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Notícias
22
nov
2005
(GERAL)
Madeira à venda, mas dentro da lei
O seringueiro Raimundo Monteiro de Moraes, de 65 anos, companheiro de Chico Mendes, o maior símbolo do movimento ecológico no País, acaba de derrubar um majestoso pé de cumaru-ferro de 27 metros de altura. Estamos em plena Reserva Extrativista da Cachoeira, em Xapuri, parte importante da vida de Chico Mendes.
Em 1999, quando surgiu o projeto de manejo sustentável na reserva, a reação dos seringueiros foi de desconfiança. “Botamos um pé atrás”, diz o produtor Nilson Teixeira Mendes, primo de Chico Mendes. Não era para menos. Desde os anos 70 até o assassinato de Mendes, em 1988, as famílias da reserva estiveram engajadas em uma luta literalmente de vida e morte para proteger as terras das forças que queriam trocar a floresta por plantações e pastos.
A idéia do manejo sustentável de madeira é viabilizar a economia do extrativismo, aumentando a renda da população da floresta. Por enquanto, 19 famílias da reserva estão envolvidas, mas o número deve subir para 29. O esquema de manejo é rigoroso na preocupação com a sustentabilidade e toda a madeira produzida é certificada com o selo ambiental FSC (Forest Stewardship Council, ou Comitê Gestor das Florestas), que tem forte representatividade internacional e serve como garantia de que a floresta é explorada dentro das melhores técnicas de sustentabilidade.
Simplificadamente, cada família pode explorar uma área de 10 hectares por ano, que depois tem de ficar intocada por dez anos. Mesmo na área permitida há restrições, como árvores com diâmetro mínimo de 40 centímetros na altura do peito e obrigação de que a árvore cortada tenha pelo uma “filha”, produzindo sementes, e duas “netas” na mesma área.
O processo é lento. O projeto começou em 2001 e até agora foram cortados pouco mais de 200 metros cúbicos. O engenheiro florestal Cedric de Ville de Goyet, que apóia o projeto como funcionário da Secretaria de Assistência Técnica e Extensão Rural do Acre, calcula que em 2004 pouco mais de 200 metros cúbicos de madeira devem ser produzidos.
A diferença para as famílias envolvidas é grande. Mendes estima que o lucro anual dessas famílias (que têm lavouras de subsistência na reserva) subiu de pouco mais de R$ 900 com a borracha e a castanha para R$ 3.000 com a exploração da madeira.
Fonte: Amazônia.org.br - 19/10/2004
Em 1999, quando surgiu o projeto de manejo sustentável na reserva, a reação dos seringueiros foi de desconfiança. “Botamos um pé atrás”, diz o produtor Nilson Teixeira Mendes, primo de Chico Mendes. Não era para menos. Desde os anos 70 até o assassinato de Mendes, em 1988, as famílias da reserva estiveram engajadas em uma luta literalmente de vida e morte para proteger as terras das forças que queriam trocar a floresta por plantações e pastos.
A idéia do manejo sustentável de madeira é viabilizar a economia do extrativismo, aumentando a renda da população da floresta. Por enquanto, 19 famílias da reserva estão envolvidas, mas o número deve subir para 29. O esquema de manejo é rigoroso na preocupação com a sustentabilidade e toda a madeira produzida é certificada com o selo ambiental FSC (Forest Stewardship Council, ou Comitê Gestor das Florestas), que tem forte representatividade internacional e serve como garantia de que a floresta é explorada dentro das melhores técnicas de sustentabilidade.
Simplificadamente, cada família pode explorar uma área de 10 hectares por ano, que depois tem de ficar intocada por dez anos. Mesmo na área permitida há restrições, como árvores com diâmetro mínimo de 40 centímetros na altura do peito e obrigação de que a árvore cortada tenha pelo uma “filha”, produzindo sementes, e duas “netas” na mesma área.
O processo é lento. O projeto começou em 2001 e até agora foram cortados pouco mais de 200 metros cúbicos. O engenheiro florestal Cedric de Ville de Goyet, que apóia o projeto como funcionário da Secretaria de Assistência Técnica e Extensão Rural do Acre, calcula que em 2004 pouco mais de 200 metros cúbicos de madeira devem ser produzidos.
A diferença para as famílias envolvidas é grande. Mendes estima que o lucro anual dessas famílias (que têm lavouras de subsistência na reserva) subiu de pouco mais de R$ 900 com a borracha e a castanha para R$ 3.000 com a exploração da madeira.
Fonte: Amazônia.org.br - 19/10/2004
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