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Notícias
22
nov
2005
(GERAL)
Mata nativa encolhe 3,5% em dez anos na região de Campinas.
A região de Campinas (95 km a noroeste de São Paulo) perdeu 3,5% de sua mata nativa em dez anos, na contramão da tendência registrada em todo o Estado. Dos 213.338 hectares existentes na região em 1992, 7.611 hectares desapareceram até o ano passado. O tamanho da área degradada é equivalente a 18 mil campos oficiais de futebol.
Além da diminuição de sua área verde, a região apresenta uma vegetação fragmentada, espalhada por mais de 40 cidades de forma dispersa e pulverizada.
O mapa com a atual realidade da vegetação do Estado de São Paulo foi elaborado no final do ano passado pelo Instituto Florestal, órgão ligado à Secretaria de Estado do Meio Ambiente, e será divulgado no próximo mês de agosto na revista da Fapesp (Fundo de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo).
Conforme o levantamento, houve uma recuperação de 3,8% da área verde em todo o Estado, nos últimos dez anos.
A mata nativa da região de Campinas representa hoje 5,9% (205.727 hectares) dos 3,4 milhões de hectares existentes em São Paulo. Há dez anos, esse percentual era de 6,4%.
O mapa da atual situação da mata nativa do Estado serve como base cartográfica para o programa Biota, que vai mapear a biodiversidade de São Paulo e identificar maneiras de uso sustentável da vegetação.
Criado há quatro anos, o programa conta com a participação de 400 pesquisadores e já consumiu R$ 3 milhões da Fapesp.
Segundo o pesquisador do Instituto Florestal Francisco José Nascimento Kronka, a perda de vegetação traz consequências ruins para o abastecimento de água e também para o bem-estar da população. "A vegetação tem uma função direta e indireta. Os benefícios indiretos estão relacionados ao lazer. Já a degradação das nascentes compromete o fornecimento de água."
As constantes queimadas, os cortes de árvores e a falta de uma fiscalização eficiente são os principais vilões da degradação.
De junho a outubro do ano passado, 5.409 focos de incêndio foram registrados em todo o Estado, resultando em 7.709 hectares queimados, segundo dados da Secretaria de Meio Ambiente.
As queimadas só podem ser efetuadas com a autorização da Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental).
Já os desmatamentos são controlados pelo DEPRN (Departamento Estadual de Proteção de Recursos Naturais).
Além de responder por inquéritos criminais e cíveis, os responsáveis por queimadas e desmatamentos irregulares estão sujeitos a pagar multas que variam de R$ 220 a R$ 7.560, dependendo do tamanho da área degradada.
"A fiscalização é praticamente zero. O efetivo da Polícia Militar Ambiental é mínimo e falta equipamento. As polícias Civil e Militar deveriam colaborar", afirmou Manoel Eduardo Tavares Ferreira, presidente da Associação Ecológica Pau-Brasil.
Para tentar conter a incidência de queimadas, que aumenta neste período do ano com a diminuição da umidade do ar, o governo do Estado lançou a Operação Mata Fogo, programa de prevenção e combate a incêndios florestais, implantado pela Secretaria do Meio Ambiente, em parceria com a Secretaria de Estado da Segurança Pública.
Cerca de 2.000 pessoas estão envolvidas no programa, segundo a Secretaria do Meio Ambiente.
Diogo Pinheiro
Fonte: Folha de S.Paulo
Além da diminuição de sua área verde, a região apresenta uma vegetação fragmentada, espalhada por mais de 40 cidades de forma dispersa e pulverizada.
O mapa com a atual realidade da vegetação do Estado de São Paulo foi elaborado no final do ano passado pelo Instituto Florestal, órgão ligado à Secretaria de Estado do Meio Ambiente, e será divulgado no próximo mês de agosto na revista da Fapesp (Fundo de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo).
Conforme o levantamento, houve uma recuperação de 3,8% da área verde em todo o Estado, nos últimos dez anos.
A mata nativa da região de Campinas representa hoje 5,9% (205.727 hectares) dos 3,4 milhões de hectares existentes em São Paulo. Há dez anos, esse percentual era de 6,4%.
O mapa da atual situação da mata nativa do Estado serve como base cartográfica para o programa Biota, que vai mapear a biodiversidade de São Paulo e identificar maneiras de uso sustentável da vegetação.
Criado há quatro anos, o programa conta com a participação de 400 pesquisadores e já consumiu R$ 3 milhões da Fapesp.
Segundo o pesquisador do Instituto Florestal Francisco José Nascimento Kronka, a perda de vegetação traz consequências ruins para o abastecimento de água e também para o bem-estar da população. "A vegetação tem uma função direta e indireta. Os benefícios indiretos estão relacionados ao lazer. Já a degradação das nascentes compromete o fornecimento de água."
As constantes queimadas, os cortes de árvores e a falta de uma fiscalização eficiente são os principais vilões da degradação.
De junho a outubro do ano passado, 5.409 focos de incêndio foram registrados em todo o Estado, resultando em 7.709 hectares queimados, segundo dados da Secretaria de Meio Ambiente.
As queimadas só podem ser efetuadas com a autorização da Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental).
Já os desmatamentos são controlados pelo DEPRN (Departamento Estadual de Proteção de Recursos Naturais).
Além de responder por inquéritos criminais e cíveis, os responsáveis por queimadas e desmatamentos irregulares estão sujeitos a pagar multas que variam de R$ 220 a R$ 7.560, dependendo do tamanho da área degradada.
"A fiscalização é praticamente zero. O efetivo da Polícia Militar Ambiental é mínimo e falta equipamento. As polícias Civil e Militar deveriam colaborar", afirmou Manoel Eduardo Tavares Ferreira, presidente da Associação Ecológica Pau-Brasil.
Para tentar conter a incidência de queimadas, que aumenta neste período do ano com a diminuição da umidade do ar, o governo do Estado lançou a Operação Mata Fogo, programa de prevenção e combate a incêndios florestais, implantado pela Secretaria do Meio Ambiente, em parceria com a Secretaria de Estado da Segurança Pública.
Cerca de 2.000 pessoas estão envolvidas no programa, segundo a Secretaria do Meio Ambiente.
Diogo Pinheiro
Fonte: Folha de S.Paulo
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