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Notícias
17
mar
2014
(GERAL)
Banco do Brasil financia plantio e produção de bambu no interior de São Paulo
Em 20 anos, muitas mudanças. Esta é a frase que o produtor rural Luiz Inglês atribui ao cultivo do bambu no País. O motivo: o que antes era visto como uma praga, hoje o olhar é substituído por um sentimento de curiosidade e com amplas possibilidades de ganhar dinheiro, por se tratar de uma matéria para centenas de produtos. Inglês conseguiu um financiamento pelo Banco do Brasil e vai implantar um viveiro no município de Bananal, São Paulo.
Há pouco tempo, Luiz Inglês recebeu a notícia – dos analistas do Banco do Brasil – que ele foi o primeiro produtor rural a conseguir este tipo de financiamento. “Isso é uma prova que as coisas estão mudando”, diz ele após esperar por quase 18 meses pela liberação do recurso. “Fui ao banco 78 vezes em um período de um ano e meio. Os técnicos do banco me diziam que não tinham planilhas para esta cultura. Foi necessário muito estudo e busca por informações”, completa Luiz Inglês.
Agora, a procura por financiamento para o plantio de bambu é crescente. Isso ocorre porque em apenas três anos é feita a extração sem precisar replantar, ou seja, a rebrota da cultura é simples e a qualidade é mantida. Com uma área plantada de dois hectares, Inglês vai utilizar o recurso para a garantia do plantio, construção de um galpão para que a secagem possa ser feita na sombra, além de um viveiro de mudas e reforma de uma ponte por onde passam os veículos que se dirigem até o Bambu Parque, localizado na Serra da Bocaína, em Bananal, interior de São Paulo.
As redes de bambu são exportadas para a Holanda
Luiz Inglês está fabricando redes de ripas de bambu e exportando toda a produção para a Holanda. Ele explica que a demanda está aumentando e que já iniciou a produção para o mercado brasileiro. Por ano, Inglês retira 15 mil colmos (ou varas) e as perdas não chegam a 20%. As varas passam um ano secando e após este período as redes são fabricadas. Aos poucos, o bambu tem deixado de ser uma ‘coisa de pobre’, pelo fato de ser sido utilizada – durante muito tempo – na construção de casas de taipas, caniços para a pesca, cercas para galinheiro e divisórias de terrenos.
Mesmo sendo uma gramínea, o bambu pode gerar uma série de produtos, desde artesanato até a construção de casas, além de contribuir para a mitigação da miséria no País. “Este ano vamos promover vários cursos sobre o mundo do bambu e todos eles serão no Bambu Parque”, frisa Inglês, cujo foco está voltado na transformação do Brasil em um grande produtor desta cultura. O bambu pode ser utilizado na fabricação de instrumentos musicais, móveis, armas, objetos de decoração, utensílios de cozinha, laminados, além de poder ser utilizado nos alimentos.
Segundo Luiz Inglês, não há nada que a madeira faça que o bambu não possa fazer. “Os chineses acordaram primeiro neste setor e hoje exportam laminados para boa parte do mundo, mas essa realidade vai mudar para melhor no Brasil. O bambu pode também ser usado na produção de álcool combustível. A produtividade é quatro vezes maior, por hectare, se comparado à cana de açúcar e nem precisa replantar”, avalia Inglês, que recentemente recebeu uma comitiva de pesquisadores e empresários chineses interessados em investir no Brasil.
Há pouco tempo, Luiz Inglês recebeu a notícia – dos analistas do Banco do Brasil – que ele foi o primeiro produtor rural a conseguir este tipo de financiamento. “Isso é uma prova que as coisas estão mudando”, diz ele após esperar por quase 18 meses pela liberação do recurso. “Fui ao banco 78 vezes em um período de um ano e meio. Os técnicos do banco me diziam que não tinham planilhas para esta cultura. Foi necessário muito estudo e busca por informações”, completa Luiz Inglês.
Agora, a procura por financiamento para o plantio de bambu é crescente. Isso ocorre porque em apenas três anos é feita a extração sem precisar replantar, ou seja, a rebrota da cultura é simples e a qualidade é mantida. Com uma área plantada de dois hectares, Inglês vai utilizar o recurso para a garantia do plantio, construção de um galpão para que a secagem possa ser feita na sombra, além de um viveiro de mudas e reforma de uma ponte por onde passam os veículos que se dirigem até o Bambu Parque, localizado na Serra da Bocaína, em Bananal, interior de São Paulo.
As redes de bambu são exportadas para a Holanda
Luiz Inglês está fabricando redes de ripas de bambu e exportando toda a produção para a Holanda. Ele explica que a demanda está aumentando e que já iniciou a produção para o mercado brasileiro. Por ano, Inglês retira 15 mil colmos (ou varas) e as perdas não chegam a 20%. As varas passam um ano secando e após este período as redes são fabricadas. Aos poucos, o bambu tem deixado de ser uma ‘coisa de pobre’, pelo fato de ser sido utilizada – durante muito tempo – na construção de casas de taipas, caniços para a pesca, cercas para galinheiro e divisórias de terrenos.
Mesmo sendo uma gramínea, o bambu pode gerar uma série de produtos, desde artesanato até a construção de casas, além de contribuir para a mitigação da miséria no País. “Este ano vamos promover vários cursos sobre o mundo do bambu e todos eles serão no Bambu Parque”, frisa Inglês, cujo foco está voltado na transformação do Brasil em um grande produtor desta cultura. O bambu pode ser utilizado na fabricação de instrumentos musicais, móveis, armas, objetos de decoração, utensílios de cozinha, laminados, além de poder ser utilizado nos alimentos.
Segundo Luiz Inglês, não há nada que a madeira faça que o bambu não possa fazer. “Os chineses acordaram primeiro neste setor e hoje exportam laminados para boa parte do mundo, mas essa realidade vai mudar para melhor no Brasil. O bambu pode também ser usado na produção de álcool combustível. A produtividade é quatro vezes maior, por hectare, se comparado à cana de açúcar e nem precisa replantar”, avalia Inglês, que recentemente recebeu uma comitiva de pesquisadores e empresários chineses interessados em investir no Brasil.
Fonte: Painel Florestal - Elias Luz
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