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Notícias
27
mar
2013
(GERAL)
Estudo diz que as florestas artificiais ameaçam biodiversidade do Pampa
Um levantamento feito pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) mostrou que a vegetação campestre dos pampas - que há séculos vive em harmonia com a pecuária na região - está sendo dizimada par dar ligar a florestas plantadas de eucalipto e pinus. Segundo o estudo, a indústria de papel e celulose já ocupou 25% do bioma (aproximadamente um milhão de hectares).
Com 176 mil km², o bioma era considerado parte da Mata Atlântica até 2004. Originalmente, ocupava 63% do território gaúcho, mas hoje apenas 36% dessa área ainda está coberta pela vegetação original.
De acordo com a coordenadora do estudo, Ilsi Boldrini, da UFRGS, no "pequeno" remanescente do bioma foram mapeados 2.169 táxons (é uma unidade taxonômica, essencialmente ligada à um sistema de classificação dos seres vivos) – a maioria espécies diferentes, pertencentes a 502 gêneros e 89 famílias. Desses, 990 táxons são exclusivos do Pampa. No Cerrado, por exemplo, são 7 mil espécies em 3 milhões de km2.
Poucas plantas nativas sobrevivem debaixo das árvores, tendo em vista que há pouca luz disponível e as espécies de campo aberto precisam de muito sol. Depois de cortadas as árvores, o solo descoberto torna-se um ambiente propício para espécies invasoras como o capim-annoni ou a grama-paulista, que são muito fibrosas e não servem para pasto.
Mas, segundo Boldrini, o mais antigo e ainda hoje o principal fator de destruição do Pampa é a agricultura, como as plantações de soja e trigo nas terras mais secas e as plantações de arroz nas áreas úmidas, próximas a rios.
Mesmo a criação de gado para corte, introduzida no Rio Grande do Sul pelos jesuítas ainda no século XVI, tem se tornado uma ameaça por falta de manejo adequado.
“Os produtores usam uma carga animal muito alta. Como consequência, o campo fica baixo e falta pasto no inverno. Eles então aplicam herbicidas para eliminar a vegetação nativa e abrir espaço para plantar espécies hibernais exóticas, como azevém, trevo branco e cornichão”, alertou Boldrini.
Além de ameaçar a biodiversidade local, a prática contamina o solo e a água e ainda diminui a produtividade dos pecuaristas. O ideal, segundo Boldrini, seria ter uma oferta de forragem de três a quatro vezes maior do que o gado é capaz de consumir. "A produtividade média do estado hoje é de 70 kg de carne por hectare ao ano. Com o manejo correto, pode passar para 200 kg a 230 kg por hectare ao ano. Além disso, a qualidade da carne também melhora. Basta cuidar para o animal não liquidar com a vegetação”, disse.
Com 176 mil km², o bioma era considerado parte da Mata Atlântica até 2004. Originalmente, ocupava 63% do território gaúcho, mas hoje apenas 36% dessa área ainda está coberta pela vegetação original.
De acordo com a coordenadora do estudo, Ilsi Boldrini, da UFRGS, no "pequeno" remanescente do bioma foram mapeados 2.169 táxons (é uma unidade taxonômica, essencialmente ligada à um sistema de classificação dos seres vivos) – a maioria espécies diferentes, pertencentes a 502 gêneros e 89 famílias. Desses, 990 táxons são exclusivos do Pampa. No Cerrado, por exemplo, são 7 mil espécies em 3 milhões de km2.
Poucas plantas nativas sobrevivem debaixo das árvores, tendo em vista que há pouca luz disponível e as espécies de campo aberto precisam de muito sol. Depois de cortadas as árvores, o solo descoberto torna-se um ambiente propício para espécies invasoras como o capim-annoni ou a grama-paulista, que são muito fibrosas e não servem para pasto.
Mas, segundo Boldrini, o mais antigo e ainda hoje o principal fator de destruição do Pampa é a agricultura, como as plantações de soja e trigo nas terras mais secas e as plantações de arroz nas áreas úmidas, próximas a rios.
Mesmo a criação de gado para corte, introduzida no Rio Grande do Sul pelos jesuítas ainda no século XVI, tem se tornado uma ameaça por falta de manejo adequado.
“Os produtores usam uma carga animal muito alta. Como consequência, o campo fica baixo e falta pasto no inverno. Eles então aplicam herbicidas para eliminar a vegetação nativa e abrir espaço para plantar espécies hibernais exóticas, como azevém, trevo branco e cornichão”, alertou Boldrini.
Além de ameaçar a biodiversidade local, a prática contamina o solo e a água e ainda diminui a produtividade dos pecuaristas. O ideal, segundo Boldrini, seria ter uma oferta de forragem de três a quatro vezes maior do que o gado é capaz de consumir. "A produtividade média do estado hoje é de 70 kg de carne por hectare ao ano. Com o manejo correto, pode passar para 200 kg a 230 kg por hectare ao ano. Além disso, a qualidade da carne também melhora. Basta cuidar para o animal não liquidar com a vegetação”, disse.
Fonte: Globo Rural com informações da Fapesp
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