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Notícias
08
jan
2014
(GERAL)
Primeiro desbaste florestal em área de iLPF em MT irá gerar dados econômicos sobre sistema produtivo
Começou no mês de dezembro o primeiro desbaste florestal na integração lavoura-pecuária-floresta (iLPF) da fazenda Gamada, em Nova Canaã do Norte. A propriedade é uma das Unidades de Referência Tecnológica acompanhadas pela Embrapa em Mato Grosso.
O desbaste ocorre nas áreas com eucalipto, com configurações de linhas simples, duplas e triplas. As árvores foram plantadas há cinco anos.
Neste primeiro corte, são eliminadas do sistema as plantas mortas, defeituosas e as dominadas, ou seja, aquelas que tiveram um crescimento menor do que as demais. Com isto, busca-se aumentar a incidência de luz solar na pastagem, que serve de alimento para o gado dentro do sistema produtivo, e reduzir a competição entre as árvores, beneficiando os indivíduos com maior potencial de venda para serraria.
A madeira cortada nesta etapa será utilizada na própria fazenda. Estacas de 2,20 m de comprimento e com mais de 8 cm de diâmetro serão aproveitadas nas cercas. Já a madeira com menos de 8 cm será utilizada como lenha no secador de grãos.
De acordo com o engenheiro florestal e integrante do Grupo de Trabalho em iLPF da Embrapa Agrossilvipastoril, Diego Antonio, a intensidade deste primeiro desbaste não chega a 30% das árvores do sistema. Cada indivíduo abatido tem rendido, em média, de quatro a cinco estacas.
“Poderíamos até deixar as árvores engrossarem um pouco mais neste período de chuva, mas preferimos cortar agora porque é a época ideal para descascar o eucalipto. Como será feito o tratamento das estacas para uso nas cercas, o período de chuvas é a melhor época para descascá-las”, explica o engenheiro florestal.
Antes de serem utilizadas na construção de cercas, as estacas cortadas na fazenda Gamada passarão por um tratamento de autoclave em uma usina da região como forma de aumentar a durabilidade.
De acordo com Diego Antonio, a expectativa é de que um novo desbaste seja feito em mais dois anos. Neste caso, entretanto, o critério para escolha das árvores abatidas será outro.
“Faremos o próximo desbaste não somente pelo diâmetro das árvores, mas sim pela quantidade de luz que incide na pastagem. Queremos equilibrar a entrada de luz no sistema visando à manutenção da produtividade da pastagem. Depois, o corte final será feito do 12º ao 15º ano. O produtor pode ir colhendo aos poucos, dependendo da demanda do mercado e do preço de madeira”, afirma Diego Antonio.
Avaliação econômica
Todo o procedimento de desbaste florestal está sendo monitorado, como forma de avaliar os custos operacionais, o rendimento do sistema integrado e o lucro da atividade. Este trabalho faz parte de um projeto em parceria entre Embrapa, Senar-MT e Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), que visa avaliar economicamente a iLPF em dez locais em Mato Grosso, as chamadas Unidades de Referência Tecnológica e Econômica (URTEs).
A Fazenda Gamada é uma delas e todo o trabalho de corte das árvores foi acompanhado de perto pela pesquisadora do projeto Maria Denize Euleutério.
“O objetivo é mensurar tempo de abate e se os diferentes tipos de renques (linhas simples, duplas e triplas) terão tanta influência no desempenho (produtividade) do sistema. Também pretendemos obter um rendimento médio para tomada de decisão se é viável terceirizar ou utilizar funcionários próprios para essa atividade, pois ela é esporádica. Com isso, saber a relação custo beneficio nesse primeiro corte do sistema integrado”, explica Denize.
Além da fazenda Gamada, a avaliação econômica da integração lavoura-pecuária-floresta é feita nas fazendas Bacaeri (Alta Floresta), Brasil (Barra do Garças) Certeza (Querência), Gaúcha (Nova Xavantina), Pégasus (Marcelândia), Dona Isabina (Santa Carmen), Guarantã (Juara) e no campo experimental da Embrapa Agrossilvipastoril (Sinop).
Fazenda Gamada
De propriedade de Mário Wolf, a fazenda Gamada tem como atividades a agricultura e a pecuária de corte. Desde 2009, instalou em uma área de 70 hectares sistemas de integração lavoura-pecuária-floresta. Nas configurações adotadas são testadas como espécies florestais o eucalipto e o pinho-cuiabano (paricá) em linhas simples, duplas e triplas; e a teca e pau-de-balsa em linhas triplas.
Nas três primeiras safras do sistema, foram plantados soja, arroz e milho. A partir do terceiro ano agrícola, com o crescimento das árvores, o capim entrou na área e iniciou-se a fase silvipastoril.
Conheça mais sobre a iLPF na fazenda Gamada no vídeo “iLPF:uma alternativa sustentável para a Amazônia mato-grossense”, disponível em http://www.youtube.com/watch?v=B7bdPRUa-m0.
O desbaste ocorre nas áreas com eucalipto, com configurações de linhas simples, duplas e triplas. As árvores foram plantadas há cinco anos.
Neste primeiro corte, são eliminadas do sistema as plantas mortas, defeituosas e as dominadas, ou seja, aquelas que tiveram um crescimento menor do que as demais. Com isto, busca-se aumentar a incidência de luz solar na pastagem, que serve de alimento para o gado dentro do sistema produtivo, e reduzir a competição entre as árvores, beneficiando os indivíduos com maior potencial de venda para serraria.
A madeira cortada nesta etapa será utilizada na própria fazenda. Estacas de 2,20 m de comprimento e com mais de 8 cm de diâmetro serão aproveitadas nas cercas. Já a madeira com menos de 8 cm será utilizada como lenha no secador de grãos.
De acordo com o engenheiro florestal e integrante do Grupo de Trabalho em iLPF da Embrapa Agrossilvipastoril, Diego Antonio, a intensidade deste primeiro desbaste não chega a 30% das árvores do sistema. Cada indivíduo abatido tem rendido, em média, de quatro a cinco estacas.
“Poderíamos até deixar as árvores engrossarem um pouco mais neste período de chuva, mas preferimos cortar agora porque é a época ideal para descascar o eucalipto. Como será feito o tratamento das estacas para uso nas cercas, o período de chuvas é a melhor época para descascá-las”, explica o engenheiro florestal.
Antes de serem utilizadas na construção de cercas, as estacas cortadas na fazenda Gamada passarão por um tratamento de autoclave em uma usina da região como forma de aumentar a durabilidade.
De acordo com Diego Antonio, a expectativa é de que um novo desbaste seja feito em mais dois anos. Neste caso, entretanto, o critério para escolha das árvores abatidas será outro.
“Faremos o próximo desbaste não somente pelo diâmetro das árvores, mas sim pela quantidade de luz que incide na pastagem. Queremos equilibrar a entrada de luz no sistema visando à manutenção da produtividade da pastagem. Depois, o corte final será feito do 12º ao 15º ano. O produtor pode ir colhendo aos poucos, dependendo da demanda do mercado e do preço de madeira”, afirma Diego Antonio.
Avaliação econômica
Todo o procedimento de desbaste florestal está sendo monitorado, como forma de avaliar os custos operacionais, o rendimento do sistema integrado e o lucro da atividade. Este trabalho faz parte de um projeto em parceria entre Embrapa, Senar-MT e Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), que visa avaliar economicamente a iLPF em dez locais em Mato Grosso, as chamadas Unidades de Referência Tecnológica e Econômica (URTEs).
A Fazenda Gamada é uma delas e todo o trabalho de corte das árvores foi acompanhado de perto pela pesquisadora do projeto Maria Denize Euleutério.
“O objetivo é mensurar tempo de abate e se os diferentes tipos de renques (linhas simples, duplas e triplas) terão tanta influência no desempenho (produtividade) do sistema. Também pretendemos obter um rendimento médio para tomada de decisão se é viável terceirizar ou utilizar funcionários próprios para essa atividade, pois ela é esporádica. Com isso, saber a relação custo beneficio nesse primeiro corte do sistema integrado”, explica Denize.
Além da fazenda Gamada, a avaliação econômica da integração lavoura-pecuária-floresta é feita nas fazendas Bacaeri (Alta Floresta), Brasil (Barra do Garças) Certeza (Querência), Gaúcha (Nova Xavantina), Pégasus (Marcelândia), Dona Isabina (Santa Carmen), Guarantã (Juara) e no campo experimental da Embrapa Agrossilvipastoril (Sinop).
Fazenda Gamada
De propriedade de Mário Wolf, a fazenda Gamada tem como atividades a agricultura e a pecuária de corte. Desde 2009, instalou em uma área de 70 hectares sistemas de integração lavoura-pecuária-floresta. Nas configurações adotadas são testadas como espécies florestais o eucalipto e o pinho-cuiabano (paricá) em linhas simples, duplas e triplas; e a teca e pau-de-balsa em linhas triplas.
Nas três primeiras safras do sistema, foram plantados soja, arroz e milho. A partir do terceiro ano agrícola, com o crescimento das árvores, o capim entrou na área e iniciou-se a fase silvipastoril.
Conheça mais sobre a iLPF na fazenda Gamada no vídeo “iLPF:uma alternativa sustentável para a Amazônia mato-grossense”, disponível em http://www.youtube.com/watch?v=B7bdPRUa-m0.
Fonte: Embrapa Agrossilvipastoril
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