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Notícias
22
abr
2013
(SETOR FLORESTAL)
Setor florestal também se volta para o Rio de Janeiro
Plantar 100 mil hectares de florestas nos próximos cinco anos. Este é o desafio que o Sistema da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) vai lançar e apoiar nesta quinta-feira, 25, com a realização do seminário “Setor Madeireiro: o consumo no Estado e os principais desafios”, que vai reunir empresários e lideranças do poder público. O evento será realizado na sede da Firjan, no centro da capital fluminense.
De acordo com o coordenador do Grupo Executivo de Agroindústria do Sistema Firjan, professor Antônio Salazar Brandão, o plantio de florestas vai ocorrer em áreas de pastagens degradadas. “Apesar de o Estado ter cerca de 600 mil hectares nestas condições, será um grande desafio plantarmos 100 mil hectares nos próximos cinco anos, nas regiões sul, norte e noroeste”, disse Salazar. O crescimento do setor florestal no Brasil tem motivado outros Estados a partirem para este negócio, pelo fato de o País ter clima, solo e grande disponibilidade de terras.
Para Salazar, plantar florestas não é apenas contribuir com o meio ambiente, é um grande negócio que envolve diversas cadeias produtivas como papel, celulose, carvão vegetal para obtenção de ferro gusa e, em seguida, o aço, além da indústria moveleira, de esquadrias e do fornecimento de madeira para a construção civil e até mesmo na geração de energia para as próprias empresas, entre outras. Quanto às espécies que serão plantadas no Rio de Janeiro, Salazar informou que se trata de uma decisão das empresas, mas garantiu que o Estado tem grande vantagem logística sobre outras regiões brasileiras.
Durante o seminário, o diretor presidente da Pöyry Silviconsult, Jeferson Mendes, apresentará um estudo detalhado sobre este mercado no Estado do Rio de Janeiro. Dados preliminares deste estudo feito pela Pöyry Silviconsult mostram que existem 1.430 empresas atuando na base florestal de uma maneira geral, porém, 899 delas estão ligadas à indústria florestal. O detalhe é que 89,9% são microempresas, 8,1% são pequenas e 2% são de médio porte, ou seja, o Estado ainda não tem nenhuma empresa grande atuante no setor florestal. Nenhuma empresa tem mais de 500 colaboradores.
Hoje, no Estado do Rio de Janeiro, existem apenas 18 mil hectares de florestas plantadas – número que representa 0,28% do plantio florestal brasileiro e que revela a dependência de madeira de reflorestamento proveniente da Bahia, Espírito Santo e Minas Gerais. O estudo desenvolvido pela Pöyry Silvoconsult aponta que 31 empresas estão ligadas ao setor de transformação primário, o que envolve os segmentos de serraria, tratamento de madeira, carvoaria e siderurgia vegetal. Outras 122 empresas fazem parte do segmento de transformação secundário. Neste caso, são envolvidos os setores de embalagem, móveis, PMVA, carpintarias, marcenarias, fabricantes de fôrmas e escoras para concreto, além do papel. O segmento que mais absorve empresas é o comércio varejista, com 457 revendedoras e 12 de distribuição de carvão.
No consumo industrial e doméstico, a madeira de reflorestamento vai para as áreas de construção civil, têxtil, cerâmica, frigoríficos, laticínios, agricultura, avicultura, ração animal, produtos alimentícios e indústria química. Esta soma de segmentos totaliza 277 empresas. Em termos percentuais, o estudo elaborado por Jeferson Mendes, da Pöyry Silviconsult, mostra que 52,2% das empresas são do comércio varejista, 30,8% são consumidores industriais e domésticos, 3,4% fazem parte da transformação primária e 13,6% da transformação secundária. A geografia do setor florestal madeireiro no Rio de Janeiro aponta, ainda, que 29% das empresas estão na capital, 16% em Campo de Goytacazes, 5% em Duque de Caxias, 3,9% em Itaboraí e 46,1% espalhadas pelos demais municípios fluminenses.
Em todo o Estado, o setor gera 300 mil empregos, movimentando um volume de R$ 502 milhões por ano e uma arrecadação de R$ 132 milhões. O valor da madeira em pé no Estado hoje é de R$ 40,40 por metro cúbico. Na madeira em toras, o preço sobe para R$ 65; na madeira serrada atinge R$ 450 e nos compensados chega a R$ 790. Nos painéis de partículas de média densidade (MDP), o valor do metro cúbico eleva-se para R$ 710 e nos painéis de fibras de média densidade (MDF), a cifra salta para R$ 1.150. Apenas 10,6% da madeira consumida vêm do próprio Estado, ou seja, 89,4% vêm de florestas mineiras, baianas e capixabas. No entanto, 86,9% da madeira são oriundas de reflorestamentos. As florestas nativas contribuem apenas com 13,1%
Abaixo, confira a programação do seminário promovido pelo Sistema Firjan, denominado “Setor Madeireiro - o consumo no Estado e os principais desafios”:
13h30 | Abertura Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira Presidente do Sistema FIRJAN
14h | Apresentação do estudo: O consumo de madeirano estado do Rio Jefferson B. Mendes Diretor da Pöyry Silviconsult
Moderador: Geraldo Benedicto H. Coutinho Vice-presidente do Sistema FIRJAN
15h | Mesa de debate: o setor madeireiro e seus desafios
Representantes do setor privado:
João Manuel Martins Fernandes Presidente da Cofix Construções e Empreendimentos Ltda. Tema: Consumo de madeira na construção civil
Edézio Gonzalez Menon Presidente do Sindicato da Indústria de Cerâmica Construção e Olaria do Estado do Rio de Janeiro Tema: Consumo de madeira na indústria de cerâmica
Francisco Muniz Diretor da Quimvale Florestal Tema: Consumo de madeira como combustível na indústria química
Antônio Salazar P. Brandão Coordenador do Grupo Executivo de Agroindústria do Sistema FIRJAN Tema: A situação da produção florestal no Rio de Janeiro
Marcelo Santos Ambrogi Diretor de Operações Florestais da Weyerhaueser Solutions do Brasil Tema: Potencial do Rio de Janeiro para produção florestal
Representantes do setor público:
Júlio Bueno Secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Energia, Indústria e Serviços
Carlos Minc Secretário de Estado do Ambiente
Christino Áureo da Silva Secretário de Estado de Agricultura e Pecuária
Moderador: Carlos Alberto Mesquita Presidente da Associação Profissional dos Engenheiros Florestais do Estado do Rio de Janeiro e diretor para a Mata Atlântica da Conservação Internacional
18h | Encerramento
De acordo com o coordenador do Grupo Executivo de Agroindústria do Sistema Firjan, professor Antônio Salazar Brandão, o plantio de florestas vai ocorrer em áreas de pastagens degradadas. “Apesar de o Estado ter cerca de 600 mil hectares nestas condições, será um grande desafio plantarmos 100 mil hectares nos próximos cinco anos, nas regiões sul, norte e noroeste”, disse Salazar. O crescimento do setor florestal no Brasil tem motivado outros Estados a partirem para este negócio, pelo fato de o País ter clima, solo e grande disponibilidade de terras.
Para Salazar, plantar florestas não é apenas contribuir com o meio ambiente, é um grande negócio que envolve diversas cadeias produtivas como papel, celulose, carvão vegetal para obtenção de ferro gusa e, em seguida, o aço, além da indústria moveleira, de esquadrias e do fornecimento de madeira para a construção civil e até mesmo na geração de energia para as próprias empresas, entre outras. Quanto às espécies que serão plantadas no Rio de Janeiro, Salazar informou que se trata de uma decisão das empresas, mas garantiu que o Estado tem grande vantagem logística sobre outras regiões brasileiras.
Durante o seminário, o diretor presidente da Pöyry Silviconsult, Jeferson Mendes, apresentará um estudo detalhado sobre este mercado no Estado do Rio de Janeiro. Dados preliminares deste estudo feito pela Pöyry Silviconsult mostram que existem 1.430 empresas atuando na base florestal de uma maneira geral, porém, 899 delas estão ligadas à indústria florestal. O detalhe é que 89,9% são microempresas, 8,1% são pequenas e 2% são de médio porte, ou seja, o Estado ainda não tem nenhuma empresa grande atuante no setor florestal. Nenhuma empresa tem mais de 500 colaboradores.
Hoje, no Estado do Rio de Janeiro, existem apenas 18 mil hectares de florestas plantadas – número que representa 0,28% do plantio florestal brasileiro e que revela a dependência de madeira de reflorestamento proveniente da Bahia, Espírito Santo e Minas Gerais. O estudo desenvolvido pela Pöyry Silvoconsult aponta que 31 empresas estão ligadas ao setor de transformação primário, o que envolve os segmentos de serraria, tratamento de madeira, carvoaria e siderurgia vegetal. Outras 122 empresas fazem parte do segmento de transformação secundário. Neste caso, são envolvidos os setores de embalagem, móveis, PMVA, carpintarias, marcenarias, fabricantes de fôrmas e escoras para concreto, além do papel. O segmento que mais absorve empresas é o comércio varejista, com 457 revendedoras e 12 de distribuição de carvão.
No consumo industrial e doméstico, a madeira de reflorestamento vai para as áreas de construção civil, têxtil, cerâmica, frigoríficos, laticínios, agricultura, avicultura, ração animal, produtos alimentícios e indústria química. Esta soma de segmentos totaliza 277 empresas. Em termos percentuais, o estudo elaborado por Jeferson Mendes, da Pöyry Silviconsult, mostra que 52,2% das empresas são do comércio varejista, 30,8% são consumidores industriais e domésticos, 3,4% fazem parte da transformação primária e 13,6% da transformação secundária. A geografia do setor florestal madeireiro no Rio de Janeiro aponta, ainda, que 29% das empresas estão na capital, 16% em Campo de Goytacazes, 5% em Duque de Caxias, 3,9% em Itaboraí e 46,1% espalhadas pelos demais municípios fluminenses.
Em todo o Estado, o setor gera 300 mil empregos, movimentando um volume de R$ 502 milhões por ano e uma arrecadação de R$ 132 milhões. O valor da madeira em pé no Estado hoje é de R$ 40,40 por metro cúbico. Na madeira em toras, o preço sobe para R$ 65; na madeira serrada atinge R$ 450 e nos compensados chega a R$ 790. Nos painéis de partículas de média densidade (MDP), o valor do metro cúbico eleva-se para R$ 710 e nos painéis de fibras de média densidade (MDF), a cifra salta para R$ 1.150. Apenas 10,6% da madeira consumida vêm do próprio Estado, ou seja, 89,4% vêm de florestas mineiras, baianas e capixabas. No entanto, 86,9% da madeira são oriundas de reflorestamentos. As florestas nativas contribuem apenas com 13,1%
Abaixo, confira a programação do seminário promovido pelo Sistema Firjan, denominado “Setor Madeireiro - o consumo no Estado e os principais desafios”:
13h30 | Abertura Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira Presidente do Sistema FIRJAN
14h | Apresentação do estudo: O consumo de madeirano estado do Rio Jefferson B. Mendes Diretor da Pöyry Silviconsult
Moderador: Geraldo Benedicto H. Coutinho Vice-presidente do Sistema FIRJAN
15h | Mesa de debate: o setor madeireiro e seus desafios
Representantes do setor privado:
João Manuel Martins Fernandes Presidente da Cofix Construções e Empreendimentos Ltda. Tema: Consumo de madeira na construção civil
Edézio Gonzalez Menon Presidente do Sindicato da Indústria de Cerâmica Construção e Olaria do Estado do Rio de Janeiro Tema: Consumo de madeira na indústria de cerâmica
Francisco Muniz Diretor da Quimvale Florestal Tema: Consumo de madeira como combustível na indústria química
Antônio Salazar P. Brandão Coordenador do Grupo Executivo de Agroindústria do Sistema FIRJAN Tema: A situação da produção florestal no Rio de Janeiro
Marcelo Santos Ambrogi Diretor de Operações Florestais da Weyerhaueser Solutions do Brasil Tema: Potencial do Rio de Janeiro para produção florestal
Representantes do setor público:
Júlio Bueno Secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Energia, Indústria e Serviços
Carlos Minc Secretário de Estado do Ambiente
Christino Áureo da Silva Secretário de Estado de Agricultura e Pecuária
Moderador: Carlos Alberto Mesquita Presidente da Associação Profissional dos Engenheiros Florestais do Estado do Rio de Janeiro e diretor para a Mata Atlântica da Conservação Internacional
18h | Encerramento
Fonte: Painel Florestal - Elias Luz
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