua qualidade de vida, como o melhor armazenamento do lixo. Diante da missão que eles carregam, hoje são os que tentam colocar na cultura dos brancos, costumes importantes para se preservar o meio ambiente. Esse, segundo eles, é um dos grandes obstáculos na tarefa. O fórum do qual estão participando se apresenta exatamente com a proposta de verificarem como estão os trabalhos, e quais ações a adotar que podem melhorar suas atuações.
A frente da Associação do Movimento dos Agentes Agroflorestais do Acre (Amaiac), José de Lima Kaxinawá, que atua como agente na praia do Carapanã, em Tarauacá, fala que a grande expectativa de seus colegas nesse primeiro fórum, é o reconhecimento da categoria no Estado. Antes de assumirem suas funções, todos eles fizeram e continuam participando de oficinas intinerantes, que lhes dão mais capacitação. Hoje, participam, inclusive, de intercâmbio com outros estados. Trabalhar a gestão ambiental da terra indígena e entorno e fiscalizar a floresta, buscando seu melhor uso, não é tarefa fácil, porém aceita com muita ousadia pelos agentes.
Com uma política que deixa o imediatismo de lado, adotado o para sempre, os agentes agroflorestias indígenas querem que as pessoas preservem o que usam. “Temos que fazer com que a comunidade entenda como usar a natureza para que ela dure a nossos filhos e netos. Hoje estamos até com criação de quelônios, para tentarmos recuperar espécies quase em extinção”, diz José.
Liderança tradicional, Vicente Saboia Xaxinawá conta que o homem branco começa a entender, “Hoje temos cacimba com água mais limpa, não estamos deixando jogar lixo no rio, respeitamos a criação dos quelônios. O agente é um mensageiro dessa vida de respeito a mata e os outros recebem isso e colocam na vida deles também”, diz.
Fonte: Página 20 – 26/10/2004
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