Voltar
Notícias
22
nov
2005
(GERAL)
Centro de Biotecnologia vai dar novo rumo à economia da Amazônia
A sociedade brasileira vai aos poucos, através da comunicação de massa, tomando consciência da importância estratégica que a floresta amazônica pode ter para o país diante do mundo.
Depois de divulgar que o Centro-Sul do país começa a se interessar cada vez mais pelos belos e sofisticados móveis produzidos a partir de madeiras extraídas da maior floresta tropical do planeta por manejo sustentável, o que impede a sua destruição na medida em que cria boa alternativa econômica para ela continuar, a TV Globo saiu com ampla matéria na quarta-feira falando das futuras ações do Centro de Biotecnologia da Amazônia (CBA), recém inaugurado no Distrito Industrial de Manaus (AM).
“Com a capacidade total, o Centro de Biotecnologia da Amazônia deve produzir a partir do que a floresta oferece soluções para males que ainda afetam os seres humanos”, disse o Jornal da Globo, ao anunciar que o Ministério da Ciência e Tecnologia está oferecendo 72 bolsas no valor de até R$ 6 mil para os cientistas que estiverem interessados em estudar no CBA as potencialidades terapêuticas das plantas e animais da região amazônica. Segundo o jornal, os resultados das pesquisas não vão ficar restritos à comunidade científica, pois irão transformar essências e extratos em remédios, como é o caso do guaraná, fruta de alto teor energético que é cultivado hoje no Amazonas.
A matéria informa ainda que o CBA possui 25 laboratórios, sendo que quatro já estão preparados para o início dos trabalhos e 11 estarão prontos até o final do ano. O jornal entrevista o farmacologista Antônio Lapa, que trocou São Paulo por Manaus para pesquisar remédios para a cura de doenças do sistema nervoso. “Será que nós não vamos conseguir nessa nossa biodiversidade algum produto que possa ser transformado num medicamento desses que estamos hoje importando?”, indagou o farmacologista.
O jornal assinala ainda que pesquisadores do mundo todo consideram a Amazônia um laboratório vivo, pois nela estão 35 mil espécies de plantas praticamente desconhecidas. “A grande maioria (das plantas), cerca de 70%, ainda não foi nem mesmo pesquisada. E não é só isso, o maior desafio é associar a preservação do meio ambiente ao uso sustentável da floresta. É onde entra a biotecnologia”, completa a matéria, ao lembrar que a biotecnologia é definida como qualquer tecnologia ligada a seres vivos.
O futuro da Amazônia
O engenheiro florestal Écio Rodrigues, doutor em Desenvolvimento Sustentável pela Universidade de Brasília (UnB) e ex-presidente da Fundação de Tecnologia do Acre (Funtac), debita ao CBA o próprio futuro da Amazônia na medida em que a sua criação representa a expressão concreta do discurso da diversidade biológica que vem sendo feito há décadas na região. “A proposta do CBA é de se transformar no maior centro de prospecção e rastreamento de princípios ativos de espécies de animais e vegetais da América Latina”, disse Rodrigues, que em 1998 esteve em Manaus participando do lançamento da pedra fundamental da mais nova instituição de pesquisa da Amazônia.
Segundo Écio Rodrigues, a previsão é que o Centro de Biotecnologia da Amazônia crie em torno de si uma rede de empresas na área de biotecnologia tão grande quanto é hoje a Zona Franca de Manaus, cuja duração deve ir até o ano de 2018, data em que devem acabar os subsídios concedidos para este setor industrial. A idéia é que o emprego e a renda gerados hoje pela Zona Franca comecem a ser substituídos nos próximos 10 anos por aqueles originários das centenas de empresas locais e regionais que irão trabalhar com a tecnologia de ponta a ser produzida pelo CBA. Em outras palavras, essas empresas irão trabalhar com os princípios ativos a serem gerados pelo CBA, que vai, com isso, garantir também a compra da matéria-prima a ser entregue pelos extrativistas da região.
Fonte: Página 20 – 15/10/2004
Depois de divulgar que o Centro-Sul do país começa a se interessar cada vez mais pelos belos e sofisticados móveis produzidos a partir de madeiras extraídas da maior floresta tropical do planeta por manejo sustentável, o que impede a sua destruição na medida em que cria boa alternativa econômica para ela continuar, a TV Globo saiu com ampla matéria na quarta-feira falando das futuras ações do Centro de Biotecnologia da Amazônia (CBA), recém inaugurado no Distrito Industrial de Manaus (AM).
“Com a capacidade total, o Centro de Biotecnologia da Amazônia deve produzir a partir do que a floresta oferece soluções para males que ainda afetam os seres humanos”, disse o Jornal da Globo, ao anunciar que o Ministério da Ciência e Tecnologia está oferecendo 72 bolsas no valor de até R$ 6 mil para os cientistas que estiverem interessados em estudar no CBA as potencialidades terapêuticas das plantas e animais da região amazônica. Segundo o jornal, os resultados das pesquisas não vão ficar restritos à comunidade científica, pois irão transformar essências e extratos em remédios, como é o caso do guaraná, fruta de alto teor energético que é cultivado hoje no Amazonas.
A matéria informa ainda que o CBA possui 25 laboratórios, sendo que quatro já estão preparados para o início dos trabalhos e 11 estarão prontos até o final do ano. O jornal entrevista o farmacologista Antônio Lapa, que trocou São Paulo por Manaus para pesquisar remédios para a cura de doenças do sistema nervoso. “Será que nós não vamos conseguir nessa nossa biodiversidade algum produto que possa ser transformado num medicamento desses que estamos hoje importando?”, indagou o farmacologista.
O jornal assinala ainda que pesquisadores do mundo todo consideram a Amazônia um laboratório vivo, pois nela estão 35 mil espécies de plantas praticamente desconhecidas. “A grande maioria (das plantas), cerca de 70%, ainda não foi nem mesmo pesquisada. E não é só isso, o maior desafio é associar a preservação do meio ambiente ao uso sustentável da floresta. É onde entra a biotecnologia”, completa a matéria, ao lembrar que a biotecnologia é definida como qualquer tecnologia ligada a seres vivos.
O futuro da Amazônia
O engenheiro florestal Écio Rodrigues, doutor em Desenvolvimento Sustentável pela Universidade de Brasília (UnB) e ex-presidente da Fundação de Tecnologia do Acre (Funtac), debita ao CBA o próprio futuro da Amazônia na medida em que a sua criação representa a expressão concreta do discurso da diversidade biológica que vem sendo feito há décadas na região. “A proposta do CBA é de se transformar no maior centro de prospecção e rastreamento de princípios ativos de espécies de animais e vegetais da América Latina”, disse Rodrigues, que em 1998 esteve em Manaus participando do lançamento da pedra fundamental da mais nova instituição de pesquisa da Amazônia.
Segundo Écio Rodrigues, a previsão é que o Centro de Biotecnologia da Amazônia crie em torno de si uma rede de empresas na área de biotecnologia tão grande quanto é hoje a Zona Franca de Manaus, cuja duração deve ir até o ano de 2018, data em que devem acabar os subsídios concedidos para este setor industrial. A idéia é que o emprego e a renda gerados hoje pela Zona Franca comecem a ser substituídos nos próximos 10 anos por aqueles originários das centenas de empresas locais e regionais que irão trabalhar com a tecnologia de ponta a ser produzida pelo CBA. Em outras palavras, essas empresas irão trabalhar com os princípios ativos a serem gerados pelo CBA, que vai, com isso, garantir também a compra da matéria-prima a ser entregue pelos extrativistas da região.
Fonte: Página 20 – 15/10/2004
Fonte:
Notícias em destaque

Agef celebra 50 anos com evento no dia 12 de julho em Lajeado
Em comemoração aos 50 anos de sua fundação, a Agef realizará o evento “A Engenharia Florestal na...
(EVENTOS)

Guia inovador para ampliar o uso inteligente de árvores de crescimento rápido
Árvores de crescimento rápido
A Comissão Internacional sobre Choupos e Outras Árvores de Crescimento Rápido...
(MADEIRA E PRODUTOS)

Exportações brasileiras de produtos madeireiros (exceto celulose e papel) diminuíram 12 por cento em valo
Em maio de 2025, as exportações brasileiras de produtos madeireiros (exceto celulose e papel) diminuíram 12% em valor em...
(MERCADO)

Suzano e SEST/SENAT impulsionam qualificação profissional e geração de empregos no setor florestal em Três Lagoas (MS)
Programa Escola de Motoristas já formou 57 motoristas, dos(as) quais 47,37% foram contratados pelas operações florestais da...
(GERAL)

As exportações de madeira da Malásia podem ganhar vantagem competitiva nos EUA?
As exportações de madeira da Malásia podem ganhar vantagem competitiva no mercado americano devido às tarifas mais...
(INTERNACIONAL)

Onde está localizada a maior árvore do mundo? Sua altura supera a do Cristo Redentor
Com um tamanho gigantesco, essas árvores podem ser consideradas verdadeiros arranha-céus verdes. Algumas delas têm o dobro da...
(GERAL)