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Notícias
30
jul
2012
(SETOR FLORESTAL)
165 mil km2 de floresta tropical colombiana são mapeados usando lasers e satélites
Cientistas criaram mapas de carbono de alta resolução de 165 mil quilômetros quadrados de floresta em cerca de 40% da Amazônia colombiana, melhorando grandemente a capacidade da nação sul-americana de medir as emissões de desmatamento e degradação florestal, relatou a Instituição Carnegie para Ciência da Universidade de Stanford, que liderou o esforço.
A pesquisa, que é descrita no periódico Biogeosciences, usou uma combinação de dados de satélite e sensores aéreos avançados para avaliar o teor de carbono da região, que tem cerca de quatro vezes o tamanho da Suíça. Estudos de campo na área são difíceis devido à falta de rios navegáveis e a preocupações com segurança.
A área de estudo foi designada como área de projeto piloto de REDD+ pelo Instituto Colombiano de Hidrologia, Meteorologia e Estudos Ambientais (IDEAM). O REDD+ é um programa que visa compensar os países em desenvolvimento por reduzirem emissões de desmatamento e degradação florestal; no mundo todo elas são responsáveis por 10-13% das emissões de gases do efeito estufa entre 2000 e 2005.
Por sua parte, a Colômbia espera que o REDD+ seja um meio para financiar a conservação de suas extensas florestas, que geram serviços importantes para o país.
A pesquisa determinou que florestas em área protegida armazenam 1,5 bilhão de toneladas métricas de carbono em sua vegetação, ou cerca de um sexto do dióxido de carbono que era emitido por combustíveis fósseis em 2010. Os resultados indicam que a região é um importante sumidouro de carbono.
Mas além das descobertas imediatas, o estudo validou a abordagem da análise de estoque de carbono desenvolvida por Greg Asner, da Instituição Carnegie.
“Esse novo estudo não apenas explora uma região pouco conhecida da Amazônia, mas também demonstra nosso mais novo método para mapear estoques de carbono florestal com uma resolução espacial do tamanho aproximado de uma grande copa de árvore da floresta tropical”, disse Asner ao mongabay.com.
“Com uma metodologia revisada que combina as melhores tecnologias disponíveis, nós e nossos parceiros alcançamos novas precisões que melhoram radicalmente o monitoramento florestal e a disponibilidade de políticas de carbono na Colômbia.”
Trabalhando em estreita colaboração com pesquisadores e representantes de instituições colombianas, a equipe de Asner ajudou a criar uma capacidade nacional para monitorar os estoques de carbono e o desmatamento com o sistema CLASlite.
O programa utiliza dados de vários satélites, incluindo o satélite Landsat da NASA, para gerar mapas altamente detalhados que revelam desmatamento, derrubada de árvores e outras degradações florestais. Os sistemas tradicionais frequentemente não captavam as formas mais sutis de distúrbios florestais da derrubada de árvores e outras formas de degradação, de acordo com Asner.
O sucesso do projeto foi celebrado pelo presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos Calderón.
“Estou contente por ver esses resultados da pesquisa da Instituição Carnegie e de nossas instituições que trabalharam na Amazônia colombiana. Celebramos a verdadeira colaboração que não apenas desenvolve a ciência e o conhecimento humano, mas também constrói uma capacidade científica nacional”, afirmou o presidente Santos em uma declaração.
“Em uma parceria contínua com a Instituição Carnegie, visamos nos tornar líderes no uso da ciência e da tecnologia de ponta para monitoramento ambiental, o que pode alimentar nossas decisões e esforços de planejamento para gerenciar e proteger nossos preciosos recursos naturais.”
Asner disse que a próxima fase do projeto procurará “[abordar] os desafios das mudanças climáticas na Colômbia e na bacia amazônica ocidental”. No último ano, a Colômbia sofreu algumas das piores enchentes registradas.
A equipe de Asner também está mapeando florestas em outras partes do mundo, incluindo Peru, Madagascar e Panamá.
Traduzida por Jéssica Lipinski
A pesquisa, que é descrita no periódico Biogeosciences, usou uma combinação de dados de satélite e sensores aéreos avançados para avaliar o teor de carbono da região, que tem cerca de quatro vezes o tamanho da Suíça. Estudos de campo na área são difíceis devido à falta de rios navegáveis e a preocupações com segurança.
A área de estudo foi designada como área de projeto piloto de REDD+ pelo Instituto Colombiano de Hidrologia, Meteorologia e Estudos Ambientais (IDEAM). O REDD+ é um programa que visa compensar os países em desenvolvimento por reduzirem emissões de desmatamento e degradação florestal; no mundo todo elas são responsáveis por 10-13% das emissões de gases do efeito estufa entre 2000 e 2005.
Por sua parte, a Colômbia espera que o REDD+ seja um meio para financiar a conservação de suas extensas florestas, que geram serviços importantes para o país.
A pesquisa determinou que florestas em área protegida armazenam 1,5 bilhão de toneladas métricas de carbono em sua vegetação, ou cerca de um sexto do dióxido de carbono que era emitido por combustíveis fósseis em 2010. Os resultados indicam que a região é um importante sumidouro de carbono.
Mas além das descobertas imediatas, o estudo validou a abordagem da análise de estoque de carbono desenvolvida por Greg Asner, da Instituição Carnegie.
“Esse novo estudo não apenas explora uma região pouco conhecida da Amazônia, mas também demonstra nosso mais novo método para mapear estoques de carbono florestal com uma resolução espacial do tamanho aproximado de uma grande copa de árvore da floresta tropical”, disse Asner ao mongabay.com.
“Com uma metodologia revisada que combina as melhores tecnologias disponíveis, nós e nossos parceiros alcançamos novas precisões que melhoram radicalmente o monitoramento florestal e a disponibilidade de políticas de carbono na Colômbia.”
Trabalhando em estreita colaboração com pesquisadores e representantes de instituições colombianas, a equipe de Asner ajudou a criar uma capacidade nacional para monitorar os estoques de carbono e o desmatamento com o sistema CLASlite.
O programa utiliza dados de vários satélites, incluindo o satélite Landsat da NASA, para gerar mapas altamente detalhados que revelam desmatamento, derrubada de árvores e outras degradações florestais. Os sistemas tradicionais frequentemente não captavam as formas mais sutis de distúrbios florestais da derrubada de árvores e outras formas de degradação, de acordo com Asner.
O sucesso do projeto foi celebrado pelo presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos Calderón.
“Estou contente por ver esses resultados da pesquisa da Instituição Carnegie e de nossas instituições que trabalharam na Amazônia colombiana. Celebramos a verdadeira colaboração que não apenas desenvolve a ciência e o conhecimento humano, mas também constrói uma capacidade científica nacional”, afirmou o presidente Santos em uma declaração.
“Em uma parceria contínua com a Instituição Carnegie, visamos nos tornar líderes no uso da ciência e da tecnologia de ponta para monitoramento ambiental, o que pode alimentar nossas decisões e esforços de planejamento para gerenciar e proteger nossos preciosos recursos naturais.”
Asner disse que a próxima fase do projeto procurará “[abordar] os desafios das mudanças climáticas na Colômbia e na bacia amazônica ocidental”. No último ano, a Colômbia sofreu algumas das piores enchentes registradas.
A equipe de Asner também está mapeando florestas em outras partes do mundo, incluindo Peru, Madagascar e Panamá.
Traduzida por Jéssica Lipinski
Fonte: Carbono Brasil
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