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Notícias

08
abr
2013
(MEIO AMBIENTE)
Incêndio no Taim: o fogo, uma ferramenta de manejo?
"A intervenção imposta pela BR-471 modificou a paisagem da Estação Ecológica do Taim. A área coberta por banhados ficou maior e talvez a taxa de produção primária tenha sido alterada. Com uma produção em alta, o sistema pode estar produzindo mais biomassa e acumulando mais matéria seca do que produzia. E nessas condições qualquer fagulha pode acionar o gatilho, formando um grande incêndio”, afimar o ecólogo.

O incêndio que queimou cerca de cinco mil hectares da Estação Ecológica do Taim, no Rio Grande do Sul, na última semana, está atrelado às intervenções impostas pela BR-471, diz o ecólogo Marcelo Dutra à IHU On-Line em entrevista concedida por e-mail. Segundo ele, a área coberta por banhados ficou “maior e talvez a taxa de produção primária tenha sido alterada. Com uma produção em alta, o sistema pode estar produzindo mais biomassa e acumulando mais matéria seca do que produzia. E nessas condições qualquer fagulha pode acionar o gatilho, formando um grande incêndio”.

De acordo com Marcelo Dutra, o fogo nem sempre representa um problema para os ecossistemas e “pode ser utilizado como uma ferramenta de manejo, para evitar o acúmulo permanente de matéria seca, uma vez que nesse sistema a produção de biomassa é abundante e os riscos de incêndio são elevados”. Segundo ele, uma equipe de brigadistas faz rondas periódicas no Taim para combater focos de incêndio, mas o método não é adequado. Ele explica: “Na prática, cada foco evitado é mais matéria acumulada, e o sistema fica mais carregado de energia, pronto para incendiar e com alto poder de combustão. Como o sistema gera muita palha e material seco, o fogo controlado surge como uma alternativa de estabilidade que, aos poucos, vai reduzindo o risco de grandes incêndios”.

Marcelo Dutra da Silva é graduado em Ecologia, mestre e doutor em Ciências, pelo Programa de Pós-Graduação em Agronomia da Universidade Federal de Pelotas. É professor permanente do Programa de Pós-graduação em Gerenciamento Costeiro do Instituto de Oceanografia da Universidade Federal do Rio Grande.

A intervenção imposta pela BR-471 modificou a paisagem da Estação Ecológica do Taim. A área coberta por banhados ficou maior e talvez a taxa de produção primária tenha sido alterada. Com uma produção em alta, o sistema pode estar produzindo mais biomassa e acumulando mais matéria seca do que produzia. E nessas condições qualquer fagulha pode acionar o gatilho, formando um grande incêndio”, afimar o ecólogo.

Confira a entrevista.

O incêndio que queimou cerca de cinco mil hectares da Estação Ecológica do Taim, no Rio Grande do Sul, na última semana, está atrelado às intervenções impostas pela BR-471, diz o ecólogo Marcelo Dutra à IHU On-Line em entrevista concedida por e-mail. Segundo ele, a área coberta por banhados ficou “maior e talvez a taxa de produção primária tenha sido alterada. Com uma produção em alta, o sistema pode estar produzindo mais biomassa e acumulando mais matéria seca do que produzia. E nessas condições qualquer fagulha pode acionar o gatilho, formando um grande incêndio”.

De acordo com Marcelo Dutra, o fogo nem sempre representa um problema para os ecossistemas e “pode ser utilizado como uma ferramenta de manejo, para evitar o acúmulo permanente de matéria seca, uma vez que nesse sistema a produção de biomassa é abundante e os riscos de incêndio são elevados”. Segundo ele, uma equipe de brigadistas faz rondas periódicas no Taim para combater focos de incêndio, mas o método não é adequado. Ele explica: “Na prática, cada foco evitado é mais matéria acumulada, e o sistema fica mais carregado de energia, pronto para incendiar e com alto poder de combustão. Como o sistema gera muita palha e material seco, o fogo controlado surge como uma alternativa de estabilidade que, aos poucos, vai reduzindo o risco de grandes incêndios”.

Marcelo Dutra da Silva é graduado em Ecologia, mestre e doutor em Ciências, pelo Programa de Pós-Graduação em Agronomia da Universidade Federal de Pelotas. É professor permanente do Programa de Pós-graduação em Gerenciamento Costeiro do Instituto de Oceanografia da Universidade Federal do Rio Grande.

Confira a entrevista

Fonte: Ecodebate

ITTO Sindimadeira_rs