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02
out
2012
(MADEIRA E PRODUTOS)
Tráfico de madeira é controlado por quadrilhas
Mais de 50% da exploração de madeira nos principais países da Bacia Amazônica, da África Central e do Sudeste da Ásia são comandados pelo crime organizado. Os dados foram apontados em um relatório do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) e da Interpol. A exploração, segundo o relatório, fica entre 50% e 90%.

Segundo responsáveis pelo trabalho que foi chamado de Carbono Verde: Comércio Negro, o crime ameaça os esforços para conter as mudanças climáticas, combater o desmatamento e erradicar a pobreza. O relatório ainda estima que o comércio ilegal movimenta mais de US$ 30 bilhões por ano, sendo que em todo o planeta a extração corresponde entre 15% e 30% do comércio global de madeira.

Os ambientalistas explicam que as florestas capturam e armazenam dióxido de carbono (CO2) e ajudam a mitigar os efeitos do aquecimento do planeta. Porém, o desmatamento, principalmente das florestas tropicais, é responsável por cerca de 17% de todas as emissões de CO2 causadas pelo ser humano. O índice é 50% superior às emissões proveniente de navios, aviões e veículos terrestres juntos.

A Interpol, organização internacional de polícia criminal, também observou o aumento dos crimes associados ao crescimento da atividade criminosa organizada, como assassinatos e atrocidades contra os habitantes das regiões de florestas.

Em 2008, no Brasil, o governo descobriu que hackers trabalhavam para cartéis de madeira ilegal no Pará e que tiveram acesso a licenças de corte e transporte de madeira. Isso permitiu o roubo de cerca de 1,7 milhão de metros cúbicos (m²) de floresta.

O relatório conclui que, sem um esforço coordenado internacionalmente, madeireiros ilegais e cartéis do crime organizado vão continuar controlando o tráfico de madeira. O relatório foi divulgado na Conferência Mundial sobre Florestas, na Itália.

Fonte: Correio Braziliense/Adaptado por CeluloseOnline

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