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Notícias

06
mar
2013
(PAPEL E CELULOSE)
Capacidade produtiva da celulose vai dobrar em 10 anos
Na segunda palestra do 1º Encontro Painel Florestal – Mídia, Clientes e Agências, em São Paulo, Marcio Funchal, diretor da Consufor, empresa sediada em Curitiba que elabora estudos detalhados nas áreas de negócios e estratégias, inteligência de mercado, engenharia de negócios, gestão empresarial, fusões e aquisições, destacou que a capacidade produtiva de celulose no país vai dobrar em dez anos, saltando de 15 para 30 milhões de toneladas por ano.

De acordo com Funchal, o país tem hoje 65 plantas industriais voltadas para a fabricação da celulose e, em 2023, este número estará em 80, além de mencionar a importância das empresas que passaram a se instalar no Mato Grosso do Sul, como no caso do município de Três Lagoas. “Os principais produtores serão Fibria, Eldorado, Suzano, Veracel, Cenibra e Klabin”, acrescentou. Ele disse ainda que o Brasil está experimentando a industrialização de casas pré-fabricadas de madeira, do tipo “wood frame”. “Apesar do inexpressivo crescimento do PIB ano passado, de apenas 0,9%, o Brasil vem conseguindo diminuir ainda mais o índice de desemprego, que no momento se encontra em 5,6%, e o risco país baixou de 15% para 1,8% em dez anos”, destacou Funchal.

O grande desafio para o Brasil nesta área, segundo Marcio Funchal, é aumentar a área plantada de florestas, que corresponde apenas a 0,8% do território nacional. Dentro deste universo, 69,6% são de eucalipto, 23,4% são de pinus e 7% de outros tipos de madeiras, como, por exemplo, seringueira, teca, acácia e paricá. “Estamos vivendo um momento de aumento da área plantada com eucalipto e diminuição com pinus, que tem um ciclo de produção mais longo, mas o País tem capacidade para ser um destaque ainda maior”, pontuou Funchal.

Para o diretor da Consufor, o Brasil vem desenvolvendo políticas para um equilíbrio entre as regiões, acabando com as grandes migrações internas. Segundo Funhal, isso se deve ao aumento da renda nas regiões mais pobres, que foi superior às regiões mais ricas. “No norte, o aumento na renda chegou a 87,5%; no centro-oeste, 70%; no nordeste, 57%; no sul, 45,7% e no sudeste 40,1% - tudo isso nos últimos dez anos, o que possibilita um processo de desenvolvimento mais harmonizado e na diminuição das desigualdades regionais, o que também é bom para o setor florestal”, avaliou Funchal.

Fonte: Painel Florestal - Elias Luz

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