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Notícias
13
dez
2012
(PAPEL E CELULOSE)
Estoque de eucaliptos seria suficiente para a ampliação da Celulose Riograndense
O aumento na produção da Celulose Riograndense, anunciado quinta-feira com a promessa de R$ 5 bilhões em investimentos até 2015, não deve resultar na expansão das florestas de eucalipto para abastecer a fábrica.
A direção da empresa garantiu, ontem, dispor de matéria-prima suficiente para processar 1,8 milhão de toneladas por ano — quatro vezes mais que agora.
Ao anunciar a ampliação da indústria em Guaíba, a Celulose Riograndense destravou empreendimentos paralisados desde a crise de 2008. Por uma questão matemática, imaginava-se que mais produção significaria mais plantação de eucalipto. No entanto, o gerente florestal da empresa, Renato Rostirolla, afirma que os 125 mil hectares atuais bastam. Além disso, há uma reserva de 37 mil hectares, comprados da Votorantim Celulose e Papel (VCP), no sul do Estado.
— A nossa base florestal está consolidada. Ficamos autossuficientes — assegura Rostirolla.
Sob controle da chilena CMPC, que comprou a indústria da Aracruz Celulose em 2009, a planta de Guaíba já encaminha a ampliação. O diretor-presidente da empresa no Brasil, Walter Lídio Nunes, disse que a compra de turbogeradores de energia elétrica deve ser providenciada antes do Natal.
O movimento da Celulose Riograndense parece isolado. Ontem, o diretor florestal da Stora Enso para a América Latina, João Borges, informou que "não há definições" sobre planos futuros. Disse que a multinacional "está zelando" pelas lavouras de eucalipto já plantadas na Fronteira Oeste, sem avanços desde 2009.
A retomada da produção de celulose animou o setor. O presidente da Associação Gaúcha de Empresas Florestais (Ageflor), Leonel Menezes, lembra que havia um excedente de eucalipto com o recuo da VCP e a reavaliação de planos da Stora Enso:
— Ocorrerá um enxugamento do excedente de matéria-prima.
Os ambientalistas, no entanto, estão apreensivos. O coordenador do grupo Os Verdes em Tapes, Júlio Wandam, teme que agricultores comecem a plantar eucalipto, sem licenciamento e em áreas de preservação, na expectativa de abastecer a Celulose Riograndense.
— Já temos plantações afetando áreas de preservação e banhados — denuncia Wandam.
O biólogo e professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Paulo Brack, alerta que a ocupação de campos nativos por florestas exóticas pode liquidar o pampa — bioma desprotegido e com raras áreas de preservação. Integrante do Grupo Ingá (organização não governamental), Brack entende ser arriscado apostar num megaempreendimento como o da celulose, pela dependência que a monocultura provoca.
A direção da empresa garantiu, ontem, dispor de matéria-prima suficiente para processar 1,8 milhão de toneladas por ano — quatro vezes mais que agora.
Ao anunciar a ampliação da indústria em Guaíba, a Celulose Riograndense destravou empreendimentos paralisados desde a crise de 2008. Por uma questão matemática, imaginava-se que mais produção significaria mais plantação de eucalipto. No entanto, o gerente florestal da empresa, Renato Rostirolla, afirma que os 125 mil hectares atuais bastam. Além disso, há uma reserva de 37 mil hectares, comprados da Votorantim Celulose e Papel (VCP), no sul do Estado.
— A nossa base florestal está consolidada. Ficamos autossuficientes — assegura Rostirolla.
Sob controle da chilena CMPC, que comprou a indústria da Aracruz Celulose em 2009, a planta de Guaíba já encaminha a ampliação. O diretor-presidente da empresa no Brasil, Walter Lídio Nunes, disse que a compra de turbogeradores de energia elétrica deve ser providenciada antes do Natal.
O movimento da Celulose Riograndense parece isolado. Ontem, o diretor florestal da Stora Enso para a América Latina, João Borges, informou que "não há definições" sobre planos futuros. Disse que a multinacional "está zelando" pelas lavouras de eucalipto já plantadas na Fronteira Oeste, sem avanços desde 2009.
A retomada da produção de celulose animou o setor. O presidente da Associação Gaúcha de Empresas Florestais (Ageflor), Leonel Menezes, lembra que havia um excedente de eucalipto com o recuo da VCP e a reavaliação de planos da Stora Enso:
— Ocorrerá um enxugamento do excedente de matéria-prima.
Os ambientalistas, no entanto, estão apreensivos. O coordenador do grupo Os Verdes em Tapes, Júlio Wandam, teme que agricultores comecem a plantar eucalipto, sem licenciamento e em áreas de preservação, na expectativa de abastecer a Celulose Riograndense.
— Já temos plantações afetando áreas de preservação e banhados — denuncia Wandam.
O biólogo e professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Paulo Brack, alerta que a ocupação de campos nativos por florestas exóticas pode liquidar o pampa — bioma desprotegido e com raras áreas de preservação. Integrante do Grupo Ingá (organização não governamental), Brack entende ser arriscado apostar num megaempreendimento como o da celulose, pela dependência que a monocultura provoca.
Fonte: Painel Florestal/Zero Hora
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