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Notícias
04
set
2012
(BIOENERGIA)
SFB capacita policiais para combate ao carvão ilegal da Mata Atlântica
Uma capacitação promovida pelo Serviço Florestal Brasileiro e pelo Ministério Público do Estado da Bahia este mês para policitais militares que atuam no sul desse estado vai ajudar a combater o carvão produzido ilegalmente com espécies da Mata Atlântica.
O bioma é o mais desmatado do país – restam apenas 7% de sua cobertura em fragmentos florestais bem conservados. O corte e supressão da vegetação nativa estão sujeitos às regras da Lei da Mata Atlântica, que permite essa atividade em casos bastante restritos.
Flagrante
Os 12 policiais – ligados a companhias na área ambiental – tiveram aulas sobre identificação de madeira com o objetivo de diferenciar o carvão proveniente de plantios florestais – feitos a partir de eucalipto, por exemplo – e daquele produzido com espécies do bioma.
“As características combinadas dos elementos anatômicos da madeira são únicos para cada espécie e, neste sentido, conhecendo esses elementos é possível diferenciar o gênero Eucalyptus spp dos demais gêneros ou espécies”, afirma a analista ambiental da Base Avançada do SFB em Teixeira de Freitas (BA), Natália Coelho, que ministrou as aulas.
Segundo o promotor e coordenador regional do Núcleo Mata Atlântica – Costa das Baleias do MP da Bahia, Fábio Fernandes Corrêa, o reconhecimento ágil da espécie de madeira nativa contribui para a repressão aos crimes ambientais. “Isso possibilita uma prisão em flagrante. Se não fosse configurada a espécie como nativa, não seria possível prender por não se saber”, diz.
Fornos destruídos
Em apenas duas operações – a Cruzeiro do Sul 1 e 2 – realizadas neste e no ano passado pelo Ministério Público com as policias civil e militar da Bahia, foram destruídos mais de 3.000 fornos de carvão no sul do estado que, além de não serem licenciados, eram abastecidos com madeira sem origem comprovada.
A importância de combater os ilícitos ambientais fica ainda mais evidente quando se verificam os demais crimes associados à atividade, como furto de madeira nativa, furto ou roubo de madeira de eucalipto, porte de armas e tráfico de drogas, como foi o caso. “Havia uma generalização de crimes em decorrência dessa atividade”, diz Corrêa.
O promotor elogia a iniciativa em realizar a capacitação no estado. “Esse curso foi possível graças à sensibilização do SFB em fazer sua base avançada em Teixeira de Freitas”, afirma.
SAIBA MAIS
O SFB realiza ou apoia periodicamente capacitações em identificação de madeira por meio do Laboratório de Produtos Florestais (LPF/SFB). Este ano, por exemplo, pesquisadores do LPF foram instrutores em um curso para peritos da Polícia Federal.
Também já foram ministrados pelo Laboratório cursos de longa duração para formar multiplicadores em identificação de madeira, com resultados positivos. “O curso ministrado pela analista ambiental do SFB demonstra a eficácia deste tipo de treinamento, pois ela foi aluna de uma dessas turmas”, afirma a responsável pela área de Anatomia da Madeira do LPF, Vera Coradin.
O curso na Bahia usou um mostruário com madeiras identificadas pelo LPF e apostila elaborada também pelo Laboratório.
O bioma é o mais desmatado do país – restam apenas 7% de sua cobertura em fragmentos florestais bem conservados. O corte e supressão da vegetação nativa estão sujeitos às regras da Lei da Mata Atlântica, que permite essa atividade em casos bastante restritos.
Flagrante
Os 12 policiais – ligados a companhias na área ambiental – tiveram aulas sobre identificação de madeira com o objetivo de diferenciar o carvão proveniente de plantios florestais – feitos a partir de eucalipto, por exemplo – e daquele produzido com espécies do bioma.
“As características combinadas dos elementos anatômicos da madeira são únicos para cada espécie e, neste sentido, conhecendo esses elementos é possível diferenciar o gênero Eucalyptus spp dos demais gêneros ou espécies”, afirma a analista ambiental da Base Avançada do SFB em Teixeira de Freitas (BA), Natália Coelho, que ministrou as aulas.
Segundo o promotor e coordenador regional do Núcleo Mata Atlântica – Costa das Baleias do MP da Bahia, Fábio Fernandes Corrêa, o reconhecimento ágil da espécie de madeira nativa contribui para a repressão aos crimes ambientais. “Isso possibilita uma prisão em flagrante. Se não fosse configurada a espécie como nativa, não seria possível prender por não se saber”, diz.
Fornos destruídos
Em apenas duas operações – a Cruzeiro do Sul 1 e 2 – realizadas neste e no ano passado pelo Ministério Público com as policias civil e militar da Bahia, foram destruídos mais de 3.000 fornos de carvão no sul do estado que, além de não serem licenciados, eram abastecidos com madeira sem origem comprovada.
A importância de combater os ilícitos ambientais fica ainda mais evidente quando se verificam os demais crimes associados à atividade, como furto de madeira nativa, furto ou roubo de madeira de eucalipto, porte de armas e tráfico de drogas, como foi o caso. “Havia uma generalização de crimes em decorrência dessa atividade”, diz Corrêa.
O promotor elogia a iniciativa em realizar a capacitação no estado. “Esse curso foi possível graças à sensibilização do SFB em fazer sua base avançada em Teixeira de Freitas”, afirma.
SAIBA MAIS
O SFB realiza ou apoia periodicamente capacitações em identificação de madeira por meio do Laboratório de Produtos Florestais (LPF/SFB). Este ano, por exemplo, pesquisadores do LPF foram instrutores em um curso para peritos da Polícia Federal.
Também já foram ministrados pelo Laboratório cursos de longa duração para formar multiplicadores em identificação de madeira, com resultados positivos. “O curso ministrado pela analista ambiental do SFB demonstra a eficácia deste tipo de treinamento, pois ela foi aluna de uma dessas turmas”, afirma a responsável pela área de Anatomia da Madeira do LPF, Vera Coradin.
O curso na Bahia usou um mostruário com madeiras identificadas pelo LPF e apostila elaborada também pelo Laboratório.
Fonte: http://www.florestal.gov.br/noticias-do-sfb/sfb-capacita-policiais-para-combate-ao-carvao-ilegal-da-mata-atlantica
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