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Notícias

11
mar
2013
(GERAL)
Embrapa apresenta resultados de pesquisas para manejo de castanha, andiroba e copaíba
A capital do Amapá vai sediar o 2º Seminário Workshop Kamukaia, um evento regional de pesquisas na área de florestas. De 11 a 15 de março serão apresentados, na Embrapa Amapá, resultados de vários estudos realizados nos últimos sete anos em torno do Projeto Kamukaia. O foco das pesquisas são a castanha-do-brasil, andiroba e copaíba, pesquisados em comunidades extrativistas do Acre, Amazonas, Amapá, Pará, Rondônia e Roraima. O Projeto Kamukaia é uma rede de pesquisa coordenada pela Embrapa Acre e conta com equipes da Embrapa de todos os estados da Amazônia.

As inscrições para participar do evento, realizado pela Embrapa e Instituto Estadual de Florestas do Amapá (IEF), serão feitas no dia da abertura, 11 de março (segunda-feira), a partir das 17 horas, no hall do prédio de transferência de tecnologia da Embrapa. A abertura do evento acontecerá às 18 horas, no auditório da Embrapa, com formação de mesa oficial e uma apresentação detalhada sobre o Kamukaia, a ser realizada pela pesquisadora Lúcia Wadt, da Embrapa Acre, responsável pela coordenação geral do projeto. A participação no evento é gratuita e são oferecidas 100 vagas.

De acordo com o coordenador do Seminário/Workshop no Amapá, pesquisador Marcelino Guedes, nos dias 11, 12, 13 e 15, será realizado o Seminário com apresentações e debates sobre os resultados das pesquisas e integração com políticas públicas e projetos de desenvolvimento baseados nos produtos florestais não-madeireiros. No dia 14, quinta-feira, acontecerá um Workshop exclusivo para os participantes do Projeto Kamukaia. “O evento é destinado a gestores, pesquisadores e técnicos de extensão agroflorestal e estudantes que atuam em pesquisa, ensino e extensão no setor florestal do Amapá”, acrescentou Guedes.

Produtos da floresta

O Projeto Kamukaia foi criado para aumentar as possibilidades de manejo de produtos florestais não-madeireiros na região Norte. Para as espécies principais – castanha-da-amazônia, andiroba e copaíba – têm sido realizados estudos consistentes desde 2005, com resultados úteis na definição de diretrizes técnicas para o manejo dessas espécies no plano nacional que visa promover as cadeias produtivas da sociobiodiversidade.

Os resultados também servem de base para projetos e políticas públicas de desenvolvimento local nos estados. Entre os impactos das pesquisas no Amapá estão o Projeto Carbono Cajari, voltado para o desenvolvimento de comunidades de castanheiros da Reserva Extrativista do Cajari (Laranjal do Jari/AP) e o Programa Pró-Extrativismo, do Governo do Estado, voltado ao fomento da cadeia produtiva do açaí, castanha-da-amazônia e cipó-titica com iniciativas de apoio ao manejo e comercialização desses produtos.

O termo Kamukaia é derivado das palavras de língua indígena Wapixana: kamuk e aka, que significam produtos da floresta. Iniciado em 2005, o Projeto Kamukaia “Manejo Sustentável de Produtos Florestais não Madeireiros na Amazônia” tem como objetivo consolidar informações da ecologia e manejo de espécies florestais com uso não-madeireiro que auxiliem na recomendação de práticas de manejo sustentável para a Amazônia.

Iniciação Científica

O Projeto Kamukaia também investe em formação de pessoal, por meio da participação de estudantes de graduação e pós-graduação. Há trabalhos de iniciação científica, conclusão de cursos de graduação e dissertações de mestrado desenvolvidas no âmbito do projeto. Com relação às pesquisas desenvolvidas no Amapá, já foram concluídos, por exemplo, estudos sobre a estrutura populacional de castanheiras, produção e regeneração natural em florestas e capoeiras, produção de sementes e óleo de andiroba em área de várzea e de terra firme, e crescimento de raízes e sanidade de cipó-titica submetido à exploração no Estado do Amapá.

A próxima etapa do Projeto Kamukaia está sendo articulada na forma de arranjo de projetos, voltados ao manejo para uso múltiplo da floresta, sendo aberta a oportunidade de estudos com outras espécies potenciais para o desenvolvimento da região Amazônica. Nessa fase, também espera-se consolidar e validar as diretrizes de manejo para as espécies principais, além de fortalecer aspectos de pós coleta, para geração de produtos beneficiados com maior valor agregado.

Fonte: EMBRAPA

ITTO Sindimadeira_rs