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Notícias
22
nov
2005
(GERAL)
Fapeam fomenta setor madeireiro
Apesar do alto potencial madeireiro no Amazonas, a participação da atividade na economia do Estado ainda é pequena, devido principalmente à falta de tecnologia para o desenvolvimento do setor. Recursos da Fapeam (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas) são aguardados para implementação dos projetos de silvicultura coordenados por órgãos de pesquisa e ensino que visam explorar os recursos florestais de forma sustentável na região e gerar emprego e renda em municípios amazonenses.
Espécies nobres
Iniciado em 2002, o Projeto Uatumã, no município de Presidente Figueiredo, visa implantar manejo florestal comunitário nas reservas legais dos lotes dos assentados, plantar espécies nobres com alto interesse comercial para uso medicinal e aromático (amapá, copaíba, andiroba, pau-rosa e sorva), assim como o desenvolvimento de produtos artesanais de madeira, entre outros. O projeto, que terá duração de dois anos, envolve 20 famílias assentadas e está orçado em R$ 400 mil. A expectativa é que por meio do trabalho desenvolvido por aproximadamente 30 profissionais (Inpa, Ufam, Utam/UEA, Agência de Floresta do Amazonas e Secretaria do Meio Ambiente de Presidente Figueiredo) a renda média mensal familiar tenha um incremento de 50%.
Potencial madeireiro
Segundo o doutor em silvicultura do Inpa (Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia), Gil Vieira, a princípio foi feito um levantamento do potencial madeireiro da localidade, e após a aprovação do manejo florestal pelo Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) - em aproximadamente um mês-, a expectativa é comercializar as madeiras e móveis fabricados pelos comunitários.
Vieira explicou que são duas marcenarias e a expectativa é a liberação de verba na ordem de R$ 70 mil da Fapeam para a construção do galpão e aquisição de máquinas para uma marcenaria-modelo na localidade que irá agregar maior valor aos móveis industrializados. "Preciso acabar com a economia colonialista e industrializar aqui", frisou.
Excelente aceitação
Vieira salientou que as peças fabricadas na comunidade foram apresentadas na 2ª Fiam (Feira Internacional da Amazônia) e tiveram boa aceitação junto a investidores. "Fizemos contato com pessoas de São Paulo e Alemanha interessadas nos produtos", disse. Vieira explicou que a maior parte da madeira brasileira comercializada não possui certificação. O pesquisador ressaltou que a partir da pressão dos órgãos fiscalizadores, e de uma mudança na consciência da sociedade, cada vez mais será exigido esse documento para a madeira obter maior valor de mercado.
O especialista disse que a principal dificuldade é o alto custo da certificação. "Um projeto pequeno custa no mínimo R$ 30 mil", destacou.
Agroextrativismo como fonte de renda no interior
Com recurso de cerca de R$ 1,2 milhão oriundo do Ministério da Ciência e Tecnologia/Finep (Financiadora de Estudos e Projetos), o projeto aprovado neste ano será desenvolvido na reserva extrativismo Rio Jutaí, em Fonte Boa, e envolverá 20 comunidades (aproximadamente 3.000 pessoas) no extrativismo da madeira de forma sustentável. A previsão de início é em 2005.
Vieira ressaltou que as comunidades têm como principais fontes de renda o agroextrativismo e a pesca artesanal. Porém, de acordo com estudo dos pesquisadores, a região de aproximadamente 275 mil hectares tem grande potencial no setor madeireiro.
O projeto desenvolvido no município de Silves (localizado a cerca de 206 quilômetros de Manaus) tem como intuito o manejo de óleos essenciais e de madeira. Orçado em R$ 380 mil até 2006, o plano envolve três comunidades e aproximadamente 30 famílias. Segundo o pesquisador do Inpa, Paulo Sampaio, a localidade tem grande potencial na extração de óleos aromáticos e medicinais com alto valor comercial no mercado.
Sampaio frisou que após a aprovação do plano de manejo pelo Ibama, o objetivo é que a Agência de Florestas estruture um plano de negócios para as comunidades terem uma alternativa econômica que fomente emprego e renda para os comunitários.
Além disso, Sampaio destacou que por meio de cursos de capacitação nas comunidades os interioranos conhecem outras atividades econômicas a partir das potencialidades locais.
Fonte: Amazonia.org.br – 13/10/2004
Espécies nobres
Iniciado em 2002, o Projeto Uatumã, no município de Presidente Figueiredo, visa implantar manejo florestal comunitário nas reservas legais dos lotes dos assentados, plantar espécies nobres com alto interesse comercial para uso medicinal e aromático (amapá, copaíba, andiroba, pau-rosa e sorva), assim como o desenvolvimento de produtos artesanais de madeira, entre outros. O projeto, que terá duração de dois anos, envolve 20 famílias assentadas e está orçado em R$ 400 mil. A expectativa é que por meio do trabalho desenvolvido por aproximadamente 30 profissionais (Inpa, Ufam, Utam/UEA, Agência de Floresta do Amazonas e Secretaria do Meio Ambiente de Presidente Figueiredo) a renda média mensal familiar tenha um incremento de 50%.
Potencial madeireiro
Segundo o doutor em silvicultura do Inpa (Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia), Gil Vieira, a princípio foi feito um levantamento do potencial madeireiro da localidade, e após a aprovação do manejo florestal pelo Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) - em aproximadamente um mês-, a expectativa é comercializar as madeiras e móveis fabricados pelos comunitários.
Vieira explicou que são duas marcenarias e a expectativa é a liberação de verba na ordem de R$ 70 mil da Fapeam para a construção do galpão e aquisição de máquinas para uma marcenaria-modelo na localidade que irá agregar maior valor aos móveis industrializados. "Preciso acabar com a economia colonialista e industrializar aqui", frisou.
Excelente aceitação
Vieira salientou que as peças fabricadas na comunidade foram apresentadas na 2ª Fiam (Feira Internacional da Amazônia) e tiveram boa aceitação junto a investidores. "Fizemos contato com pessoas de São Paulo e Alemanha interessadas nos produtos", disse. Vieira explicou que a maior parte da madeira brasileira comercializada não possui certificação. O pesquisador ressaltou que a partir da pressão dos órgãos fiscalizadores, e de uma mudança na consciência da sociedade, cada vez mais será exigido esse documento para a madeira obter maior valor de mercado.
O especialista disse que a principal dificuldade é o alto custo da certificação. "Um projeto pequeno custa no mínimo R$ 30 mil", destacou.
Agroextrativismo como fonte de renda no interior
Com recurso de cerca de R$ 1,2 milhão oriundo do Ministério da Ciência e Tecnologia/Finep (Financiadora de Estudos e Projetos), o projeto aprovado neste ano será desenvolvido na reserva extrativismo Rio Jutaí, em Fonte Boa, e envolverá 20 comunidades (aproximadamente 3.000 pessoas) no extrativismo da madeira de forma sustentável. A previsão de início é em 2005.
Vieira ressaltou que as comunidades têm como principais fontes de renda o agroextrativismo e a pesca artesanal. Porém, de acordo com estudo dos pesquisadores, a região de aproximadamente 275 mil hectares tem grande potencial no setor madeireiro.
O projeto desenvolvido no município de Silves (localizado a cerca de 206 quilômetros de Manaus) tem como intuito o manejo de óleos essenciais e de madeira. Orçado em R$ 380 mil até 2006, o plano envolve três comunidades e aproximadamente 30 famílias. Segundo o pesquisador do Inpa, Paulo Sampaio, a localidade tem grande potencial na extração de óleos aromáticos e medicinais com alto valor comercial no mercado.
Sampaio frisou que após a aprovação do plano de manejo pelo Ibama, o objetivo é que a Agência de Florestas estruture um plano de negócios para as comunidades terem uma alternativa econômica que fomente emprego e renda para os comunitários.
Além disso, Sampaio destacou que por meio de cursos de capacitação nas comunidades os interioranos conhecem outras atividades econômicas a partir das potencialidades locais.
Fonte: Amazonia.org.br – 13/10/2004
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