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Notícias
01
ago
2012
(MADEIRA E PRODUTOS)
Prédios altos construídos com madeira laminada
A estrutura de nove andares na esquina da Provost Street com Murray Grove no bairro de Hackney, em Londres, é realmente diferente. A partir do segundo andar, ela é construída totalmente em madeira, o que a torna um dos prédios residenciais de madeira mais altos do mundo.
A construção aconteceu há três anos e usou painéis de pinho laminado, com até 15 cm de espessura e 9 metros de comprimento, que foram fabricados na Áustria e parafusados no local para formar as paredes externas e internas, pisos e tetos. Até as escadas e os poços de elevadores são feitos com esses painéis sólidos, chamados madeira laminada cruzada, ou CLT, na sigla em inglês.
Desenvolvida na Europa na década de 1990, a CLT está entre os últimos produtos de uma longa linhagem de madeira reconstruída, que são fortes e rígidos o suficiente para substituir o aço e o concreto como elementos estruturais. Popular na Europa, a CLT começa a ficar conhecida na América do Norte, onde seus defensores dizem que os edifícios feitos com os painéis poderiam ser uma forma de construção mais barata e ambientalmente amigável.
“Este é o modo como deveríamos construir”, disse Pete McCrone, cuja empresa, a Innovative Timber Systems, em Montana (EUA), construiu uma estrutura de CLT. Seus painéis vieram da Áustria, que produz 80% dos painéis de CLT do mundo e onde as florestas de pinheiros são manejadas.
Uma típica parede de CLT de 2,4 metros de altura pode conter seis vezes mais madeira que outra feita com madeira convencional. Mas, com o manejo adequado, as árvores são um recurso sustentável.
Além disso, como as árvores removem dióxido de carbono da atmosfera, o carbono armazenado em todos esses painéis ajuda a compensar os gases do efeito estufa liberados na fabricação e no transporte dos outros materiais de construção e na construção em si.
Os prédios de madeira laminada cruzada também podem ajudar a resolver um problema premente no oeste dos EUA: o que fazer com os milhões de pinheiros mortos por infestações de besouros que continuam em pé e correm o risco de se incendiarem?
Um prédio feito de madeira laminada cruzada é mais forte que uma estrutura convencional de madeira. “Tem mais em comum com a construção de concreto armado”, disse Anthony Thistleton, da empresa de arquitetura Waugh Thistleton, que projetou o edifício em Hackney conhecido como Apartamentos Graphite.
Os painéis são construídos de tábuas estreitas com cerca de 2,5 cm de espessura, que são dispostas lado a lado, formando camadas. Cada camada sucessiva -pode haver até 11- é disposta perpendicularmente à anterior. As camadas são coladas, pressionadas e aparadas.
Depois, o painel é cortado nas dimensões exatas do projeto, incluindo aberturas para janelas, portas, encanamento e ventilação. Os canais para fiação elétrica são recortados nos painéis.
No local da construção, os painéis são parafusados com braçadeiras metálicas para erguer a estrutura andar por andar.
Na Europa, a madeira laminada cruzada é usada em construções baixas, em parte por causa dos rígidos códigos de construção no continente. Os códigos na Grã-Bretanha permitem maior flexibilidade, disse Thistleton.
“No Reino Unido, estou convencido de que elas chegarão a 12, 13, 14, talvez 15 andares em alguns anos”, disse Craig Liddell, que já trabalhou com a divisão britânica da companhia austríaca KLH, que fabricou os painéis do Graphite. Outros dizem que estruturas híbridas alcançarão 30 andares.
O uso de material pré-fabricado “oferece economias tremendas em tempo e custo de construção”, disse Frank Lam, professor de projeto de construção em madeira na Universidade da Colúmbia Britânica, no Canadá.
No edifício Apartamentos Graphite, as paredes internas e todos os painéis externos são ligados, de modo que a carga do edifício se distribui pela maioria deles. Isso ajuda a proteger contra o colapso progressivo, quando a perda de um elemento estrutural faz os outros desmoronarem.
O incêndio também é uma grande preocupação, mas os painéis sólidos de CLT não pegam fogo tão facilmente quanto pedaços de madeira convencionais.
Mesmo que os painéis queimem, a parte carbonizada do lado exterior protege a madeira interna, deixando o painel estruturalmente sólido.
Na Europa, os padrões para questões de segurança e acústica estão sendo incorporados aos códigos de construção. Nos EUA, há a necessidade de ampliar a compreensão do produto.
“Arquitetos e engenheiros podem ser céticos no início”, disse McCrone. “Mas em um tempo muito curto eles vão entender. É simples: são grandes painéis unidos por grandes parafusos.”
A construção aconteceu há três anos e usou painéis de pinho laminado, com até 15 cm de espessura e 9 metros de comprimento, que foram fabricados na Áustria e parafusados no local para formar as paredes externas e internas, pisos e tetos. Até as escadas e os poços de elevadores são feitos com esses painéis sólidos, chamados madeira laminada cruzada, ou CLT, na sigla em inglês.
Desenvolvida na Europa na década de 1990, a CLT está entre os últimos produtos de uma longa linhagem de madeira reconstruída, que são fortes e rígidos o suficiente para substituir o aço e o concreto como elementos estruturais. Popular na Europa, a CLT começa a ficar conhecida na América do Norte, onde seus defensores dizem que os edifícios feitos com os painéis poderiam ser uma forma de construção mais barata e ambientalmente amigável.
“Este é o modo como deveríamos construir”, disse Pete McCrone, cuja empresa, a Innovative Timber Systems, em Montana (EUA), construiu uma estrutura de CLT. Seus painéis vieram da Áustria, que produz 80% dos painéis de CLT do mundo e onde as florestas de pinheiros são manejadas.
Uma típica parede de CLT de 2,4 metros de altura pode conter seis vezes mais madeira que outra feita com madeira convencional. Mas, com o manejo adequado, as árvores são um recurso sustentável.
Além disso, como as árvores removem dióxido de carbono da atmosfera, o carbono armazenado em todos esses painéis ajuda a compensar os gases do efeito estufa liberados na fabricação e no transporte dos outros materiais de construção e na construção em si.
Os prédios de madeira laminada cruzada também podem ajudar a resolver um problema premente no oeste dos EUA: o que fazer com os milhões de pinheiros mortos por infestações de besouros que continuam em pé e correm o risco de se incendiarem?
Um prédio feito de madeira laminada cruzada é mais forte que uma estrutura convencional de madeira. “Tem mais em comum com a construção de concreto armado”, disse Anthony Thistleton, da empresa de arquitetura Waugh Thistleton, que projetou o edifício em Hackney conhecido como Apartamentos Graphite.
Os painéis são construídos de tábuas estreitas com cerca de 2,5 cm de espessura, que são dispostas lado a lado, formando camadas. Cada camada sucessiva -pode haver até 11- é disposta perpendicularmente à anterior. As camadas são coladas, pressionadas e aparadas.
Depois, o painel é cortado nas dimensões exatas do projeto, incluindo aberturas para janelas, portas, encanamento e ventilação. Os canais para fiação elétrica são recortados nos painéis.
No local da construção, os painéis são parafusados com braçadeiras metálicas para erguer a estrutura andar por andar.
Na Europa, a madeira laminada cruzada é usada em construções baixas, em parte por causa dos rígidos códigos de construção no continente. Os códigos na Grã-Bretanha permitem maior flexibilidade, disse Thistleton.
“No Reino Unido, estou convencido de que elas chegarão a 12, 13, 14, talvez 15 andares em alguns anos”, disse Craig Liddell, que já trabalhou com a divisão britânica da companhia austríaca KLH, que fabricou os painéis do Graphite. Outros dizem que estruturas híbridas alcançarão 30 andares.
O uso de material pré-fabricado “oferece economias tremendas em tempo e custo de construção”, disse Frank Lam, professor de projeto de construção em madeira na Universidade da Colúmbia Britânica, no Canadá.
No edifício Apartamentos Graphite, as paredes internas e todos os painéis externos são ligados, de modo que a carga do edifício se distribui pela maioria deles. Isso ajuda a proteger contra o colapso progressivo, quando a perda de um elemento estrutural faz os outros desmoronarem.
O incêndio também é uma grande preocupação, mas os painéis sólidos de CLT não pegam fogo tão facilmente quanto pedaços de madeira convencionais.
Mesmo que os painéis queimem, a parte carbonizada do lado exterior protege a madeira interna, deixando o painel estruturalmente sólido.
Na Europa, os padrões para questões de segurança e acústica estão sendo incorporados aos códigos de construção. Nos EUA, há a necessidade de ampliar a compreensão do produto.
“Arquitetos e engenheiros podem ser céticos no início”, disse McCrone. “Mas em um tempo muito curto eles vão entender. É simples: são grandes painéis unidos por grandes parafusos.”
Fonte: Painel Florestal, com informações Madeira de Verdade
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