Voltar

Notícias

14
jan
2014
(MÓVEIS)
Alta do IPI para o setor moveleiro preocupa o varejo gaúcho
O mês de janeiro trouxe nova alta para o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) do setor moveleiro

O mês de janeiro trouxe nova alta para o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) do setor moveleiro. A alíquota subiu para 4% no início de 2014, com perspectiva de chegar a 5% no segundo semestre. Além da expectativa de nova desaceleração nas vendas, o aumento de impostos faz crescer o potencial inflacionário. De acordo com o IBGE, o segmento de móveis tem um peso de 2,31% na inflação. Isso significa que a alta de 0,5% no tributo poderá impactar diretamente em 0,1% na alta geral de preços ao consumidor em janeiro, o que não é pouco.Em nota, a Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Rio Grande do Sul (FCDL-RS) defende o retorno à alíquota zero e que o controle das contas públicas priorize, assim como as empresas fazem, a racionalização e otimização do custeio do Estado.- Essa medida promoveria o ganho de eficiência e produtividade, minimizando o peso da carga tributária ao cidadão - destaca o presidente da Federação, Vitor Augusto Koch.A Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL) de Bento Gonçalves também avalia com preocupação o retorno de alíquotas mais elevadas, já que se trata de um importante polo moveleiro do estado.- O segmento moveleiro é muito importante para a economia de Bento Gonçalves, e a volta a alíquota zero geraria mais empregos e garantiria a manutenção dos atuais, pois o retorno do valor mais alto do IPI vai gerar mais custos para os as empresas, o que pode afetar os negócios da cidade - ressalta o presidente da CDL, Marcos Carbone.Em março de 2012, quando o Governo Federal zerou o IPI para os móveis, o resultado repercutiu nas vendas do varejo gaúcho: o consumo do mês seguinte teve uma expansão de 17,39%, e o segmento permaneceu em alta durante o ano de 2012. Já em fevereiro de 2013, o benefício não foi mantido, e o IPI teve altas graduais. Enquanto o imposto subia, a média de crescimento das vendas dos meses de 2013 caiu para 6,23%, enquanto a de 2012 foi 9,19%.Móveis planejados terão vendas aquecidas em 2014Na esteira da entrega de milhares de novos apartamentos, fabricantes de mobiliário planejado de todo país movimentaram cifras milionárias em 2013. O recorde na entrega de novos apartamentos no Rio de Janeiro, por exemplo, está impulsionando o setor de móveis planejados.As milhares de unidades residenciais já entregues em 2013 ou que devem ficar prontas até fevereiro de 2014, sinalizam um imenso potencial de famílias que vão precisar de móveis novos. Tanta gente mudando de casa representa uma movimentação de muitos milhões para os fabricantes de mobiliário planejados e sob medida da capital e da região metropolitana.Segundo a Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário do Rio de Janeiro (Ademi-RJ), entre janeiro e agosto deste ano foram lançados 7.624 apartamentos novos. Até novembro, outras 17.966 unidades ficaram prontas. E a grande maioria desses imóveis possui uma particularidade – têm menos 80 metros quadrados.É esse encolhimento das residências que explica a procura pelos móveis planejados ou sob medida e as estimativas do Simov para as vendas deste ano. Ao mesmo tempo, o segmento de móveis prontos teve queda de 16% em 2012, quando as vendas atingiram R$ 4,07 bilhões, segundo a Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan).A expectativa é que a fabricação de móveis seriados não sofra alterações neste ano e mantenha o mesmo patamar de vendas, enquanto os fabricantes de planejados projetam crescimento tanto para 2013 quanto para 2014.

Fonte: Monitor Digital

ITTO Sindimadeira_rs