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Notícias
29
abr
2013
(GERAL)
Serrarias de Ribas do Rio Pardo podem ficar sem matéria prima
Pelo menos 16 serrarias do município de Ribas do Rio Pardo estão com a oferta de madeira com os dias contados. O motivo: a falta de pinus no Estado do Mato Grosso do Sul. Para o empresário Ricardo Delvalhes, os problemas não se restringem apenas à falta do pinus, que está sendo deixado de plantar em substituição ao eucalipto voltado para a cadeia produtiva da celulose. Na avaliação de Delvalhes, até 2017 as serrarias terão como produzir, mas depois deste ano ficará muito complicado porque só agora resolveram plantar pinus novamente, mesmo assim em pequenas áreas. “De qualquer forma haverá um vácuo na produção de madeira serrada a base de pinus. Precisávamos de plantios feitos entre os anos 2000 e 2005, para que pudéssemos manter a produção”, informou Delvalhes.
Hoje, em Ribas do Rio Pardo, que fica localizado a cerca de 90 quilômetros de Campo Grande, só há um fornecedor de pinus. Toda a matéria prima vem da Frigg, que manterá o fornecimento da madeira até o seu esgotamento. Segundo Delvalhes, muitos empresários têm equipamentos que podem ser utilizados para serrar o eucalipto. No entanto, o problema é que a madeira é muito mole, o que resultará em um produto diferenciado e, mesmo assim, o desbaste não poderia ser feito com apenas seis anos, como nos dias atuais é executado para atender à demanda de celulose.
De acordo com Delvalhes, a única solução – o que seria um milagre – é o desenvolvimento acelerado em genética e adubação que pudessem gerar um resultado em pouco tempo. Quando questionado sobre a possibilidade de trazer o pinus dos Estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, onde a oferta é grande e os preços são baixos, Delvalhes deixou claro que só o frete no modal rodoviário inviabilizaria o negócio. Além disso, o pinus plantado no Mato Grosso do Sul é de origem caribenha, ou seja, está adaptado a todas as variedades do clima tropical, enquanto que a espécie predominante nos Estados do sul é apropriada para regiões subtropicais e temperadas, além de não serem aceitas no mercado internacional que as serrarias de Ribas do Rio Pardo vendem.
Esta crise já existe há quatro anos, mas foi agravada nos últimos seis meses quando as serrarias passaram a ter apenas um fornecedor. Delvalhes disse ainda que o pinus utilizado hoje é voltado para a produção de madeira para embalagem – os pallets; embalagens para o mercado nacional, vigamento para a construção civil e madeira acabada para decks e paredes. O uso do eucalipto pelas serrarias restringe-se a currais e cercas. “Até estamos em busca de eucalipto, desde que seja voltado para as serrarias”, afirmou Delvalhes. Para Ricardo Delvalhes, este assunto necessita ser incluído na Política Nacional de Florestas Plantadas (PNFP), que agora tem o empresário Junior Ramires – do Mato Grosso do Sul – em lugar de destaque. “Creio que Ramires deve estar pensando sobre esta questão e, sem dúvida, nós não seremos esquecidos. A outra saída é mudar de negócio, o que seria um desastre para a maioria dos empresários do setor e pior ainda para os trabalhadores”, disse Delvalhes.
Só em Ribas do Rio Pardo, as serrarias geram 600 empregos diretos. Para o empresário Luiz Carlos Almeida Aguiar, quem plantava pinus já sabia que ia acabar, porém, há uma garantia até 2017. Aguiar disse que a produção de madeira serrada e outros derivados vão continuar, mas de forma datada para o término. Ele, que passou muito tempo trabalhando com estruturas metálicas, não pretende voltar para o antigo o ramo, porém, não negou que já está pensando no que fazer quando a madeira acabar. “No eucalipto, a indústria da celulose paga tudo. É difícil encontrar quem queira plantar pinus. Mesmo assim, seriam 20 anos de espera”, destacou Aguiar, que criticou a alíquota de 17% cobrada no Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). “Também cobram 17% no cavaco da madeira”, acrescentou Aguiar.
Hoje, em Ribas do Rio Pardo, que fica localizado a cerca de 90 quilômetros de Campo Grande, só há um fornecedor de pinus. Toda a matéria prima vem da Frigg, que manterá o fornecimento da madeira até o seu esgotamento. Segundo Delvalhes, muitos empresários têm equipamentos que podem ser utilizados para serrar o eucalipto. No entanto, o problema é que a madeira é muito mole, o que resultará em um produto diferenciado e, mesmo assim, o desbaste não poderia ser feito com apenas seis anos, como nos dias atuais é executado para atender à demanda de celulose.
De acordo com Delvalhes, a única solução – o que seria um milagre – é o desenvolvimento acelerado em genética e adubação que pudessem gerar um resultado em pouco tempo. Quando questionado sobre a possibilidade de trazer o pinus dos Estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, onde a oferta é grande e os preços são baixos, Delvalhes deixou claro que só o frete no modal rodoviário inviabilizaria o negócio. Além disso, o pinus plantado no Mato Grosso do Sul é de origem caribenha, ou seja, está adaptado a todas as variedades do clima tropical, enquanto que a espécie predominante nos Estados do sul é apropriada para regiões subtropicais e temperadas, além de não serem aceitas no mercado internacional que as serrarias de Ribas do Rio Pardo vendem.
Esta crise já existe há quatro anos, mas foi agravada nos últimos seis meses quando as serrarias passaram a ter apenas um fornecedor. Delvalhes disse ainda que o pinus utilizado hoje é voltado para a produção de madeira para embalagem – os pallets; embalagens para o mercado nacional, vigamento para a construção civil e madeira acabada para decks e paredes. O uso do eucalipto pelas serrarias restringe-se a currais e cercas. “Até estamos em busca de eucalipto, desde que seja voltado para as serrarias”, afirmou Delvalhes. Para Ricardo Delvalhes, este assunto necessita ser incluído na Política Nacional de Florestas Plantadas (PNFP), que agora tem o empresário Junior Ramires – do Mato Grosso do Sul – em lugar de destaque. “Creio que Ramires deve estar pensando sobre esta questão e, sem dúvida, nós não seremos esquecidos. A outra saída é mudar de negócio, o que seria um desastre para a maioria dos empresários do setor e pior ainda para os trabalhadores”, disse Delvalhes.
Só em Ribas do Rio Pardo, as serrarias geram 600 empregos diretos. Para o empresário Luiz Carlos Almeida Aguiar, quem plantava pinus já sabia que ia acabar, porém, há uma garantia até 2017. Aguiar disse que a produção de madeira serrada e outros derivados vão continuar, mas de forma datada para o término. Ele, que passou muito tempo trabalhando com estruturas metálicas, não pretende voltar para o antigo o ramo, porém, não negou que já está pensando no que fazer quando a madeira acabar. “No eucalipto, a indústria da celulose paga tudo. É difícil encontrar quem queira plantar pinus. Mesmo assim, seriam 20 anos de espera”, destacou Aguiar, que criticou a alíquota de 17% cobrada no Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). “Também cobram 17% no cavaco da madeira”, acrescentou Aguiar.
Fonte: Painel Florestal - Elias Luz
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